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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 24)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Por que a morte de Argos seria considerada um caso de suicídio indireto, uma vez que ele se encontrava realmente enfermo?


A resposta a essa pergunta foi dada por Dr. Arnaldo. O estado de saúde de Argos se agravara e ele se encontrava com febre alta, decorrente de violenta recidiva. Segundo Dr. Arnaldo, a doença realmente voltara. Receando a irrupção de uma brutal hemoptise, Bernardo aplicou recursos calmantes em Argos, para diminuir a febre e recompor o aparelho respiratório congestionado pela infecção. “A mente pessimista e assustada do nosso amigo, que cultivou uma psicose depressiva, receando o retorno da doença, ao lado da sua insistente rebeldia ao trabalho edificante que lhe concederia créditos para a saúde, responde pela recidiva a que foi levado, tendo-se em vista a vinculação com Felipe”, esclareceu o médico. “De algum modo, se advier um resultado funesto para o corpo, temos mais um infeliz exemplo de suicídio indireto...”

Segundo Dr. Arnaldo, a intemperança é fator desconcertante, que agasalhamos e de cujos efeitos perniciosos não nos conseguimos furtar. Quem possui o conhecimento da vida espiritual não deveria caminhar entre sombras, em face da luz que lhe deve estar implantada na razão, conduzindo os sentimentos e aprimorando-se. A predominância sistemática dos instintos mais agressivos, que fomentam o egoísmo em detrimento de outros valores mais elevados, faz que desvalemos na rampa da insatisfação com os consequentes efeitos da rebeldia constante, sem o apoio da humildade que acalma, nem da legítima fraternidade que harmoniza.
(Painéis da Obsessão, cap. 27, pp. 221 a 223.)

 

B. Valendo-se do passe fluidoterápico, o médium Venceslau prestou a Argos o socorro fluídico de que ele carecia. Como esse socorro foi aplicado?

 

O auxílio prestado por Bernardo (Espírito) criara a predisposição para que Argos assimilasse, desta vez, outro tipo de fluidos procedentes do corpo físico do médium. Conduzido por Irmã Angélica, logo após a oração, Venceslau deu início à operação socorrista. A princípio, com movimentos rítmicos e em direção longitudinal, desembaraçou o enfermo das energias absorvidas e dos miasmas venenosos que lhe empestavam o organismo, como a desintoxicar as células, facilitando-lhes a renovação. Foram então cuidadosamente atendidos os centros coronários, cardíaco e gástrico, que exteriorizavam coloração escura e fluido pastoso, letal. Em seguida, o médium passou a transferir-lhe as forças restauradoras, mediante a imposição das mãos nas referidas áreas que, lentamente, foram absorvendo a energia salutar e mudando de cor, irradiando para todo o corpo as vibrações de reequilíbrio. Por fim, foi magnetizada a água, oferecida em pequena dose ao enfermo, encerrando-se ai o labor da caridade fraternal. (Obra citada, cap. 27, pp. 224 a 226.)

 

C. Qual a importância em nossa vida do efetivo cumprimento de nossos deveres morais?


Segundo é demonstrado com clareza nesta obra, os deveres morais, quando bem cumpridos, são os agentes que propiciam o crescimento do ser, no rumo da libertação de suas mazelas. Fora exatamente isso que faltara na vida de Argos ao longo dos últimos séculos.
(Obra citada, cap. 28, pp. 227 e 228.)

 

Texto para leitura
 

106. Agrava-se o estado de Argos - Em outra sala da Clínica, encontrava-se um paciente portador de um problema na uretra. Muito bem assistido pela esposa desencarnada, esta houvera pedido aos trabalhadores espirituais da Casa que inspirassem o médico, a fim de melhor socorrer o cônjuge assustado. O médico de plantão, após os exames necessários, telementalizado por um urologista do grupo espiritual, confirmou o problema e a necessidade de cirurgia, que seria coroada de êxito, em face do bom estado geral do paciente, evitando-se assim um problema que poderia se agravar, tomando rumos imprevisíveis, perfeitamente evitáveis. Nesse momento, Philomeno teve de retirar-se, a chamado de Bernardo. O estado de saúde de Argos se agravara e ele se encontrava com febre alta, decorrente da violenta recidiva. A genitora desencarnada do rapaz recebeu os atendentes, preocupada, porque, como Dr. Arnaldo confirmaria, a doença voltara. Receando a irrupção de uma brutal hemoptise, Bernardo aplicou recursos calmantes em Argos, para diminuir a febre e recompor o aparelho respiratório congestionado pela infecção. “A mente pessimista e assustada do nosso amigo, que cultivou uma psicose depressiva, receando o retorno da doença, ao lado da sua insistente rebeldia ao trabalho edificante que lhe concederia créditos para a saúde, responde pela recidiva a que foi levado, tendo-se em vista a vinculação com Felipe”, esclareceu o médico. “De algum modo, se advier um resultado funesto para o corpo, temos mais um infeliz exemplo de suicídio indireto... Não nos cabe, no entanto, apressar conclusões, nem opinar com desconhecimento do amor e da caridade. A intemperança é fator desconcertante, que agasalhamos e de cujos efeitos perniciosos não nos conseguimos furtar. Quem possui o conhecimento da vida espiritual não deveria caminhar entre sombras, em face da luz que lhe deve estar implantada na razão, conduzindo os sentimentos e aprimorando-se. A predominância sistemática dos instintos mais agressivos, que fomentam o egoísmo em detrimento de outros valores mais elevados, faz que desvalemos na rampa da insatisfação com os consequentes efeitos da rebeldia constante, sem o apoio da humildade que acalma, nem da legítima fraternidade que harmoniza.” Philomeno notou que o recurso fluídico não afastou Felipe, que acompanhava o atendimento com manifesta ironia. Dr. Arnaldo explicou: “Desde que a presença do amigo infeliz foi acolhida pelo nosso invigilante enfermo, não nos é lícito violar o livre-arbítrio de ambos os consócios da pugna em desdobramento. Argos é suficientemente esclarecido em torno dos mecanismos do intercâmbio espiritual quanto das obsessões, para que o tratemos como se ele fora um adolescente irresponsável...” (Cap. 27, pp. 221 a 223.)

107. Felipe vê Irmã Angélica e se retira - O caso de Argos lembrava a inolvidável sentença de Jesus: “Muito se pedirá a quem muito foi concedido”. O problema da evolução é pauta de dever pessoal, intransferível, não podendo ninguém crescer no lugar de outrem. Argos estava semidesfalecido, atônito, amedrontado, quando penetrou o recinto o médium Venceslau, trazido por Irmã Angélica. A chegada do médium infundiu-lhe um pouco de ânimo, mas Venceslau, que tinha a voz embargada pela compaixão, esforçando-se por manter a naturalidade, encorajou-o, prontificando-se a ajudá-lo. Felipe encolerizou-se com a presença de Irmã Angélica e, porque a psicosfera ambiente se modificasse com a presença da nobre Entidade, retirou-se com violência. Venceslau, que também fora acicatado e perseguido por inimigos pretéritos, por longos anos a fio, compreendia o drama do amigo... A Benfeitora o convidou à aplicação do socorro fluídico, em que se transfeririam energias mais específicas ao paciente. O auxílio de Bernardo criara a predisposição para que Argos assimilasse, desta vez, outro tipo de fluidos procedentes do corpo físico do sensitivo. Conduzido por Irmã Angélica, logo após a oração, o médium deu início à operação socorrista. A princípio, com movimentos rítmicos e em direção longitudinal, desembaraçou o enfermo das energias absorvidas e dos miasmas venenosos que lhe empestavam o organismo, como a desintoxicar as células, facilitando-lhes a renovação. Foram então cuidadosamente atendidos os centros coronários, cardíaco e gástrico, que exteriorizavam coloração escura e fluido pastoso, letal. Em seguida, o médium passou a transferir-lhe as forças restauradoras, mediante a imposição das mãos nas referidas áreas que, lentamente, foram absorvendo a energia salutar e mudando de cor, irradiando para todo o corpo as vibrações de reequilíbrio. Por fim, foi magnetizada a água, oferecida em pequena dose ao enfermo, encerrando-se ai o labor da caridade fraternal. (Cap. 27, pp. 224 a 226.)


108. A importância do dever moral bem cumprido - O agravamento da enfermidade de Argos ocorreu na semana em que Áurea tivera que viajar, a fim de aprimorar os seus conhecimentos de serviço social, para melhor desempenho das atividades a que se dedicava. A presença da esposa propiciava a Argos um certo equilíbrio emocional, pois o fluido com que ela o envolvia, em ternura e apoio, sustentava-o, diminuindo-lhe, de alguma forma, a intensidade dos problemas que o afetavam. Sem essa assistência, e agasalhando a perturbação que o dominava, ele deixou que uma saudade injustificável, a pouco e pouco, o levasse a profundo abatimento, que completou a destruição das débeis defesas orgânicas, reinstalando-se-lhe o quadro tuberculoso. Sentindo-se responsável pelo desequilíbrio em que se encontrava, Argos procurou, com pressa, reorganizar a mente, numa tentativa desesperada de recompor-se, e passou a orar, mais de medo do que em clima de paz e confiança em Deus, o que não resolvia a situação, em face das lacunas na concentração, sob a interferência de Felipe. Ninguém desconsidere os deveres morais, porque são eles os agentes que propiciam o crescimento do ser, no rumo da libertação de suas mazelas. Apesar de tudo, Argos era dotado de alguns valores morais expressivos. O seu equilíbrio conjugal e o respeito aos outros granjearam-lhe títulos de enobrecimento, que pesavam na contabilidade de suas realizações. Amava a Doutrina Espírita e vinculava-se aos seus postulados, apesar de ater-se mais à teoria. Não fosse a falta de disposição para o trabalho da caridade e da solidariedade com os companheiros que se afanavam em exaustivo esforço, e ele poderia haver logrado evitar a nova carga de dores que ora o confrangiam. (Cap. 28, pp. 227 e 228.)


109. Felipe e Argos se encontram face a face - À noite, Irmã Angélica, Bernardo, Dr. Arnaldo e Venceslau entraram no dormitório de Argos, onde, após as orientações preliminares, foi proferida uma sentida oração pela Benfeitora, que se aureolou de diáfana claridade. Bernardo desenovelou Argos dos fluidos mais vigorosos da matéria e situou-o ao lado dos protetores presentes. Podia-se ver no Espírito do rapaz a grave conjuntura. Manchas escuras no epigástrio e no centro coronário denunciavam-lhe a ingestão de fluidos venenosos que foram assimilados espontaneamente, como decorrência do conúbio mental com o seu perseguidor e por efeito do destrambelhamento da câmara pulmonar. A respiração era-lhe difícil, mas a aplicação de recursos calmantes feita por Bernardo deu-lhe um pouco de tranquilidade. Nesse momento, adentrou-se Felipe, conduzido por dois hábeis cooperadores do grupo espiritual. O antigo adepto de João Huss esfervilhava de cólera, mas não se envergonhava disso; e, ao identificar, em desdobramento parcial, aquele a quem detestava, sua reação fez-se explosiva, como se uma crise de loucura o possuísse de súbito. Sonolento e sem lucidez, Argos não viu seu desafeto, mas sentiu-lhe a vibração de cólera, voltando a agitar-se. De pronto lhe advieram os sintomas da enfermidade, no que era acompanhado pelo corpo, que a tudo refletia através do perispírito. O intercâmbio perfeito de um para com o outro mostrava a dependência do soma (corpo físico) em relação ao ser espiritual. Bernardo acudiu o paciente, que se reequilibrou, embora cansado e receoso. E Felipe, extremamente irado, passou a clamar: “Não posso ter qualquer compaixão de quem tanto me tem feito mal. Desde os desventurados dias de Praga que ele me enlouquece com as suas perversidades. E não as praticou somente contra mim. O coro das suas vítimas clama por uma justiça que tarda. Frio e traiçoeiro, como ninguém aqui ignora, ele desgraçou a minha e outras vidas, permanecendo impune. O tempo rolou na ampulheta das horas e agora reverte a posição dos lutadores. Os vencidos estão de pé e o vencedor de mentiras tomba, a fim de responder pelos seus crimes. Será um longo desforço. Vida por vida, ele pagará, mentira por mentira ser-lhe-á cobrada, traição, essa arma dos covardes, por traição lhe será recuperada.” (Cap.28, pp. 229 e 230.)  
(Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita