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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 325 - 18 de Agosto de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 10)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Por que Fantini não enfrentou o estado de perturbação e de tormentos que dizem ser comum aos que voltam ao além-túmulo?

O Instrutor Ribas, respondendo a semelhante pergunta, disse: "O estado de tribulação a que se refere é pertinente ao espírito e não ao lugar. Muitos de nós, os desencarnados, suportamos tempos difíceis, em paisagens determinadas que nos refletem as próprias perturbações íntimas. Essa anomalia pode perdurar por muito tempo, de conformidade com as nossas inclinações e esforço indispensável para que nos aceitemos, imperfeitos como ainda somos, conquanto não igno­remos a necessidade de burilamento que as leis da vida nos estabelecem." Nosso dever, ante a Vida Maior, é podar os nossos defeitos em trabalho digno e incessante. "Enquanto estejamos em desequilíbrio, após a desen­carnação, desequilíbrio que é sempre agravado pela nossa inconformidade ou rebeldia, orgulho ou desespero, ameaçando a segurança dos outros, per­maneceremos compreensivelmente internados ou segregados em faixas de es­paço, junto de quantos evidenciem perturbações ou conflitos semelhantes aos nossos, à maneira de doentes mentais, afastados do convívio doméstico para tratamento justo." (E a Vida Continua, cap. 11, pp. 82 a 84.)  

B. A fé demonstrada pelos Espíritos assistidos pelo Instituto tinha alguma influência sobre o socorro que eles ali recebiam?

Sim. O socorro prestado pela Casa fazia-se mais eficaz quanto mais força de fé mostrasse a criatura na possibilidade de superação de suas fraquezas. Foi o que ocorria com Fantini, cuja estrutura psicológica o imuni­zara contra os delírios que acometem muita gente boa e digna que, às vezes, se abriga por muito tempo nas aflições purgativas dos grande manicômios, sa­nando os desequilíbrios a que se despenha, por haver dado, em muitos casos, orientação falsa ao amor de que se nutria. (Obra citada, cap. 11, pp. 84 e 85.) 

C. Que atividades e entretenimentos Evelina e Fantini encontraram em seus passeios pela cidade em que o Instituto se localizava?

Sempre que podiam, eles frequentavam bibliotecas, jardins, instituições e entreteni­mentos diversos, como se estivessem em tranquila colônia de férias. E Evelina pôde também realizar ali um de seus maiores anelos: participar de um culto religioso, que foi realizado em um templo muito simples, em que no interior tudo era espontaneidade e harmonia. (Obra citada, cap. 12, pp. 88 a 90.)

Texto para leitura 

37. Cada um de nós pune a si mesmo - Fantini compreendia, finalmente, que ali, na cidade espiritual, era ele examinado pelo que fora, nas ações praticadas, no tempo de retaguarda mais próximo. Permaneceria, pois, como identificado na ficha individual, até que as circunstâncias lhe indicas­sem nova imersão no corpo carnal, como recurso inevitável aos objetivos de burilamento a que todos visamos, nas lides da vida eterna. O que ele não entendia era o motivo por que não lhe acontecera o estado de pertur­bação e de tormentos que lhe disseram ser comum aos que voltam ao além-túmulo. "O estado de tribulação a que se refere – informou Ribas – é pertinente ao espírito e não ao lugar. Muitos de nós, os desencarnados, suportamos tempos difíceis, em paisagens determinadas que nos refletem as próprias perturbações íntimas. Essa anomalia pode perdurar por muito tempo, de conformidade com as nossas inclinações e esforço indispensável para que nos aceitemos, imperfeitos como ainda somos, conquanto não igno­remos a necessidade de burilamento que as leis da vida nos estabelecem." Nosso dever, ante a Vida Maior, é podar os nossos defeitos em trabalho digno e incessante. "Enquanto estejamos em desequilíbrio, após a desen­carnação, desequilíbrio que é sempre agravado pela nossa inconformidade ou rebeldia, orgulho ou desespero, ameaçando a segurança dos outros, per­maneceremos compreensivelmente internados ou segregados em faixas de es­paço, junto de quantos evidenciem perturbações ou conflitos semelhantes aos nossos, à maneira de doentes mentais, afastados do convívio doméstico para tratamento justo." A Divina Providência nos governa através de leis sábias e imparciais. Cada um de nós pune a si mesmo, nos artigos dos Es­tatutos Excelsos que haja infringido. A Justiça Eterna funciona no foro íntimo de cada pessoa, determinando que a responsabilidade seja graduada ao tamanho do conhecimento.

Como definir, desse modo, o inferno criado pelas religiões do planeta? "Reportemo-nos a isso – informou o Instrutor – com o respeito que o assunto nos reclama, porque para milhões de almas o desconforto mental a que se entregam, ao lado de outras nas mesmas con­dições, é perfeitamente comparável ao sofrimento do inferno teológico, imaginado pelas crenças humanas." (Cap. 11, pp. 82 a 84) 

38. Fantini confessa ter matado um amigo - O inferno – prosseguiu Ribas – deve ser interpretado com um hospício, onde amargamos as conse­quências de faltas cometidas, no fundo, contra nós mesmos. É fácil per­ceber, então, que a área de espaço em que nos demoramos nessa desoladora situação venha a retratar os quadros mentais infelizes que criamos e pro­jetamos ao redor de nós. Ao ouvir isto, Fantini confessou não merecer a generosidade com que o acolhiam. "Tenho desfrutado aqui – informou Fan­tini – uma tranquilidade que não esperava, porquanto transporto comigo doloroso problema de consciência..." Ribas lhe disse que uma das funções do Instituto era precisamente apoiar os irmãos desencarnados que ali sur­giam, carreando consigo complexos de culpa, suscetíveis de arrojá-los em alterações de maior vulto. O socorro prestado pela Casa fazia-se mais eficaz quanto mais força de fé mostrasse a criatura na possibilidade de superação de suas fraquezas. A estrutura psicológica de Fantini o imuni­zara contra os delírios de muita gente boa e digna que, às vezes, se abriga por muito tempo nas aflições purgativas dos grande manicômios, sa­nando os desequilíbrios a que se despenha, por haver dado, em muitos casos, orientação falsa ao amor de que se nutria. Mas ele precisava re­vestir-se de calma para comparecer diante daqueles que deixara no mundo, de modo a compreender-se e compreendê-los... Os olhos de Ernesto fizeram-se esbugalhados ao ouvir essa advertência e, ajoelhando-se à frente do benfeitor, ele gritou: "Instrutor, segundo creio, meu delito é um só; en­tretanto, é suficiente para criar muitos infernos em meu espírito. Matei um amigo, há mais de vinte anos, e nunca mais tive paz... Sabia-o no en­calço de minha esposa com intenções menos dignas, a espreitar-lhe os pas­sos e atitudes... Via-o sondar minha casa, em minha ausência... Algumas vezes, registei frases inconvenientes da parte dele para com aquela que me partilhava o nome... Um dia, tive a impressão de surpreender nos olhos da companheira certa inclinação afetiva para com o inimigo de minha tran­quilidade e, muito antes que minhas suposições se confirmassem, aprovei­tei o momento que se me figurou oportuno e alvejei-o durante uma caçada a codornas..." (Cap. 11, pp. 84 e 85) 

39. Fantini nunca mais teve paz na própria casa - Satisfeito seu in­tento, Fantini ocultou-se na folhagem, até que o outro companheiro de ca­çada – pois eram três no entretenimento – deu alarme ao esbarrar com o cadáver. A vítima caíra, no entanto, em condições tais que a versão de acidente convenceu a todos. Jamais, porém, Fantini recuperou o sossego íntimo. O homem que ele eliminara era casado, e sua família, que jamais visitara, abandonou a região logo depois, sequiosa de esquecimento. A morte trouxera, contudo, para dentro de sua casa o temido desafeto e, desde a ocorrência dolorosa, passou a sentir-lhe a presença no lar, como sombra invariável que o insultava e ironizava sem que ninguém perce­besse. Rara foi a noite em que não lutara com ele em sonho, antes da cirurgia que motivou sua vinda para o Instituto. "Oh! Instrutor Ribas! Instrutor Ribas!... Diga-me, por Deus, se há remédio para mim!...", exclamou Fantini. E, assim dizendo, abraçou-se ao mentor, soluçando qual menino desamparado, a suplicar refúgio. Ribas acolheu-o no regaço pater­nal e consolou-o: "Asserena-te, meu filho!... Somos espíritos eternos e Deus, nosso Pai, não nos deixará sem arrimo". Depois, afagando-lhe a ca­beça fatigada, rematou simplesmente: "A justiça de Deus não vem sem apoio na misericórdia. Confiemos!..." (Cap. 11, pp. 85 a 87) 

40. No templo - Passadas algumas semanas, Ernesto e Evelina achavam-se mais adaptados ao ambiente e sentiam-se cada vez mais vinculados um ao outro. Sensivelmente melhorados, desfrutavam a permissão de se movimentarem na cidade, como quisessem, sendo-lhes lícito visitar os arredores, onde se encontravam milhares de Espíritos infelizes, apenas com assistên­cia adequada. Ambos desejavam muito rever o antigo lar terrestre, mas as autoridades entendiam que, para isso, era imprescindível maior prepara­ção. Frequentavam, pois, bibliotecas, jardins, instituições e entreteni­mentos diversos, como se estivessem em tranquila colônia de férias, até que chegou o dia em que Evelina pôde realizar um dos seus maiores anelos naquela cidade: um culto religioso em que alguém faria uma pregação sobre o tema "Julgamento e Amor". O templo primava pela simplicidade, figu­rando-se enorme pombal edificado com franjas de neve translúcida, defen­dido, aqui e ali, por densas faixas de arvoredo. No interior, tudo era espontaneidade e harmonia. A fila extensa de bancos deixava ver o púlpito à frente, que assumia a feição de enorme liliácea, esculpida em mármore alvíssimo. Na parede muito branca, diante da assistência, sob as legendas "Templo da Nova Revelação", "Casa Consagrada ao Culto de Nosso Senhor Jesus-Cristo", ao invés de quaisquer símbolos ou esculturas, jazia apenas uma tela, recordando o semblante presumível do Divino Mestre, cujos olhos na excelsa pintura pareciam falar de vida e onipresença. (Cap. 12, pp. 88 a 90) (Continua na próxima semana.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita