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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 328 - 8 de Setembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 28)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Quando começaram, de fato, as lutas religiosas na França?

Elas começaram antes mesmo do massacre da véspera da noite de São Bartolomeu. Antecipando a Reforma protestante, originada na Alemanha, houve movimentos de reação religiosa, nas terras gaulesas, e, a partir de 1562, surgiram os primeiros distúrbios que se alongaram até 1598. O cardeal Richelieu reivindicou a predominância do catolicismo, embora as decisões do Edito de Nantes, em 1598, que assegurava aos huguenotes liberdade de culto e direitos outros. Periodicamente, embora essas concessões de que passaram a desfrutar os protestantes, graças aos esforços de Henrique de Navarra, mais tarde, Henrique IV, as escaramuças prosseguiram nos séculos sucessivos. Com Luiz XIV a política da conversão à força foi ampliada, num esforço de restaurar a fé católica no país. O Edito de Nantes fora revogado, no ano de 1685, fazendo com que os huguenotes emigrassem em larga escala, inclusive, para o Brasil. (Painéis da Obsessão, cap. 31, pp. 256 e 257.)

B. Foi Napoleão Bonaparte quem concedeu a legalidade aos huguenotes?

Sim. Em 1801 Napoleão Bonaparte concedeu aos huguenotes o direito de professar a sua crença em liberdade e sem constrangimento de qualquer natureza. No entanto, em 1815 estourou nova perseguição, disfarçada de luta política. "Os huguenotes – esclareceu a Mentora – eram, genericamente, todos os protestantes, especialmente os luteranos, que teimavam pela preservação das ideias evangélicas em detrimento das imposições do formalismo e dos dogmas católicos."(Obra citada, cap. 31, pp. 257 a 259.)

C. É correto afirmar que no tratamento da obsessão não é suficiente afastar os obsessores?

Sim. Segundo Irmã Angélica, a nossa paciência nos quadros obsessivos, em especial, e noutros, em geral, deve ser muito grande, compreendendo que não basta somente afastar os seus adversários, para que os obsidiados se recuperem. A transformação íntima, que é mais importante, porque procede do âmago do indivíduo, deve ser trabalhada, insistentemente tentada, a fim de que se desfaçam os fatores propiciatórios, os motivos que levam às dores, liberando, cada um, a consciência, de modo a não tombar nas auto-obsessões, mais graves e de curso mais demorado. "Revestidos de otimismo e bondade, envolvamos os irmãos doentes, de um como do outro lado da vida, em nossas contínuas ondas de amor, auxiliando-os na eliminação do mal que neles predomina, estando sempre próximos para, aos seus primeiros sinais de renovação, sem reproche, nem exigências, auxiliá-los na edificação do bem em si mesmos", propõe-nos a amorável benfeitora. (Obra citada, cap. 31, pp. 259 e 260.)

Texto para leitura

122. As nascentes do processo obsessivo - Argos não se dava conta dos investimentos que haviam sido aplicados em seu favor, esquecendo-se da multiplicação dos valores positivos que lhe estavam ao alcance. Passou, assim, a viver períodos de obsessão cíclica, marchando lentamente para um desequilíbrio emocional que poderia apresentar-se irreversível no futuro. Com o tratamento médico, aliado à terapêutica espiritual, a saúde orgânica recompôs-se por inteiro; contudo, à medida que o bem-estar físico lhe chegava, mais descuidado emocionalmente se apresentava. Consultada por Philomeno, Irmã Angélica explicou: "A irrupção de um quadro obsessivo é o explodir de uma força que, não havendo sido oportunamente bem canalizada, constitui provação mui dolorosa e de largo porte. O ser se equivoca, desvaria, delinque e tem ensejo, através da reencarnação, de recuperar-se. Todavia, apesar da bênção que poderia multiplicar em valores abundantes, nesse ensejo, pelo atavismo ancestral, repete as loucuras de que se deveria libertar, reincidindo nos erros que lhe agravam os débitos. Por sua vez, aqueles que lhe tombam, como vítimas, recusando-se ao perdão, por acreditarem, falsamente, padecer de cruel injustiça, permanecem ruminando ódios, graças aos quais se encadeiam uns aos outros, renascendo e desencarnando, sem que se candidatem ao bem, nas várias faixas de provações abençoadas. Esse comportamento alucinado atira-os nas compulsórias obsessivas, que têm início do lado de cá e se prolongam, não raro, por diversos renascimentos, até o momento em que as sábias leis impõem recomeços novos, sob condição de tal envergadura afligente que eles não se conseguem subtrair à renovação..." Em seguida, a Benfeitora abordou especificamente o caso Áurea-Argos: "As lutas religiosas na França começaram antes mesmo do massacre da véspera da noite de São Bartolomeu. Antecipando a Reforma protestante, originada na Alemanha, houve movimentos de reação religiosa, nas terras gaulesas, e, a partir de 1562, surgiram os primeiros distúrbios que se alongaram até 1598. O cardeal Richelieu reivindicou a predominância do catolicismo, embora as decisões do Edito de Nantes, em 1598, que assegurava aos huguenotes liberdade de culto e direitos outros. Periodicamente, embora essas concessões de que passaram a desfrutar os protestantes, graças aos esforços de Henrique de Navarra, mais tarde, Henrique IV, as escaramuças prosseguiram nos séculos sucessivos. Com Luiz XIV a política da conversão à força foi ampliada, num esforço de restaurar a fé católica no país. O Edito de Nantes fora revogado, no ano de 1685, fazendo com que os huguenotes emigrassem em larga escala, inclusive, para o Brasil". (Cap. 31, pp. 256 e 257)

123. Os litigantes do passado reúnem-se na Colônia - Somente em 1801 – informou Irmã Angélica – Napoleão Bonaparte concedeu aos huguenotes a legalidade, facultando-lhes o direito de professar a sua crença em liberdade e sem constrangimento de qualquer natureza. No entanto, em 1815 estourou nova perseguição, disfarçada de luta política, quando Argos mais se comprometeu, roubando a vida física a Felipe e outros adversários que se lhe vinculavam desde os combates do século XV. "Os huguenotes – esclareceu a Mentora – eram, genericamente, todos os protestantes, especialmente os luteranos, que teimavam pela preservação das ideias evangélicas em detrimento das imposições do formalismo e dos dogmas católicos. Argos, novamente comprometido com a Igreja a que dizia servir, não obstante perseguindo interesses subalternos, extrapolou nas ações vividas, complicando mais ainda o próprio destino. A esse tempo reencontrara Áurea, que se havia consorciado com o jovem inglês Richard, dedicado à Reforma, que fora discípulo de Calvino, havendo estudado teologia em Genebra, graças ao que fora destacado para o ministério na Igreja de Nimes... Na fúria que o dominava, não poupou o jovem pastor, que lhe padeceu a perseguição infamante e a morte, deixando viúva a mulher amada. Novamente buscada pelo antigo esposo, Áurea o desprezou, arrojando-se, com mágoas imensas, nas frivolidades da época, comprometendo-se, desnecessariamente, numa área que deveria haver sublimado..." A morte reuniu-os na Espiritualidade, onde sofreram reveses e arrependeram-se amargamente. Regressando ao corpo, as conjunturas felizes os reúnem para os esforços de ascensão. Os antigos esposos reatam os laços. Maurício retorna à convivência fraternal de Argos. Richard volve e reencontra anteriores afetos e companheiros na Colônia, onde redescobre Áurea. No entanto, tocado por Jesus, que novamente lhe norteia os passos, procura vencer os impulsos inferiores e resiste... (Cap. 31, pp. 257 a 259)

124. Um lastro de sombra pesa sobre os obsidiados - "São muitos os vínculos que se cruzam – disse Irmã Angélica –, atando as almas umas às outras, em nome do amor, por enquanto, ainda apaixonado, tormentoso, egoísta. Um dia, porém, esse sentimento que ora desconcerta os homens e os separa nas expressões da posse asselvajada, uni-los-á, irmaná-los-á, fá-los-á felizes. Por essa oportunidade todos trabalhamos, a fim de precipitá-la, antecipando os formosos porvindouros dias de paz do Senhor." Após ouvir a Benfeitora, Philomeno meditou nas dificuldades que deveriam enfrentar aqueles irmãos enleados nos acontecimentos relatados, de larga, imensa complexidade... Os impedimentos, diante da recuperação dos indivíduos obsidiados, problematizados, complexados, frustrados, decorrem do lastro de sombra sobre o qual ergueram as provações atuais e estabeleceram as suas construções morais... Adivinhando as reflexões do companheiro, Irmã Angélica concluiu, otimista: "A nossa paciência, portanto, nos quadros obsessivos, em especial, e noutros, em geral, deve ser muito grande, compreendendo que não basta somente afastar os seus adversários, para que os obsidiados se recuperem... A transformação íntima, que é mais importante, porque procede do âmago do indivíduo, deve ser trabalhada, insistentemente tentada, a fim de que se desfaçam os fatores propiciatórios, os motivos que levam às dores, liberando, cada um, a consciência, de modo a não tombar nas auto-obsessões, mais graves e de curso mais demorado... Revestidos de otimismo e bondade, envolvamos os irmãos doentes, de um como do outro lado da vida, em nossas contínuas ondas de amor, auxiliando-os na eliminação do mal que neles predomina, estando sempre próximos para, aos seus primeiros sinais de renovação, sem reproche, nem exigências, auxiliá-los na edificação do bem em si mesmos". "Com esse apoio que lhes dermos, a receptividade que nos propiciem, teremos o campo para que Jesus faça o restante." (Cap. 31, pp. 259 e 260)

125. O resgate do passado de Áurea - A instabilidade emocional de Argos provocava-lhe alternâncias de comportamento, de que se utilizavam seus antigos adversários, ocasionando-lhes obsessões simples, periódicas, sem, contudo, a gravidade das incidências anteriores. Áurea crescia em realizações fraternas de assistência à dor, não sem sofrer as investidas dos desafetos anteriores que se obstinavam em afligi-la, situando-a, intimamente, em áreas de conflitos desnecessários. O indivíduo encarnado, graças ao mergulho do Espírito no corpo, que o impede de possuir a clara visão da vida espírita, tomba com certa facilidade nas ciladas bem feitas pelas Entidades impiedosas, por encontrarem campo na própria emoção daqueles a quem sitiam, nem sempre mantida em ritmo de equilíbrio. Era o que ocorria com Áurea, que experimentava contínuo cerco durante as horas do parcial desprendimento pelo sono. Os companheiros das ilusões do passado, por processo de hipnose, em insistentes induções, faziam-na experimentar sentimentos contraditórios, deixando-a atormentada entre os fatos passados e os deveres atuais. Transitar entre estes dois estados de percepção consciente torna-se severo desafio para as criaturas, particularmente aquelas dotadas de faculdades mediúnicas. A consciência padece a constrição das lembranças arquivadas no inconsciente e das ideias que lhe são impostas por meio do superconsciente. Em tais situações, os médiuns sofrem, incompreendidos por aqueles que não experimentam os mesmos sucessos e que não entendem essas modificações de comportamento e humor, as quais somente com sacrifício na educação da vontade esclarecida e do equilíbrio conseguirão neutralizar, dentro de uma linha de conduta normal. Áurea absorvia os fluidos deletérios, decorrentes, por um lado, da convivência com Argos e, por outro, das emanações que lhe chegavam oriundas dos cômpares do Além, que, algumas vezes, reviviam as cenas mortas ou a levavam aos sítios onde se demoravam, infelizes... (Cap. 32, pp. 261 e 262)
(Continua no próximo número.) 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita