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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 323 - 4 de Agosto de 2013

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 


Doações esquecidas: as dádivas do carinho!


“(...) não poupe a dádiva do carinho, transmitindo e recebendo energia vital responsável pela preservação da vida.”
  Marco Prisco. *

A mensagem acima nos sugere ainda:

“Afague o filhinho querido (...)

Acarinhe a pessoa amada (...) de modo a transmitir-lhe a sua boa emoção. (...)

Demonstre o sentimento afetivo a outra pessoa. (...)

Externe, mediante palavras e atos, as suas emoções superiores em relação àqueles que o sensibilizam positivamente. (...)

Não basta amar. É necessário dizê-lo, demonstrá-lo, alimentar-se de afetividade. (...)

Irradie a amizade onde se encontre e, no círculo da sua afetividade, não poupe a dádiva do carinho...”.

Diz mais: as crianças não acarinhadas adoecem; os ditadores isolam em cubículos exíguos aqueles que se lhes opõem, a fim de dobrá-los à sua vontade. 

Pessoa amiga relatou-nos que, ao atender carinhosamente um pedinte idoso que lhe bateu à porta, desculpava-se com ele, pela insignificância do que lhe oferecia. Ele, contudo, se pôs a conversar com ela, dizendo de seus sofrimentos, de suas necessidades que o obrigavam a mendigar e a suportar pelas ruas todo tipo de incompreensão. Tinha vergonha, mas se não pedisse, passaria fome, ele e alguns netinhos.

Se pede, é humilhado e agredido. Muitos, quando lhe doam qualquer coisa, nem sequer lhe ouvem os agradecimentos, dando-lhe as costas. E afirmava-lhe que a dádiva maior que lhe ofertara fora a atenção que lhe dispensara, a boa palavra. Era-lhe, pois, muito grato.

Refere-nos outro amigo que, anos atrás, quando funcionário público, o Estado de Goiás atrasara o pagamento do funcionalismo por vários meses. Ele e alguns colegas que exerciam outras atividades sofriam menos. Mas muitos só possuíam aquela fonte de renda e esgotaram a capacidade de se endividarem: no armazém, na farmácia, junto a familiares e onde mais obtivessem créditos.

Os filhos estavam com as roupas apertadas e curtas, os sapatos gastos. Faltavam-lhes materiais escolares.

Indispensável receber uma parcela dos atrasados, ainda que apenas o salário de um mês, para renovar o crédito do armazém e atender às urgências mais prementes!

Reuniram-se e decidiram ir ao Palácio para expor suas agruras ao governador – provisório “inquilino da Casa Verde” – e rogar-lhe que amenizasse suas angústias e a dos entes amados.

Subiam a pé, em caravana, a Avenida Goiás, em direção ao Palácio das Esmeraldas, quando se aproximou deles um pedinte, homem velho, encanecido pelos sofrimentos que a vida lhe impusera.

E estendeu mãos trêmulas a um deles, que estava vestido de terno, por dever de ofício, mas que, dentre todos, era aquele de situação mais difícil.

Ao mirar o homem alquebrado, de mãos suplicantes e olhar humilde, sofrido, nosso personagem comparou a própria desgraça com a daquela criatura que, certamente, após muitas labutas, não contava com outro meio de sobrevivência que não o de buscar a caridade pública. Nessa busca, quem sabe quantas humilhações lhe eram impostas! Tudo isso refletiu, num átimo de tempo.

Seu coração encheu-se de compaixão pelo outro. E, à maneira do samaritano da parábola de Jesus, comovido, apertou-lhe calorosamente a mão, com todo o vigor e carinho de seu coração, olhando-o nos olhos, e a dizer-lhe:

– Deus te abençoe, meu irmão!...

E repetiu, baixinho, com os olhos em silenciosas lágrimas, traduzindo a emoção que lhe ia na alma:

– Deus te abençoe, meu irmão!...

Para surpresa sua e dos circunstantes, o esmoler se pôs a chorar convulsivamente, pois que lhe sentiu a vibração de amor, naquele toque fraterno, generoso, de alma para alma!

Àqueles que se acercaram, curiosos, sem compreender o que se passava, a imaginar que agredira o mendicante, disse-lhes que se acalmassem e aguardassem a explicação do próprio homem.

Ao ser indagado, quando se recompôs, respondeu-lhes:

– É porque há muito tempo não sou tratado com carinho! Há muito não sou visto como gente! Todos me escorraçam, maltratam ou dão-me algo com desprezo, virando as costas, para se livrarem de mim!

Deu-lhe mais com a vibração e as palavras fraternas, com o aperto de mão, do que se lhe desse algum recurso, por maior que fosse! 

Reportagem da TV Cultura informou que, no distrito do Brooklyn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a comunidade estimulou a volta de valores singelos como cumprimentar as pessoas, conhecidas ou não – simples dever de urbanidade, hoje pouco cultivado – para, com sucesso, diminuir a violência.

É preciso cultivar a gentileza, ver o outro, valorizá-lo, a partir do cumprimento, do aperto de mão! Essas, também, são formas de amar, de expressar fraternidade e construir um mundo melhor, pois que o silêncio e a indiferença são formas de violência.

Quantas vezes deixamos passar oportunidades preciosas para amenizar sofrimentos, encorajar alguém que se ache abandonado ou enfermo; quantas vezes negamos o bem precioso do alimento ao faminto; mas, sobretudo, quantas vezes negamos o sorriso, a palavra boa, o aperto de mão, o simples mas precioso olhar de compreensão!...

Egoístas, isolamo-nos, a buscar soluções apenas para necessidades passageiras, sem levar em conta aqueles que cruzam nossos caminhos, sem amá-los, sem lhes doar algo de nós mesmos.

Há dois mil anos Jesus ensinou-nos preciosa filosofia de vida – que se resume no amar o próximo como a si mesmo –, a qual nos harmonizará com as Leis Cósmicas. Respeitá-la e aplicá-la em nossos relacionamentos é a forma ideal de evoluirmos conscientemente.

A dádiva do carinho está ao nosso alcance. É só nos educarmos para essa indispensável doação, que belamente expressa o amor ao semelhante!

Jesus veio até nós. Quando nos decidiremos ir até Ele, vivenciando seus ensinos?
 

(*) Mensagem recebida pelo médium Divaldo P. Franco, em 4.12.89, no Centro Espírita ‘Caminho de Redenção’, em Salvador-BA.
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita