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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 321 - 21 de Julho de 2013

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)

 
 

Partida de entes queridos...


Trabalhando há algum tempo no tema perda de entes queridos, emociono-me com frequência porque é algo que toca a alma a partida de um ser amado, sensibilizando a todos. Diante disso, dessa dor democrática que não libera ricos e pobres, brasileiros ou americanos, reflito na importância da serenidade... Vejo as pessoas pedindo saúde, paz, harmonia. Claro, todos queremos saúde, paz e harmonia, mas, na minha maneira de ver a vida, considero a serenidade como a conquista mais abençoada da criatura. A conquista da serenidade vale mais, isso em minha opinião, do que uma Copa do Mundo ou qualquer outro tesouro da Terra. Com serenidade transitamos por todas as estradas deste mundo sem perdermos o rumo, o norte de onde devemos chegar.

Entretanto, voltando ao tema perda de entes queridos, quero trocar a palavra perda por partida, porque não perdemos ninguém, pode ser? Então, vamos lá: partida de entes queridos. Voltando a este tema, em O livro dos Espíritos, Kardec aborda de forma muito serena a questão e faz vários comentários. Em um dos comentários ele diz que devemos felicitar o ser que partiu porquanto se libertou de uma prisão, e que lamentar sua partida é mais egoísmo do que afeição. Muito natural que entendamos e felicitemos o ser que partiu por causa de doença de longo curso. Óbvio, livrou-se do peso do corpo disforme. Mas e a criança ou o jovem cheio de vida que vão embora de forma abrupta? Como felicitá-los? Ainda em O livro dos Espíritos, Kardec faz interessante comparação. Diz o codificador que ao suportarmos as provações da vida com coragem, ao deixarmos a prisão terrena iremos ficar felizes com nosso comportamento, semelhante a um doente que se cura após tratamento de dolorosa moléstia.

Muito interessante a forma de Allan Kardec abordar o tema. Ele tem essa capacidade de ilustrar as questões para ficar de fácil assimilação. Claro que ficaremos tristes, abatidos pela partida do ente amado, até aí, tudo normal. Qual o problema? O problema é, segundo os Espíritos, a dor incessante e com revolta. Esta dor com traços de indignação quanto aos desígnios superiores é que afeta profundamente os que partiram. Eles – os seres que se foram antes de nós – são sensíveis aos nossos pensamentos e sentimentos. Imagine como ficará uma mãe ao verificar que seu filho, após seu desenlace, perdeu a vontade de viver. Certamente que o sofrimento do filho a deixará acabrunhada, de baixo astral... Os Espíritos vão além e informam que esta dor indignada pode representar, quem sabe, obstáculo ao reencontro.

Alguém poderá dizer: Mas como controlar as emoções? O conhecimento da vida além-túmulo colabora para que nossas emoções, em face da despedida do ser amado, sejam mais equilibradas. É possível comunicar-se com os que partiram, afinal, eles não desapareceram no espaço, não viraram pó, apenas mudaram de residência. Este fato já é um alívio e ajuda a serenar os ânimos.

Há, entretanto, os que dizem ser profanação evocar os que já foram. E os Espíritos ensinam novamente que não pode haver profanação quando há recolhimento e sentimento sincero. Claro, podemos comunicar-nos com os que nos precederam na grande viagem.

Outro ponto a ser abordado é: compreender que não podemos tudo nesta vida. Há coisas que não conseguimos controlar, que escapam à nossa vontade. Aí entra a resignação e a serenidade - olha ela aí de novo - para suportarmos com bravura e coragem as provas desta existência. Pode tombar o mundo, mas a serenidade nos manterá em pé.

E como conquistar a serenidade? Ora, como se conquista todas as outras virtudes, ou seja, treinando para adquiri-la, trabalhando a intimidade, conhecendo-se, e estudando as leis que regem a vida.

Quando temos a consciência de que Deus fez tudo certo e as coisas criadas por ELE estão em seu devido lugar, é mais fácil comportar-se de forma equilibrada e esperar, claro, o momento do reencontro com os que partiram.

Quanto mais pacientes e serenos formos, mais feliz será esse reencontro que, diga-se de passagem, por bondade divina pode ocorrer nos momentos de sono do corpo físico, quando, parcialmente libertos da máquina orgânica, passearemos pelos jardins de Deus... Com fé e esperança no futuro, quem sabe nesses passeios encontramos nossos amores que já tomaram o ônibus de regresso ao mundo espiritual... Vale a pena pensar nisso...



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita