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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 328 - 8 de Setembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 13)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Túlio Mancini, antigo namorado de Evelina, acreditava-se vivo?

Sim. E essa impressão aumentou ainda mais quando viu Evelina. “Agora que vi você, reconheço que estou vivo... Vivo!..." – disse o rapaz, que foi, de imediato, abrigado no lar de Ambrósio, até que se lhe providenciasse hospitalização conveniente. Túlio recebeu passes reconfortantes e foi conduzido à casa dos modestos amigos, que o acolheram alegremente, enquanto o grupo socorrista retornava ao campo doméstico. (E a Vida Continua, cap. 14, pp. 106 e 107.)

B. Que reação teve Evelina ao encontrar ali o antigo namorado?

Evelina sentiu-se tomada de surpresa e inquietação, ao rever o rapaz, porque aquele Túlio Mancini era bem diferente do que ela co­nhecera na Crosta. Seus olhos penetrantes, quando pousados nela, denun­ciavam sentimentos estranhos e não passaram despercebidos, nem a ela, nem a Fantini, os propósitos enfermiços que lhe nasciam, ali mesmo, à frente dos dois. (Obra citada, cap. 14, pp. 107 a 109.)

C. É verdade que Túlio Mancini não se suicidara?

Sim. Pelo menos foi o que ele informou a Evelina. Segundo ele, fora Caio quem o havia acertado com um tiro de revólver no peito. A revelação chocou a jovem, porque Túlio fora, afinal de contas, as­sassinado por aquele a quem ela desposara no mundo. (Obra citada, cap. 14, pp. 109 e 110.)

Texto para leitura

49. O encontro de Túlio abate Evelina - A senhora Serpa, extática, não conseguiu articular palavra. "Evelina!... Evelina!", gritava o moço como que dementado de júbilo. "Agora!... Agora que vi você, reconheço que estou vivo... Vivo!..." Cláudio providenciou para que o rapaz fosse abri­gado no lar de Ambrósio, até que se lhe providenciasse hospitalização conveniente. Túlio Mancini recebeu passes reconfortantes e foi conduzido à casa dos modestos amigos, que o acolheram alegremente, enquanto o grupo socorrista retornava ao campo doméstico. Muito discreto, Cláudio absteve-se de quaisquer comentários de ordem pessoal a respeito do caso, lem­brando apenas aos amigos que, no dia seguinte, poderiam rever Túlio, se o desejassem. Ernesto gostaria de ouvir Evelina com respeito ao suicida, mas calou-se ao vê-la francamente aparvalhada. Na cabeça dele, porém, pensamentos contraditórios se misturavam, sugerindo inquirições sem res­posta. Não era Túlio um suicida? Não sofriam os suicidas duras penalida­des pelo desacato à Lei de Deus? Por que, então, ele escapara às corri­gendas, pervagando à vontade na província dos alienados mentais, entre indivíduos rebeldes e vagabundos? Mais tarde, a sós com Evelina, ele sor­riu e falou-lhe com excelente humor: "Excelentíssima senhora Serpa, se alguma dúvida nos restava sobre a morte de nossos corpos físicos que já devem ter desaparecido no bojo da terra, já não nos é possível doravante qualquer incerteza". Evelina procurou sorrir, mas em vão. Sentia-se esma­gada, abatida...  (Cap. 14, pp. 106 e 107)

50. Evelina visita Túlio - Ernesto procurou chamá-la ao reequilíbrio e, depois de uma série de alegações construtivas, rematou: "Acaso, não temos nós solicitado trabalho? Quem dirá não tenhamos sido induzidos, sem perceber, pelas autoridades daqui ao achado de hoje? Esse Túlio que lhe foi, um dia, companheiro de sonhos, será talvez para nós o começo de no­vos rumos... Uma nova ocupação, um caminho de acesso à elevação espiri­tual a que nos cabe dar início... Você concordará em que o vemos, neces­sitado de tudo... Aquela voz atormentada, aqueles olhos de doente não nos enganariam. Estamos diante de alguém que solicita atenções imediatas e, a rigor, sendo pessoa de suas relações, é nosso parente próximo. Somos agora os únicos familiares que ele possui". Em seguida, porque Evelina se referisse, de leve, à dor misturada de assombro que a descoberta lhe cau­sara, Ernesto Fantini acrescentou: "Que esperaria de melhor a senhora Serpa, a fim de trabalhar? Quanto ao mais, minha querida amiga, lembro aqui a declaração filosófica de um velho companheiro: `convivei e purifi­cai-vos'. Estamos desencarnados e precisamos, como nunca, de burilamento moral. Se a presença de Túlio nos chama ao serviço que nos testará a ca­pacidade de amor ao próximo, não hesitemos abraçar as novas obrigações". Transcorridos alguns dias, os dois amigos conseguiram reavistar Túlio, então bastante melhorado, graças aos cuidados recebidos. Ernesto fitou-o, curioso, no primeiro encontro, mas Evelina sentiu-se tomada de surpresa e inquietação, visto que aquele Túlio Mancini era bem diferente do que co­nhecera na Crosta. Seus olhos penetrantes, quando pousados nela, denun­ciavam sentimentos estranhos e não passaram despercebidos, nem a ela, nem a Fantini, os propósitos enfermiços que lhe nasciam, ali mesmo, à frente dos dois. Sem qualquer impulso intencional, Ernesto e Evelina permutavam impressões, telepaticamente, reconhecendo que lhes era possível conversar pelo idioma do pensamento, de modo espontâneo, diante do rapaz que não lhes comungava o mesmo nível de ideias e emoções. Naquele momento, tinham a convicção de ler na alma de Túlio, como num livro aberto. (Cap. 14, pp. 107 a 109)

51. Túlio explica não ser um suicida - Túlio acreditava-se vivo (dizemos melhor: encarnado), pelo fato de haver reencontrado a ex-noiva. Obviamente, os dois amigos não lhe desmancharam, de pronto, a ilusão. Evelina lembrou-lhe o ato do suicídio, lamentando ter ele atirado contra si mesmo num momento de loucura. Túlio se admirou ante tal acusação e ex­plicou que fora Caio quem o alvejou no peito. "Caí no piso e nada mais vi...", informou o rapaz. "Acordei, não sei quando, num quarto de hospi­tal e, desde então, vivo enfermo e revoltado, buscando reaver a saúde para ensinar àquele biltre quanto vale a minha vingança." Túlio re­memorou então para Evelina os fatos que precederam a atitude de Caio, que, es­tando ambos sós, num dia de feriado, no próprio escritório de Túlio, pas­sou a acusá-lo dizendo que sua covardia, ao recorrer ao ve­neno, havia abalado o amor que existia entre ele (Caio) e Evelina. Em seguida, Caio sacou um revólver e disparou, acertando-o no peito. Um raio que caísse ali não teria arrasado o ânimo de Evelina Serpa quanto aquela revelação terrível. Túlio não se matara, mas fora as­sassinado por aquele a quem ela desposara no mundo!... Percebendo o que ocorria na mente de ambos, Er­nesto Fantini rogou telepaticamente à amiga não fizesse o mínimo esforço por trazer Mancini à realidade e, sim, ti­vesse paciência, até que pudes­sem estabelecer planos de socorro ao rapaz. Evelina entendeu a sugestão e Ernesto retirou-se. Contrafeita, ela sen­tiu-se algo desamparada ao ficar a sós com o ex-noivo, como se renteasse com perigos ocultos. Túlio convi­dou-a a pequeno passeio pelo parque da instituição onde estava albergado e, em poucos instantes, estavam os dois, um ao lado do outro, passeando entre sebes floridas e árvores pro­tetoras, aspirando o vento embalsamado de nutrientes perfumes. (Cap. 14, pp. 109 e 110)

52. Túlio diz não saber onde se encontra - "Evelina – indagou Túlio, com evidente sarcasmo –, quem é este velho que você está trazendo a ti­racolo?" A pergunta, pronunciada em tom agressivo, não agradou à jovem senhora, mas, mesmo assim, ela in­formou, gentil: "Trata-se de amigo dis­tinto, a quem devo inestimáveis fa­vores". Ele chasqueou: "Compreenda que sofri muito para achar você... Agora, não cedo sua companhia a homem al­gum, mesmo que esse homem fosse seu pai..." E prosseguiu: "Evelina, tenho um mundo de coisas a saber, a perguntar e a ouvir de você... Não sei, re­almente, se tenho estado louco. Onde estamos? que fazemos?" Nesse ponto, havendo chegado a um pequeno ca­ramanchão, totalmente envolto em trepadei­ras, Túlio implorou fizessem ali uma parada de refazimento, porque sentia dores quando se movimentava em demasia, desde o tiro recebido de Caio. O rapaz estava apaixonado e pa­tenteava no semblante tamanha expressão de sensualidade que Evelina es­tremeceu. Ela, porém, parecia inebriar-se com as considerações que passou a ouvir do ex-namorado e relembrou as noites de ternura que tivera com ele, antes de comprometer-se com Caio. Instin­tivamente, rememorou as in­fidelidades do marido, o escárnio revestido de belas palavras que rece­bera dele tantas vezes em sua casa e, por um mo­mento, balançou-se-lhe ou­tra vez o coração, entre os dois, como ocorrera nos tempos do noivado... Algo, no entanto, lhe impunha medo e certa re­pugnância ao entreter-se com Túlio Mancini. Ele não era mais o cavalheiro de outra época. Mostrava-se imponderado, desabrido. Além disso, entendia não lhe ser possível ceder a quaisquer sugestões incompatíveis com sua dignidade feminina. Casara-se. Devia ao esposo lealdade e acatamento. Tais ideias lhe controlaram a sen­sibilidade e Evelina manteve-se serena, enquanto Mancini lhe pedia deixá-lo recostar-se em seu colo, nem que fosse um momento só. "Evelina – disse o rapaz –, quero sentir o calor de seu coração... Tenho necessi­dade de você, qual o sedento quando se aproxima da fonte! Compadeça-se de mim!..." (Cap. 14, pp. 110 a 112) (Continua na próxima semana.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita