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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 327 - 1º de Setembro de 2013

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 
 



Dr. Fritz e o acautelado


Na manhã de 5 de junho do corrente ano de 2013, descarregando alguns materiais no local de trabalho, de súbito, meu pé direito se enroscou em restos de produtos e plásticos que se achavam no local, e a perna dobrou-se, vindo o joelho a chocar-se violentamente no piso sólido, provocando-me forte dor e, imediatamente, inchaço na região.

Procurei socorro em alguns centros médicos do setor público, e, após constatar a demora de tal atendimento, e, cogitando que tudo ia melhorar em curto espaço de tempo, desisti. E este fora o meu grande engano. Passados alguns dias, o joelho não desinchava e as dores eram constantes em função dos movimentos que diligenciava executar, em vão. Fora aí, certamente, que constatara ser o problema um tanto mais grave, e, novamente, estive a procurar socorro medicinal. Em um dos centros médicos que buscara, verifiquei que só seria atendido, via consulta ao ortopedista, daí a dez dias.

E demandei outros locais de atendimento. Por sorte, num deles, fui recepcionado com presteza e, confesso, por atendentes e médicos muito gentis. Em cerca de duas horas pude fazer exame de sangue e uma chapa de raios-X. Deus me atendera as preces, finalmente. E, portanto, eu saberia, com maior precisão, qual era o meu problema, o que, de fato, fora atingido, lesionado com a queda. E, de tal exame, constatou-se que eu tinha fraturado a rótula (patela) em dois lugares e, lógico, teria esmagado tecidos e músculos constituintes da região, afetando-os com alguma gravidade. E os doutores, uma, de longa experiência, e o outro, já se formando, me recomendaram repouso absoluto, pois não se tem como engessar ou, de outra forma, tratar o meu caso. Mas como? O pobre coitado precisa trabalhar para o seu sustento! Mas Deus não nos desampara! E o fato é que estou sendo socorrido por parentes e amigos generosos que surgiram de toda parte. Mesmo assim, e, um tanto desolado, me atinara a ideia procurar um médium que opera com o famoso Dr. Fritz aqui em Uberaba, na Chácara Vale do Sol que também abriga o Centro Espírita de mesma denominação.

E, num domingo de sol, pela manhã, pensamentos insistiam-me que eu deveria ir à tal chácara para saber o dia dos atendimentos, do horário que deveria chegar, e coisas do gênero; o calendário marcava 23 de junho do corrente. E mesmo com a perna um tanto imobilizada, me munira de minha nova companheira, uma muleta canadense, e me dirigi ao local não muito distante de minha moradia. E, às dez horas da manhã, me achava no portão do referido médium: o Sr. Maurício. Eu já o conhecia, pois havia consolidado, tempos atrás, uma venda de Forros em PVC para a sua chácara. Mesmo assim, se eu o conhecia, como o Sr. Maurício lida com muita gente, talvez ele não se lembrasse de mim. E tornei a bater palmas, pois não era atendido; e, insistindo, retornei ao expediente das palmas mais uma vez. Fora quando, lá dos fundos da chácara, o ouvi gritar: Quem é? Que, que foi? E ele veio a mim, prudente e austero como sempre.

Ao aproximar-se, expus o meu problema, mostrei-lhe o joelho bastante intumescido e ele convidou-me a entrar. Dirigimo-nos, então, a uma sala de paredes alvas e muito bem higienizada do seu atendimento. Quando ele, então, alegou-me não atender fora dos dias de trabalho no centro; mas que abriria uma exceção. Já, por aí, constatei no médium sua boa vontade, seu amor e sua dedicação ao próximo sofredor.

Na referida sala de atendimento, após uma prece, e, sob forte inspiração, pediu-me o Sr. Maurício que eu me sentasse numa cadeira e fechasse os olhos. Segui à risca, e, naquele momento, não era somente o incômodo do joelho que me atormentava, mas também a dúvida no tocante ao que estava por vir; afinal, ele pediu-me para fechar os olhos, e os cerrei. Foi quando senti agulhas penetrando-me os tecidos flácidos do joelho, e confesso que o procedimento não é assim tão indolor, não! Dói um tanto sim; bem menos, mas dói. Ora, trata-se de agulhas penetrando peles, carnes, tecidos, nervos, e como ser indolor? Mas tudo bem! Se for para melhorar, tudo bem!

Então, após alguns instantes do procedimento, o médium pediu-me que abrisse os olhos e os descerrei. Fora quando, para minha surpresa, o mesmo mostrou-me diversas ampolas com líquidos tingidos por sangue, e, também água, retirados do joelho lesionado.

Após mais alguma conversa amigável que se desenrolara, dirigi-me a ele questionando o que deveria fazer para retribuir-lhe o que fizera por mim. Deveria pagá-lo por tal? E ele, retrucou-me com alguma seriedade: “deve me pagar sim”. E emendara a seguir: Com um sorriso!

Sorri, agradeci e de lá me afastara sem dor alguma e bem melhor do que quando chegara. Retornei a minha casa mais otimista pelo fato de que, mais dia, menos dia, iria obter minha tão desejada cura; afinal, joelho é complicadíssimo, demanda tempo para sua completa restauração. Todavia, confesso que dúvidas passaram a atormentar-me intimamente. Talvez por excesso de prudência, de pouca fé, levando-me à sintonização negativa e propiciando-me ideias infelizes, sutis obsessões.

E se o referido médium não estivesse com a verdade quando me mostrou aquelas ampolas com os mais diversos líquidos de mim extraídos? Afinal, ele pediu-me que fechasse os olhos.

Teria sido o procedimento todo uma fraude? Somos seres humanos e, por isso mesmo, suscetíveis de equívocos os mais lamentáveis.

E questionava de mim para comigo mesmo: O médium teria agido de boa-fé? Fui ou não fui ludibriado? Teria mesmo me submetido à tal da cirurgia médico-espiritual?

As agulhadas dolorosas eu senti, mas não vi o médium fazer o completo procedimento de retirada dos diversos líquidos do meu joelho, pois eu estava de olhos cerrados, a pedido dele mesmo. E a dúvida do “Tomé cientificista” me acompanhara por quatro dias, pois que, na quarta feira próxima eu deveria retornar para o dia normal dos trabalhos, onde o médium opera com o Espírito de farta reputação nos rincões deste nosso país: o tal do Dr. Fritz.

E, na quarta feira, 26/06, me preparei para o retorno combinado e, na hora adequada, para a tal chácara me conduzi. Lá chegando, me deparei com uma multidão, doentes de todo gênero buscando a cura de seus males. E mais gente fora chegando. De quando em vez, ouvia relatos de pessoas desencantadas com a Medicina tradicional e que se curaram nas mãos do Dr. Fritz. Mas o pedido de Silêncio era sempre solicitado. Silêncio e prece, ou seja: sintonização com a Espiritualidade Maior. E passes, e mais passes, em salas limpas e bem preparadas para tal, eram conferidos a todos. E água fluída também, naquele ambiente de paz, de fraternidade e, confesso, de amor incondicional.

Mas o momento é meio conturbado! E, por nós mesmos: nossas dúvidas e questionamentos interiores. Ignorando o que sucederá conosco, implanta-se uma expectativa geral! E novos pedidos de Silêncio se ouvem a todo instante, exortando que os palavrórios sejam substituídos pela prece, pela súplica ao Senhor! Pelas oito horas da noite, o médium, um tanto circunspecto, aparece. Muito simpático, e, de indumentária mui alva, adentra ele o grande recinto constituído por um galpão de estruturas e telhas metálicas, sem paredes, contudo.

Ouvem-se aplausos ao médium; e entrando na onda, também aplaudi contagiado; pois que o médium também nos aplaude numa troca de carinho e de amabilidades cristãs. É interessante! Sentia como se os aplausos fossem dirigidos à Espiritualidade Maior, ao ambiente de amor e de paz proporcionado por Jesus e seus muitos prepostos. E Música diversa se faz ouvir. Mais ainda: constatei que o médium, naquele momento de prece e de caridade cristã, apresentava conduta ecumênica, pois que, no curso de mais ou menos sessenta minutos, erguia nos braços, e nos mostrava, por diversas vezes, quadros, pequenas estátuas e bustos de Chico Xavier, de Nossa Senhora Aparecida e de outros grandes espiritualistas e santos de nossa memória. E os aplausos imediatamente se fazem ouvir! Ora, o médium está lidando com gente, com povo de fé a mais diversa, e este é o meio de tal fé robustecer-se inspirada nos grandes vultos da humanidade representativos da fé cristã, universal, e não deturpada por rotulações religiosas de caráter humano: que separa e não une.

Pelas nove horas da noite, após uma sua humilde preleção, nota-se que o aspecto pessoal, físico e espiritual do referido médium se transmuda notoriamente. Ele fica diferente! Seus olhos se esbugalham e ele reflete luz! Seu caminhar não é mais o dos humanos, pois ele parece volitar! Seus passos são lentos, mas, ao mesmo tempo, cadenciados e parecem elevar-se acima do solo, indubitavelmente!

Algo de divino, e não humano, propriamente falando, se constata ali.

E, então, tenho a certeza granítica de que o Dr. Fritz chegou, incorporou-se ao médium diante de nossos olhos expectantes, e os trabalhos, sem perda de tempo, se iniciam. Nesta noite, constato que sessenta pessoas ou mais serão atendidas, operadas pelo Dr. Fritz. De minha parte: mais expectação, mais dúvidas: o que vai ser de mim? O que o Doutor do astral vai fazer comigo? Sairei dali com as mesmas dúvidas de antanho? Irei curar-me? Ser penetrado por agulhas, tesouras e outros instrumentos cortantes de que o Dr. Fritz faz uso, curando enfermos, debilitados de corpo e alma, e outros males, enfim?

Até que, chegada a minha vez, fui conduzido ao médium. Deu-me água fluída e pediu-me que sentasse numa determinada cadeira. Levantei a calça acima do joelho direito, e, frente a frente com aquela autoridade médica, ele abaixou-se até ao joelho dolorido e, fitando-me, de baixo para cima, pois que se achava num plano abaixo do meu, em voz firme e segura dirigiu-se a mim que estava temeroso e com os olhos cerrados: “Abra os olhos!”.  

De pronto, obedeci! E ele iniciara o procedimento das agulhadas, retirando líquidos diversos do joelho; e, eu, o “Tomé Cientificista”, de olhos bem abertos, muito arregalados, assistindo a tudo e constatando positivamente que o Dr. Fritz em mim estava operando. E ele bradou, fixando em mim os reluzentes olhos:

“E agora, você está vendo?” “Constata a tudo o que lhe faço?” “Não tens mais dúvidas de que lhe opero”? “Vês, agora, de olhos abertos”.

E, fitando-o, lacrimoso, reconheci que sim! Que mais dúvidas não restavam em mim, pois que o Espírito do Dr. Fritz sabia, de antemão, de minhas mais íntimas dúvidas e as afastara de vez. E, finalizado o procedimento, fui então acolhido por amoráveis irmãs que me ampararam para os procedimentos finais. E, agradecido, me despedi dos amigos mais próximos a mim, e de lá me retirei sem dores e sem dúvidas outras que dantes me atormentavam o Espírito perquiridor.

Para o mestre codificador, em “A Gênese” (Allan Kardec – 1868 – Feb), o que pensamos reflete em nosso corpo espiritual. Segundo ele: “Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa”. (Opus Cit.).

E, mais adiante, ministra: “Desse modo é que os mais secretos movimentos da Alma repercutem no envoltório fluídico; que uma Alma pode ler noutra Alma como num livro, e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo”. (Opus Cit.).

Assim, o que se constata, é que o Espírito do Dr. Fritz tivera conhecimento do que se passava comigo, ou mesmo, me visitara dias antes desta segunda e reveladora sessão, onde eu, o “Tomé”, nada pudera esconder dele, por exteriorização dos meus mais íntimos pensamentos, pois que: “O homem nada pode ocultar dos Espíritos que nos circundam, e, por conseguinte, nada pode ocultar de Jesus, de Deus em Sua Onisciência, Sua Contínua Imanência em nós mesmos”.
 



 


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