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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 324 - 11 de Agosto de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 



E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 9)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Qual era o motivo que impedia Evelina de compreender que se encontrava desencarnada?

Essa pergunta foi feita também por Evelina e o Instrutor Ribas esclareceu: "Falta de preparo na vida física". Segundo ele, a surpresa de Evelina era comum à maioria das criaturas terrestres, em virtude da ausência de integração real com as experiências religiosas a que se afeiçoam. O Instrutor Ribas acrescentou que ela, na condição de católica, deveria apresentar um índice mais completo de comunhão com a verdade espiritual. Afinal, se ela meditasse na essência dos ofícios religiosos de sua fé, todos eles dirigidos a Deus e, depois de Deus, aos mortos sublimes, como Jesus, sua mãe e os Espíritos heroicos que veneramos por santos da vida cristã, decerto não experimentaria o assombro que até então lhe insensibilizava os centros de força. (E a Vida Continua, cap. 10, pp. 74 e 75.)  

B. Um dos motivos da tristeza que acompanhou os últimos dias de Evelina na Terra foi a traição de seu esposo. Como ela lidou com isso?

O aborto espontâneo que ocorreu logo que engravidou levou-a a um estado de deperecimento orgânico progressivo. Seu esposo (Caio) procurou então uma nova companheira, uma moça solteira, com quem passou a conviver, simulando vida conjugal na cidade grande. A situação vexatória em que Evelina se achou passou a arrasá-la, e sucessivas humilhações, a que se viu exposta dentro de casa, amargaram-lhe a existência. O Instrutor Ribas perguntou-lhe se ela chegou a desculpar o esposo infiel e a compadecer-se da rival. Evelina respondeu: "De modo nenhum. Estou numa confissão em que tomo a Jesus por minha testemunha e não posso mentir. Nunca pude perdoar a meu marido pela deslealdade com que me afronta e nem tolerar a presença da outra em nosso caminho". (Obra citada, cap. 10, pp. 78 e 79.) 

C. Por que, estando desencarnado e consciente do fato, o Espírito não recorda as peripécias ligadas às outras existências?

As potências da alma, no período da encarnação, jazem orientadas na direção desse ou daquele trabalho, segundo os propósitos que a pessoa tenha assumido ou que tenha sido constrangida a assumir. Isso determina o obscurecimento das memórias pregressas. A passagem pelo claustro materno, os sete anos de semi-inconsciência no ambiente fluídico dos pais, a meninice, o retorno à juventude e os problemas da madureza estruturam em nós uma personalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de experiências. É, pois, compreensível que, no espaço de tempo que transcorre imediatamente à desencarnação, a memória profunda esteja ainda hermeticamente trancada nos porões do ser. Mas isso é transitório e gradativamente o Espírito penetra o domínio do seu passado. (Obra citada, cap. 11, pp. 80 a 82.) 

Texto para leitura 

33. Falta de preparo para a morte - Perante o benfeitor espiritual, Evelina encheu-se de coragem e perguntou: "Instrutor Ribas, conquanto o senhor tenha feito referências a meus `primeiros tempos de vida espiri­tual', é verdade que somos Espíritos desencarnados, pessoas que não mais habitam a Terra?" "Perfeitamente – respondeu-lhe o mentor –, embora a irmã não consiga ainda certificar-se disso." "Por que semelhante inadap­tação?", indagou Evelina. "Falta de preparo na vida física", esclareceu Ribas. "De modo geral, a sua posição de surpresa é comum à maioria das criaturas terrestres, em virtude da ausência de integração real com as experiências religiosas a que se afeiçoam." O Instrutor Ribas acrescentou que ela, na condição de católica, deveria apresentar um índice mais com­pleto de comunhão com a verdade espiritual. Afinal, se ela meditasse na essência dos ofícios religiosos de sua fé, todos eles dirigidos a Deus e, depois de Deus, aos mortos sublimes, como Jesus, sua mãe e os Espíritos heroicos que veneramos por santos da vida cristã, decerto não experimen­taria o assombro que até então lhe insensibilizava os centros de força. Evelina viu-se, então, transportada ao seu velho templo religioso e passou, desse momento em diante, a penetrar o verdadeiro sentido dos rituais litúrgicos de que participara. Como não os interpretara, antes, por invo­cações ao Mundo Espiritual? como não lhes percebera a função de canais de comunicação com as Forças Divinas? Refletindo nisso, Evelina debulhou-se em pranto: "Oh! meu Deus!... por que precisei morrer para compreender? por quê, Senhor? por quê?!..." (Cap. 10, pp. 74 e 75) 

34. A história de Evelina - O generoso amigo deixou que as lágrimas estancassem e, ao vê-la asserenar-se, falou-lhe, comovido: "A depressão momentânea lhe faz bem. A dor moral nos mede a noção de responsabilidade. Seu sofrimento de espírito, ao recordar-se do Senhor Jesus, evidencia a sua confiança nele". A conversação tomou, no entanto, outro rumo. Era imprescindível colher o depoimento da jovem desencarnada, porquanto, de posse dele, o Instituto estaria mais amplamente informado quanto à tarefa do auxílio a ser-lhe ministrado. Todos nós somos conhecidos no mundo es­piritual, esclareceu o Instrutor, mas a versão dela seria muito impor­tante, considerando-se que suas anotações autobiográficas se lhe jorra­riam da própria consciência. "Há que provermos um autoencontro, no plano das realidades da alma, para o balanço preciso de nossas necessida­des imediatas", acrescentou o benfeitor. Em seguida, ele rogou-lhe reme­morasse, de viva voz, alguns traços da própria história, a começar das reminiscências mais antigas. Evelina narrou, então, humilde: "Minhas me­mórias principiam, confusamente, ao perder meu pai. Era uma criança tenra, quando escutei os gritos de minha mãe, agarrando-se a mim, a di­zer-me que eu estava órfã... Pouco tempo decorrido, minha mãe deu-me um padrasto bom e amigo. Realizado o segundo matrimônio, ela e meu segundo pai resolveram abandonar a região em que morávamos, decerto no intuito de fugir a recordações indesejáveis". Evelina revelou que sentia, então, falta instintiva de seu pai e que, acerca do seu falecimento, nada mais pudera colher de sua mãe, a não ser que ele morrera de modo repentino, quando se achava num passeio. Mais tarde, compreendeu que a mãe reprimia comentários em torno do pretérito, esquivando-se a conflitos possíveis com o segundo esposo, que lhe dedicava enternecido afeto. Aos doze anos, fora internada num educandário católico, onde se diplomou para o magisté­rio, sem exercê-lo, porém, em tempo algum, visto que, desde o baile de formatura, viu-se requestada por dois rapazes, Túlio Mancini e Caio Serpa. (Cap. 10, pp. 76 a 78) 

35. A morte de Túlio – Evelina prosseguiu: "Confesso que, muito moça e muito irrespon­sável ainda, deixei que o meu coração balan­çasse, entre os dois, prometendo fidelidade a ambos, simultaneamente. Quando admiti minha escolha definitiva na pessoa de Caio, que veio a ser meu esposo, Túlio tentou o suicídio e, ao vê-lo salvo, pensei no sacrifí­cio a que se dera por minha causa e, de novo, me inclinei para ele... Quando me dispunha a requisitar de meu noivo a exoneração de qualquer compromisso, Túlio matou-se com um tiro no coração... Depois da terrível ocorrência, casei-me... Caio e eu fomos felizes, por alguns meses, até que vimos frustrado o anseio de possuir um filhinho... Abortei, logo ao engravidar-me. Em seguida, caí em deperecimento orgânico progressivo". Caio procurou nova companheira, uma moça solteira, com quem passou a con­viver, simulando vida conjugal na cidade grande... A situação vexatória em que se achou passou a arrasá-la, e sucessivas humilhações, a que se viu exposta dentro de casa, amargaram-lhe a existência. O Instrutor a fi­tou, comovido, e perguntou-lhe se ela chegou a desculpar o esposo infiel e a compadecer-se da rival. Evelina refletiu alguns momentos e respondeu: "De modo nenhum. Estou numa confissão em que tomo a Jesus por minha testemunha e não posso mentir. Nunca pude perdoar a meu marido pela desleal­dade com que me afronta e nem tolerar a presença da outra em nosso ca­minho". O benfeitor disse compreender-lhe os sentimentos e despediu-a, atendendo, na sequência, a Ernesto Fantini. (Cap. 10, pp. 78 e 79.)

36. Porque o Espírito não se lembra do passado - Fantini, que não acreditava estivesse realmente morto, principiou seu depoimento com uma pergunta. "Instrutor – disse ele –, se deixei meu corpo na Terra, sem lembrar-me disso, não é o caso de ter voltado ao ambiente natural do Es­pírito, com a obrigação de retomar a memória do tempo em que vivia, na condição de Espírito livre, antes de envergar, entre os homens, o corpo de que me desfiz? por que motivo isso não acontece?" Ribas esclareceu: "A existência no carro físico, além de ser um estágio para aprendizagem ou cura, resgate ou tarefa específica, é igualmente um longo mergulho no condicionamento magnético, em que agimos, no mundo, induzidos ao que nos cabe fazer. O livre-arbítrio, na esfera da consciência, permanece vivo e intocado, porquanto, em quaisquer posições, a criatura encarnada é inde­pendente para escolher os próprios rumos; no entanto, as demais potências da alma, no período da encarnação, jazem orientadas na direção desse ou daquele trabalho, segundo os propósitos que tenha assumido ou que tenha sido constrangida a assumir. Isso determina o obscurecimento das memórias pregressas que, aliás, não é senão um fenômeno temporário, mais ou menos curto ou longo, conforme o grau de evolução que tenhamos atingido". A passagem pelo claustro materno, os sete anos de semi-inconsciência no am­biente fluídico dos pais, a meninice, o retorno à juventude e os proble­mas da madureza estruturam em nós uma personalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de experiências. É, pois, compreensível que, no es­paço de tempo que transcorre imediatamente à desencarnação, a memória profunda esteja ainda hermeticamente trancada nos porões do ser. Mas isso é transitório e gradativamente reaveremos o domínio de nossas reminiscên­cias. "O senhor quer explicar – disse Fantini – que, nesta cidade, sou ainda Ernesto Fantini?" "Perfeitamente", respondeu o benfeitor. "Cada um de nós permanece aqui, em núcleos de trabalho e renovação, na vizi­nhança do plano físico, sob a mesma ficha de identificação, através da qual éramos conhecidos nela. Até que nos promovamos por merecimento pró­prio a círculos mais altos de sublimação, quedar-nos-emos entre a Espiri­tualidade Superior e o Estágio Físico, operando no aperfeiçoamento pes­soal, da internação no berço à liberação para a vida espiritual e regres­sando da liberdade na vida espiritual a nova segregação no berço." (Cap. 11, pp. 80 a 82) (Continua na próxima semana.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita