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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 322 - 28 de Julho de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 



E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 7)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Como devemos interpretar a vida na Terra?

Segundo o instrutor Cláudio, a vida na Terra deve ser interpretada como um trabalho especial para o espírito. "Cada qual nasce para determinada tarefa, com possibilidades de evolver para outras, sempre mais importantes, e que, por isso mesmo, não será possível arrebatar às criaturas os princípios religiosos de que dispõem, sem prejuízos calamitosos para elas próprias", aduziu o exposi­tor. O Espírito renasce no mundo físico, tantas vezes quan­tas se façam necessárias para aperfeiçoar-se, lucificar-se; e, à medida que se aprimora, vai percebendo que a existência carnal é um ofício ou missão a desempenhar, de que dará ele a conta certa ao término da empreitada. (E a Vida Continua, cap. 8, pp. 61 e 62.)

B. Após a morte corpórea, os Espíritos registam sensações iguais entre si?

Não. Cada qual de nós é um mundo por si e, em razão disso, cada individualidade, após largar o carro físico, encontrará emoções, lugares, pessoas, afinidades e oportunidades, conforme desempenhou o ofício, ou melhor, os deveres que lhe competiam na existência, na Terra. "Ninguém – disse o instrutor Cláudio – pode conhecer o que não estuda, nem reter qualidades que não adquiriu." (Obra citada, cap. 8, pp. 62 e 63.)

C. É verdade que Evelina ficou lívida ao ser informada a respeito de sua desencarnação?

Sim. Ao ouvir tal notícia, ela ficou lívida e quis intervir, mas Irmão Cláudio, sorrindo, cortou-lhe a palavra. (Obra citada, cap. 9, pp. 64 e 65.)

Texto para leitura

25. Ernesto admite a ideia da morte - Evelina, considerando a hipó­tese da morte, apresentou a Ernesto outra dúvida: "Se estamos mortos para os entes que amamos, por que não nos vieram ainda buscar os seres queridos de nossas famílias, aqueles que nos precederam na vida nova? Nossos avós, por exemplo, e os amigos íntimos que todos vimos morrer?!" Fantini retru­cou: "E quem disse a você que eles já não terão vindo?" E aduziu: "Recorde, Evelina, as lições elementares de casa. Um televisor capta ima­gens que não vemos e no-las transmite com absoluta lealdade. Um rádio-mi­rim assinala mensagens que não escutamos e no-las entrega com a maior clareza. É muito provável estejamos sendo vistos e ouvidos, sem que te­nhamos, até agora, despertado a faculdade precisa de escutar e enxergar neste plano". Evelina replicou: "Ernesto, e as orações? Se somos Espíri­tos libertos do chamado corpo carnal, alguém no mundo ter-se-á lembrado de nós em prece... Sua senhora, sua filha, meus pais, meu esposo..." "Não conhecemos – respondeu o amigo – o mecanismo das relações espirituais, nem temos qualquer estudo de ciências da alma. Quem afirmará que não es­taremos ambos sendo sustentados pela força das orações daqueles que ama­mos ou daqueles outros... que ainda nos amem..." – "Que quer dizer?" – "Que contas já nos foram apresentadas neste hospital? a que e a quem de­vemos os cuidados e gentilezas que nos são dispensados, diariamente? não compramos as nossas roupas novas e nem as utilidades que usufruímos... Você, tanto quanto eu, já endereçamos a alguma enfermeira aquela conhe­cida pergunta "quem paga"? A conversa entre os dois prosseguiu, com Fan­tini mostrando que alterara sua ideia de que estivessem internados num instituto de saúde mental, devido à rapidez com que se fazia sua restau­ração. Aproximou-se, então, nesse momento, a senhora Tamburini, a fim de avisar que o encontro de cultura espiritual estava marcado para a noite e urgia se aprestassem. No horário marcado (19 h), eles se dirigiram ao instituto, onde o Irmão Cláudio os acolheu com simpatia. Havia, no total, vinte e três pessoas no recinto, em que se destacava enorme globo que se­ria, por certo, o ponto de partida do aprendizado. Antes de iniciar a aula dialogada, alguém indagou: "Qual é o tema, professor?" O palestrante informou: "Da existência na Terra". (Cap. 8, pp. 59 e 60) 

26. A existência na Terra é um ofício - O diretor do grupo teceu preciosos comentários em torno das funções do orbe terrestre na economia cósmica, e prosseguiu: "Não ignoramos que a Terra é um gigantesco engenho no Espaço, transportando consigo quase três bilhões de pessoas físicas, conduzindo-as pelas vias do Universo, sem que saibamos, ainda, ao certo, em que base de força se dependura, informando-nos unicamente de que se­melhante colosso realiza, ao redor do Sol, uma órbita elíptica com a ve­locidade média de 108.000 quilômetros por hora; enquanto certas regiões do Planeta se encontram aprumadas perante o zênite, em outras, as criatu­ras se acham de cabeça para baixo, diante do nadir, sem que ninguém dê por isso; até ontem, qualquer pessoa asseverava que a matéria densa de uma paisagem se constituía de elementos sólidos em repouso; hoje, porém, qualquer jovem estudante sabe que essas impressões são imaginárias, de vez que a matéria, em toda parte, se dissolve num misto de elétrons, pró­tons, nêutrons e dêuterons, encerrando-se em energia e luz; qualquer ho­mem reside num corpo do qual se faz inquilino, respira e atende aos impo­sitivos da nutrição, sem maior esforço de sua parte". "De que maneira – indagou, então –, dogmatizar afirmativas sobre causas, processos, acri­solamento e finalidade de nossa existência terrestre pelos acanhados re­cursos dos sentidos comuns?" Depois de comprida pausa, o diretor propôs que a vida na Terra deve ser interpretada como um trabalho especial para o espírito. "Cada qual nasce para determinada tarefa, com possibilidades de evolver para outras, sempre mais importantes, e que, por isso mesmo, não será possível arrebatar às criaturas os princípios religiosos de que dispõem, sem prejuízos calamitosos para elas próprias", aduziu o exposi­tor. "A ciência avançará, desvendando segredos do Universo, resolvendo problemas e suscitando desafios novos à sua capacidade de investigação; no entanto, a fé sustentará o homem nas realizações e provas que é cha­mado a atravessar. O Espírito renasce no mundo físico, tantas vezes quan­tas se façam necessárias para aperfeiçoar-se, lucificar-se; e, à medida que se aprimora, vai percebendo que a existência carnal é um ofício ou missão a desempenhar, de que dará ele a conta certa ao término da empreitada." (Cap. 8, pp. 61 e 62) 

27. Ninguém pode conhecer o que não estuda -  Evidenciando o claro propósito de preparar os ouvintes para a aceitação pacífica do novo es­tado espiritual a que se haviam transferido, Irmão Cláudio prosseguiu: "Se as leis do Senhor se manifestam claras e magnânimas, em todos os de­partamentos da experiência física, estaríamos, acaso, desprezados por Deus, quando ultrapassamos as fronteiras da morte? Conservar-se-ia o Se­nhor indiferente aos nossos destinos, em algum lugar do Universo? Ele, que inspira a graduação do alimento para a criança e para o adulto, rele­garia ao abandono a criatura desencarnada, quando a criatura vestida de agentes físicos vive e age numa esfera de ação, na qual os fatores de previsão e proteção oferecem, todos os dias, os mais belos espetáculos de grandeza?" Ninguém, entre os ouvintes, penetrava o caráter sibilino da­quelas alegações, nem se apercebia de que estavam eles sendo adestrados, delicadamente, a fim de admitirem a realidade espiritual sem barulho. Evelina, então, aproveitando o silêncio que se estabeleceu, perguntou: "Irmão Cláudio, todas as pessoas registarão sensações iguais entre si, depois da morte?" O diretor informou: "Não. Cada qual de nós é um mundo por si e, em razão disso, cada individualidade, após largar o carro físico, encontrará emoções, lugares, pessoas, afinidades e oportunidades, conforme desempenhou o ofício, ou melhor, os deveres que lhe competiam na existência, na Terra". "Ninguém pode conhecer o que não estuda, nem reter qualidades que não adquiriu." A tertúlia prosseguiu por um bom tempo e, ao final, Ernesto e Evelina estavam reconfortados e felizes, ao modo de viajantes sedentos de valores da alma, depois de se abeberarem numa fonte de luz. (Cap. 8, pp. 62 e 63) 

28. Evelina não acredita que esteja morta - Após a aula, os dois conversaram demoradamente com Irmão Cláudio, que os recebeu carinhosamente em sua intimidade, a pedido da senhora Tamburini. Ele explicou não residir ali, porquanto o Instituto desdobrava serviços em todo o prédio, ocupando-lhe as dependências. Dispôs-se, no entanto, a recebê-los em casa, junto da esposa, onde teria prazer em prestar-lhes os informes de­sejados. O trio conversava animadamente, e nada faria supor estivesse in­tegrando um quadro que não fosse essencialmente terrestre. Por isso, não obstante a fisionomia cismativa de Ernesto, a exprimir incerteza e ansie­dade, Evelina via-se senhora de si, absolutamente convencida de que se achava num recanto autêntico do mundo que sempre lhe fora habitual. E, assim confiante, dirigiu-se ao Irmão Cláudio: "Professor, são tantos os comentários absurdos que já ouvimos, em nossos poucos dias de contacto com o novo meio, que, de minha parte, estimaria estar informada se dispo­mos da liberdade de perguntar ao senhor tudo, tudo o que nos causa espé­cie..." Cláudio colocou-se à sua disposição e Ernesto adiantou-se, di­zendo: "Evelina, quanto me ocorre, tem o espírito dominado por uma ques­tão capital. Isso lhe parecerá, talvez, uma criancice de doentes mentais, que, às vezes, temos ambos a impressão de ser, mas temos escutado, em circunstâncias diversas, a afirmativa de que somos mortos em recuperação num ambiente que não mais pertence aos homens de carne e osso... A princípio, rimo-nos francamente, categorizando isso à conta de grossa tolice; entretanto, as opiniões se avolumam. A própria senhora Tamburini está certa de que já cruzamos as fronteiras da morte, como quem vara uma noite de sono... Que nos diz a isso, professor?" Irmão Cláudio esboçou signifi­cativa expressão facial, em que a admiração se misturava à piedade e pon­derou, sem cerimônia: "Estarão vocês em condições de acreditar em minha palavra, se lhes ratificar a notícia de que respiramos em plena Esfera Espiritual?" Evelina, ao ouvi-lo, ficou lívida e quis intervir, mas Irmão Cláudio, sorrindo, cortou-lhe a palavra. (Cap. 9, pp. 64 e 65) (Continua na próxima semana.)



 


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