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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 325 - 18 de Agosto de 2013

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 
 


O médium e o zombeteiro
do Astral
 


Nada é tão sério, tão brilhante e de tamanha grandeza quanto o é o Espiritismo kardequiano. Em sua superioridade doutrinária, assente em bases consolidadas pelos maiores sábios do mundo, é obvio que o Espiritismo transcende os padrões éticos, filosóficos e religiosos contemporâneos e, por isso, em sua altíssima concepção, ele tem de aguardar o progresso espiritual das massas, que detêm, ainda, características mentais simplistas ou pré-lógicas em termos de conhecimentos superiores e, portanto, da mais notável moralidade cristã. Assim sendo, se existe alguma forma de marasmo no mundo, há que se dizer que o mesmo se verifica no tocante às massas humanas que caminham vagarosamente, quase que sem um rumo norteador de suas ações.  

Mas, antes de qualquer coisa, é preciso compreender que tudo quanto vivenciamos faz parte do nosso aprendizado, nosso crescimento e aprimoramento espiritual. Sob tal prisma, portanto, e, relativamente ao Espiritismo, pode-se dizer que tudo está sob as mãos do Altíssimo. Não se pode e não se deve exigir das pessoas, ou mesmo dos espiritistas, mais do que eles podem dar e compreender em termos de uma Doutrina tão abrangente e tão complexa como a preconizada pelos nossos maiores da Espiritualidade, e que acaba por entrosar-se com áreas culturais tão complexas como a nossa mesma. Em nossos estudos, tenho procurado fazer alguma coisa, tenho tentado mostrar a poderosa correlação de Kardec com os novos tempos e, dos novos tempos com Kardec, por meio do desenvolvimento doutrinário já estabelecido por sábios estudiosos encarnados e desencarnados. 

Mas vejo amigos meus, confrades de longa data, confundindo trabalhos sérios com outros nitidamente desqualificados e tudo o mais; e, como eles não têm razoável compreensão dos primeiros, tendem à aceitação de tudo, e, principalmente, dos segundos, que lhes parecem de mais fácil digestão intelectual. Com isso, vejo que lhes faltam aprofundamentos não só no Espiritismo kardequiano e de sérios trabalhos subsequentes, mas, também, e com muito maior ênfase, nos ligados às áreas acadêmicas contemporâneas.  

Ora, José Herculano Pires desenvolvera brilhantes estudos de Antropologia Cultural em sua obra “O Espírito e o Tempo” (Edicel); Rino Curti completou as descobertas da Epistemologia Genética de Piaget em seu “Espiritismo e Conhecimento” (Lake); Jorge Andréa ampliou o Evolucionismo Biológico com o trabalho “Impulsos Criativos da Evolução” (Arte e Cultura) etc., etc. Mas, se nem todos os espiritistas conseguem aprofundar-se em Kardec, apesar de toda a sua clareza e simplicidade expositiva, quanto mais não conseguiriam, e não conseguem, fazer estudos de trabalhos culturais e acadêmicos de notável seriedade como estes aqui descritos. E é aí, sobretudo, que posso constatar as mais diversas gradações conceituais, de entendimento e de evolução dos espiritistas; sendo que muitos deles preferem obras estilo romanceadas e coisas que tais. E o que se nos mostra, com clareza granítica e evidente, é o fato de constituirmos um conjunto de infinitas variantes intelectuais e morais. 

Mas é preciso, sempre que possível, alertar e orientar os desatentos quanto à questão do que não é, e do que é, verdadeiramente, a Doutrina Espírita, cujos tentáculos culturais foram implantados por uma plêiade de Espíritos Superiores, sendo, pois, uma Doutrina Sua, e não nossa, pois que estamos na condição de meros aprendizes das novas luzes espirituais. 

E o fato é que novas coleções de livros mediúnicos, de autorias duvidosas, como, por exemplo, a do suposto médico desencarnado, Dr. Inácio Ferreira, psicografia de Carlos Baccelli, vem causando um verdadeiro rebuliço no meio espírita, com prós e contras, favoráveis e desfavoráveis a tais cantigas ardilosas e inconsequentes. Em seu último livro, intitulado “Trabalhadores da Última Hora” (Didier), cap. 35, por exemplo, o referido médico, em seu descontrole patológico, vem fazer um gracejo na forma de um brinde ao que ele chamou de “macaco espírita”, completando, tal irreverência, nos termos de que somos “quase um mico de circo”, e isto só pelo fato de querermos que ele nos apresente uma prova mais condizente de que realmente existe o que ele mesmo proclama como “reencarnação no mundo espiritual”.  

Ora, Dr. Inácio, ao invés de nos destratar, basta que tenha um pouco de paciência para que suas brilhantes teses recebam o aval da Concordância Universal no Ensino dos Espíritos (CUEE)!  

Mas, do ponto de vista psicológico, o que mais se destaca deste Espírito incorrigível, é que ele revela ser, escancaradamente, um elemento com seus vícios milenares, tais como os da polêmica descabida do tabaco, da ira, da arrogância e do descontrole emocional, dentre outros, como pude pinçar de suas inúmeras obras. E, portanto, pelo conjunto de tais obras, e, com tantos pontos censuráveis, não se tem como vê-lo por um prisma de equilíbrio e de confiabilidade que se possa creditar a um Espírito Superior, coisa que ele absolutamente não é. Ora, a nossa Doutrina, que, como já visto, não é nossa, e sim dos Espíritos Superiores, não se sujeita às mesquinharias, às visões doutrinárias equivocadas deste Espírito do Dr. Inácio que se revela, nitidamente, de uma condição inferior, defeituosa e, portanto, fora dos propósitos cristãos, pois que não busca sua reforma pessoal, se equiparando aos Espíritos Zombeteiros do Astral.  

Por conseguinte, sua coleção vem representar, em termos de Espiritismo codificado, como um dos piores trabalhos mediúnicos das últimas décadas, por nos revelar tanta coisa antidoutrinária, controvertida e muito própria dos inimigos desencarnados da mais bela e mais alta filosofia espiritualista de todos os tempos da humanidade: a Doutrina dos Espíritos Superiores que, com Kardec, estabeleceram o que se convencionou chamar de Terceira Revelação da Lei de Deus, e não lei de Espíritos atrasados e inconsequentes. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita