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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 328 - 8 de Setembro de 2013

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)   

 
 


Ascender no amor
 

“Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à
Ciência. (...) Cristãos, voltai para  o Mestre, que vos quer salvar. Tudo
é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria.”
(Fénelon, cap. I, item 10, O Evangelho segundo o Espiritismo.)

 
O venerável espírito de Albano Metelo, no livro “Obreiros da Vida Eterna” psicografado por Chico Xavier, em sua palavra aos ouvintes, comentando sobre sua ascensão espiritual, disse que com esforços imensos conseguiu, ao longo de sua jornada evolutiva, buscando chegar à montanha do progresso espiritual, vencer óbices e ganhar uma pequenina eminência. Voltando-se, todavia, espantou-se com a terrível visão do vale. Desencarnados e encarnados lutavam disputando a gratificação para os sentidos animalizados. O ódio criava moléstias repugnantes, o egoísmo abafava impulsos nobres, a vaidade operava horrenda cegueira... Feliz por ter chegado até ali, eis que certa noite percebeu que o vale se represava em fulgurante luz. Que sol misericordioso visitava o antro sombrio da dor? Seres angélicos desciam céleres, de radiosos pináculos, acorrendo às zonas mais baixas, obedecendo ao poder de atração da claridade bendita. “Que acontecera?”- perguntou ele a um dos áulicos celestiais. “O Senhor Jesus visita hoje os que erram nas trevas do mundo, libertando consciências escravizadas.” Diante disso, ele também desceu. Disse ele aos ouvintes que os grandes orientadores da humanidade não mediram a própria grandeza, senão pela capacidade de regressar aos círculos da ignorância para exemplificar o amor e a sabedoria, a renúncia e o perdão aos semelhantes. “O céu e o inferno residem dentro de nós mesmos.”

Com esse resumo meditamos na longa e árdua jornada encetada pelo espírito para a sua ascensão.   Nas muitas moradas da casa do Pai, olhos amorosos nos observam e, compadecidos, podem ver que ainda ocorrem esses combates intensos. A luz buscando clarear as trevas e as trevas fugindo da luz, envergonhadas de sua própria sombra, temendo a verdade de sua pequenez.  A mansidão sofrendo nas mãos da violência, os mansos e pacíficos em dor. A tecnologia crescente e o amor precisando sobressair nos corações que já o conhecem, para que uma aragem de paz possa acariciar os filhos da Terra.

Que tipo de espírito milenar se esconde na fachada da personalidade de uma existência?  O observador atento perceberá, pelas tendências, pelo comportamento, desejos, gostos, aptidões, medos, ansiedades, afetividade. Capacidade de amar. O amor ou a falta dele é revelador. O amor é o sentimento por excelência.  Foi por amor que Deus criou os seres e é no amar que à felicidade chegaremos.

Aqueles que já sabem amar, que amem. Irradiem esse sentimento sublime, sem a preocupação com a opinião dos outros. Que amem e expressem esse amor na afetividade, com carinho, nas ações e nas palavras, que se tornem mensageiros da esperança onde passem, distribuindo com sua presença a paz nos corações. É preciso amar mais. A inteligência necessita do amor, para o equilíbrio da emoção.

Os tempos de mudanças há tanto proclamados chegaram, mas são tempos difíceis. As trevas, banhadas pela luz, se debatem qual um animal ferido a perceber sua agonia, tentando prolongar sua  existência que finda. Atacam, tentando ferir, na dor que as assola, mas Deus, que é infinito amor, vela por todas as suas criaturas, que não estão ao abandono. Elas estão sendo assistidas todo o tempo, assim como todos nós.

Cada um que já atingiu a compreensão do amor, que ame, ame sempre mais, pois nossa compreensão do amor ainda é muito pequena nesse mundo que habitamos.

Quem atingiu patamares elevados de valor moral, exemplifique.

São tempos difíceis sim, mas Jesus vela por todos e sua luz benfazeja continua a banhar nosso planeta carregado das enfermidades dos homens, enfermidades essas que serão sanadas pouco a pouco, na medida em que o amor crescer nos corações e a serenidade fizer parte de cada um.  Como Albano Metelo, o observador atento verá as claridades luminosas de Jesus envolvendo a Terra, num processo cada vez mais intenso, de modo que aqueles que amam, cada vez mais agirão para esparzir o amor na Terra. Ainda nos assemelhamos ao vale de sombras e dor a que Metelo se referiu. Embates dolorosos ainda se realizam no mundo, mas uma doce esperança envolve as ovelhas que ouvem a voz do Pastor divino. Não mais as arenas da Terra são o palco dos testemunhos dos cristãos, mas sim o seu cotidiano, quando são compelidos a agir de conformidade com o pedido de Jesus e demonstrar em seus atos sua própria transformação moral.

A humanidade pede paz e o nosso país clama pelo fim da violência; portanto, é imperioso que nos eduquemos no amor para que um dia as armas sejam relegadas a simples lembrança de uma época de ignorância.

Que é a educação no amor? É o exercício pleno do cristianismo. O amor se aprende. Exercitemos os ensinamentos do Mestre amado: “tudo aquilo que quereis que vos façam fazei vós aos outros”. Nessa frase lapidar está contido o ensinamento do amor. Em vivenciando-a, a violência desaparecerá e a paz reinará entre todos.

Certa ocasião, numa reunião de socorro aos desencarnados, um espírito carregado de ódio milenar, fato corriqueiro nessas reuniões, se manifestou, num quadro de perseguição de 500 anos, ante aquele que considerava seu algoz do passado. Não queria compreender, pois considerava sua atitude justa, em face do que sofreu. Carinhosamente, o orientador o foi levando a pensar nas palavras de Jesus e seu testemunho na hora sacrificial, amando até o fim. O espírito que estava agressivo calou-se. Silenciou. Depois comentou: não sei como, mas eu me vi lá. Eu estava lá. Seu olhar, quando pediu a Deus que nos perdoasse, me atingiu, me atravessou, mas eu não entendi. Continuei agindo em erros sucessivos em todas as encarnações posteriores, mas agora eu me vi lá novamente, vendo o seu olhar compassivo, testemunhando sua dor. Seu amor me atingiu agora. Não posso mais. Devo fazer tudo para melhorar. Atrasei demais minha marcha evolutiva, agora compreendo. Terei que fazer muitos esforços; sou ainda um espírito com dificuldades profundas, mas diante do amor de Jesus que agora percebi, pois antes cego, agora auxiliado em minha cegueira, me sinto compelido a mudar. Farei tudo o que puder para melhorar. Não será fácil, mas tentarei, Tentarei perdoar esse inimigo que estou prendendo a mim há tanto tempo. A lição de Jesus agora me atingiu.

Somente o amor consegue vencer os tormentos da alma em dor, na violência que exprime. Se desejarmos paz, amemos mais e ainda um pouco mais.

Continuemos, pois de modo heroico, todos os dias, a aprender a amar, a exercitar o amor e um dia teremos equilíbrio e paz, a sonhada paz.

Quando a violência parecer altaneira, apiedemo-nos dela. Tenhamos misericórdia, como também somos olhados com misericórdia, mas lutemos com as armas eficazes do evangelho do Cristo e com atitudes que exprimam nosso conhecimento, pois somente o amor há de vencer todo o mal. Amemos cada vez mais e estaremos equilibrados em nossas emoções. Coragem, pois todos nós! Jesus vela e seu amor é a claridade sublime que nos atinge e convida:” vinde a mim...”

Atendamos ao seu pedido.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita