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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniapickina@gmail.com
Campinas, SP (Brasil)

 
 


Cercanias


Somos seres emocionais. Ressoamos e somos continuamente afetados por emoções e sentimentos. Desse modo, os terapeutas (antigos e modernos) insistem, para a saúde integral do ser humano e das relações sociais, no processo do autoconhecimento.

Ademais, somente aquele que procura com disciplina se conhecer pode gradualmente se tornar o "senhor" de sua casa (esfera íntima) e, em consequência, aproximar-se com mais clareza acerca de seu roteiro existencial e/ou das escolhas que diariamente é convocado a fazer.

Então, talvez, embora sutil, seja significativo definir a diferença entre medo, ansiedade e angústia, para facilitar o conhecer-se e, principalmente, quando estamos mergulhados/paralisados nos receios e embaraços cotidianos que nos furtam a serenidade necessária para viver um dia de cada vez...

O medo, no geral, é específico. Temos medo de água porque quase nos afogamos na piscina uma vez. Temos medo de cachorro, medo de perder o emprego, medo de morrer, medo de escuro etc.

A ansiedade "é um mal flutuante que pode ser ativado praticamente por qualquer coisa, pode iluminar durante algum tempo uma coisa específica, mas que geralmente tem origem na insegurança genérica que sentimos na vida" (J. Hollis).

Já a angústia, por sua vez, é inerente a todos nós, pois função da nossa frágil condição de humanos. Em palavras simples, poderíamos definir a angústia como "ansiedade existencial, ou seja, ela decorre de sermos um animal que pode se tornar consciente de quão fino é o fio no qual ele está pendurado" (J. Hollis).

Há um poema de M. T. Cooper que descreve as várias formas pelas quais o medo, a ansiedade e a angústia se combinam e, com isso, parecem a mesma coisa: 

“Suponha que o que você teme

pudesse ser encurralado,

e mantido em Paris.

Você teria, então,

a coragem de ir

a todos os lugares do mundo.

Todas as direções da bússola

se abrem para você,

exceto os graus leste ou oeste

do verdadeiro norte

que conduz a Paris.

Ainda assim, você não ousaria

pôr os pés

no centro dos limites da cidade.

Você não está realmente disposto

a se erguer na encosta de uma colina

a milhas de distância, e

a contemplar as luzes de Paris

se acenderem à noite.

Apenas por uma questão de segurança,

você decide ficar completamente

longe da França.

Mas então o perigo

parece excessivamente próximo

até mesmo dessas fronteiras,

e você sente

a parte tímida de você

cobrindo novamente todo o globo.

Você precisa do tipo de amigo

que aprende seus segredos e diz:

‘Veja Paris primeiro’.”

Paris vai aonde vamos... Até mesmo quando nos afastamos das coisas que nos causam medo, Paris nos segue.

E o (precioso e sábio) "amigo" que diz "Veja Paris primeiro" é a voz do Eu (Self), o centro regulador interno que busca nossa cura e conhece a única maneira pela qual podemos nos superar (e nossas cotas diárias de medo, ansiedade, angústia) para continuar a crescer, deixando de pagar pequenas/grandes contas emocionais para evitar Paris...

Afinal, a coragem não é a ausência do medo; mas é sim a percepção de que algumas coisas são mais significativas para nós do que o que tememos. E essas coisas realmente existem e, além disso, e quiçá, simplesmente, apenas por nós mesmos (e em razão de nossa autoiluminação), a coragem vale a pena... 



 


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