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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 321 - 21 de Julho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 21)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Podemos afirmar, sem medo de errar, que cada pessoa responde na vida sempre pelos seus atos?

Sim. Cada um responde sempre pelos seus atos e – além disso – respira no clima da paisagem que elege e na qual se compraz. É por isso que causava justa preocupação a atitude irrefletida de Argos, que não fazia a parte que lhe cabia no processo de cura. Qual seria a melhor atitude a fim de melhor auxiliá-lo? Respondendo a essa pergunta, Irmã Angélica explicou que Deus não abandona a nenhum filho e que as leis de equilíbrio por Ele estabelecidas funcionam com perfeição e com igualdade para todos. Não há  preferências nem privilégios em face das leis do Pai. Desse modo, o tempo nos traz, no momento próprio, o auxílio específico para a solução de todas as dificuldades, e a dor funciona com mestria, ensinando a conduta mais compatível com o objetivo de alcançar a paz. No caso de Argos, a providência socorrista resultaria de sua própria conduta. "Quem desce ao paul – explicou Irmã Angélica – vive a condição ali existente, da mesma forma que ocorre com aquele que alcança o planalto... Preferindo a convivência com os seus adversários do passado, experimentar-lhes-á a ação perturbadora, facilitando-lhe avaliar o de que já desfrutava com aquilo que voltará  a sentir. A nós outros cabe permanecer amando e confiando nos desígnios do Pai." (Painéis da Obsessão, cap. 25, pp. 198 e 199.) 

B. Por que, nas peripécias da vida, a humildade constitui um fator importante? 

A razão disso é muito simples. A vivência da humildade equilibra e sustenta o homem na manutenção dos ideais superiores que abraça, auxiliando-o a vencer-se nas más inclinações e a superar quaisquer obstáculos. Colaborando na realização de autênticas autoavaliações, a humildade permite que a criatura se conscientize de suas limitações e necessidades, emulando-a à superação. A crítica mordaz não a alcança, o elogio vulgar não a fere, a discriminação infeliz não a atinge, a perseguição não a desanima, a tentação não a perturba, se se impuser a condição da humildade, porque, conselheira lúcida, ela lhe apontará  o caminho seguro a percorrer. Ao mesmo tempo, em razão de lhe dar a medida do que é e o de que realmente necessita para a vitória, concita a pessoa à oração, despindo-se assim dos atavios inúteis, para apresentar-se ao Se­nhor como realmente é, colocando-se à disposição da sua superior vontade. Nesse clima, estabelece-se a paz íntima, e a confiança, despojada da presunção, emula à insistência na ação edificante com que cresce, emocional e espiritualmente, tornando-se instrumento infatigável do Bem. (Obra citada, cap. 25, pp. 201 a 203.)

C. Que efeito produz na pessoa a lapidação de suas arestas morais negativas?

A lapidação das arestas morais negativas cria defesas que impedem a instalação dos plugs obsessivos, produzindo satisfações indescritíveis, que levam à perseverança no esforço iluminativo, sem o qual ninguém alcança a saúde integral. Nos processos obsessivos de qualquer natureza, as conquistas morais do paciente são-lhe o salvo-conduto para o trânsito sem problemas durante a sua vilegiatura carnal. Liberado da constrição afligente, começa o período de recuperação dos débitos passados, mediante outras provações e testemunhos que lhe aferirão as novas disposições abrigadas nalma. A dor-conquista segue-se à dor-resgate, mediante a qual o Espírito se supera, autodoando-se em favor dos semelhantes e contribuindo para a mudança da paisagem sofrida do planeta. (Obra citada, cap. 25, pp. 204 e 205.)

Texto para leitura

94. A dor nos ensina a melhor conduta ante a vida - Manoel P. de Mi­randa lembra que, caso fosse diferente e não experimentassem as pessoas da Comunidade as companhias espirituais de baixo teor vibratório com as quais se compraziam, só pelo fato de ali viverem, isso constituiria um privilégio, uma injustiça, que não vige nos códigos do Soberano Amor. Cada um responde sempre pelos seus atos e respira no clima da paisagem que elege e na qual se compraz. Causava, pois, justa preocupação a ati­tude irrefletida de Argos, e por isso Philomeno perguntou à Benfeitora Espiritual qual a melhor atitude a assumir a fim de melhor auxiliá-lo. Irmã Angélica explicou-lhe que Deus não abandona a nenhum filho e que as leis de equilíbrio por Ele estabelecidas funcionam com perfeição e com igualdade para todos. Não há  preferências nem privilégios em face das leis do Pai. Desse modo, o tempo nos traz, no momento próprio, o auxílio específico para a solução de todas as dificuldades, e a dor funciona com mestria, ensinando a conduta mais compatível com o objetivo de alcançar a paz. Argos não sofrera ainda o suficiente, afirmou Irmã Angélica. "Caso a dor lhe houvesse sido suficiente, ele não a esqueceria com facilidade, permanecendo em esforço hercúleo para não recair na mesma situação", ajuntou a Benfeitora, asseverando: "Em razão de ainda estarem muito vivas as nossas experiências carnais, sofremos a tentação humana de mais con­tribuir em favor dos afeiçoados com os quais convivemos no passado, traindo o compromisso de amar a todos de igual maneira, na condição de irmãos que somos uns dos outros. Aprendemos, no entanto, que o amor não faz curvas na pauta do equilíbrio para beneficiar uns com esquecimento de outros, o que seria afetividade doentia a benefício de alguns com desres­peito às necessidades de todos". "Assim sendo, permanecemos no posto de serviço e ternura, mas não nos deslocamos para os desvios das preferên­cias pessoais onde se alojam, transitoriamente, os que ali se refugiam. Sabemos que eles voltarão e, amando-os, aguardamos a anuência deles, a fim de os ajudar, esperando-os nas atividades que nos cumpre desenvol­ver." No caso de Argos, a providência socorrista resultaria de sua pró­pria conduta. "Quem desce ao paul – explicou Irmã Angélica – vive a condição ali existente, da mesma forma que ocorre com aquele que alcança o planalto... Preferindo a convivência com os seus adversários do pas­sado, experimentar-lhes-á a ação perturbadora, facilitando-lhe avaliar o de que já desfrutava com aquilo que voltará  a sentir. A nós outros cabe permanecer amando e confiando nos desígnios do Pai." (Cap. 25, pp. 198 e 199)

95. Felipe restabelece o cerco obsessivo sobre Argos - A Benfeitora resumiu o caso de Argos com esta sugestiva comparação: "Quando alguém se encontra agasalhado e defendido, mas prefere a experiência da intempérie, abandonando o abrigo e indo-lhe em busca, é natural que aprenda sob o ri­gor da circunstância elegida. Enquanto o homem se encontra psiquicamente sob a proteção do pensamento e do amor do Cristo, mais fácil se lhe torna a marcha, em razão da constante inspiração que recebe, da assistência dos Bons Espíritos que o auxiliam. Quando, porém, se afasta, espontaneamente, desse salutar apoio, perde o contato com a Fonte Superior, embora pros­siga sob ajuda que, infelizmente, porque se bloqueia, não consegue iden­tificar, nem receber". De fato, como se esperava, Argos foi-se afastando do convívio físico e psíquico dos companheiros operosos e aliando-se aos mais irresponsáveis, mantendo a vinculação mental com o astuto comparsa desencarnado, que se lhe foi insinuando, a ponto de restabelecer o conú­bio obsessivo. Suas forças passaram, então, a diminuir e as resistências orgânicas a se debilitarem, ficando exposto a resfriados constantes, que mais o depauperavam. O repouso tornou-se-lhe difícil e a dispneia passou a afligi-lo mais amiúde. Quando buscava o leito, intoxicado pelo fluido deletério de Felipe, sentia-se mal, e quando a prostração o vencia, não lograva dormir em paz, porque o algoz o aguardava, assustando-o no ins­tante do parcial desprendimento, fazendo-o retornar ao corpo mais cansado e deprimido. Noutras vezes, Felipe conseguia retê-lo e recordava-lhe as cenas selvagens de que fora promotor, o que lhe produzia terríveis pesa­delos que lhe descompensavam o ritmo cardíaco, banhando-o em sudorese abundante e glacial, decorrente do pavor. Nesse estágio, Argos recordou-se da prece e da necessidade de buscar os amigos. A prece lhe fluía dos lábios, mas sem a tônica do amor, não se irradiando dele, nem sintoni­zando com os Núcleos de captação de orações, porque destituída de eleva­ção e plena de egoísmo. Ele afastara os amigos prudentes e devotados de ambos os planos, sistematicamente. Não que os encarnados ficassem indife­rentes ou distantes do seu problema... As barreiras vibratórias criadas impediam-lhes a aproximação psíquica, embora fisicamente estivessem a seu lado. Os Benfeitores, por sua vez, assistiam-no com amor, porém a luta era sua, buscada pelo seu livre-arbítrio. Ademais, desencadeado qualquer processo, não é fácil detê-lo de improviso, sem que irrompam imprevisí­veis efeitos, resultados mais graves. Convivendo intimamente com o es­poso, Áurea não ficava isenta da influência dele e de Felipe, que inspi­rava ao seu hospedeiro mental ideias infelizes e suspeitosas. Com seu ca­ráter absorvente e dominador, Argos exigia-lhe todo o tempo disponível, habituado a sorver-lhe a energia com que se alimentava emocionalmente. Não raro, ele lhe apresentava os acontecimentos, que observava de forma pouco correta, induzindo-a a ver pela sua ótica distorcida, o que lenta­mente a levava a anuir com seu ponto de vista equivocado. Além disso, tombando na invigilância, por natural solidariedade afetiva, sintonizava com Felipe, seu antigo nubente, que a mantinha em estados depressivos e em tormentos desnecessários. Felizmente, nas reuniões mediúnicas, ela lo­grava desencharcar-se das vibrações deletérias, quando se colocava a ser­viço do bem e em socorro aos irmãos sofredores do além-túmulo, em cuja tarefa conseguia apoio e renovação íntima, reanimando-se para o prosse­guimento do compromisso abraçado. (Cap. 25, pp. 199 a 201)

96. A importância da humildade no processo de evolução - Era natural – lembra Manoel P. de Miranda – que o casal reencontrasse ali Espíritos afins de outras etapas. É da Lei que os mais bem aquinhoados amparem os mais atrasados na marcha, e estes, nem sempre atentos, lhes criem embara­ços, exigindo-lhes o contributo da paciência e da dedicação. O mau humor de Argos, evidentemente, mais o vinculava a Felipe. Áurea, a seu turno, via-se na condição emocional não apenas de esposa, mas também de genitora devotada de um filho dependente, a lhe exigir continuado esforço. O pro­cesso obsessivo estava instalado e o curso da alienação seguiria o ritmo que decorresse da vontade do paciente teimoso, que, vítima de um passado arbitrário, insistia em manter uma situação de liderança, insustentável por falta de exemplos, e em gozar de privilégios a que não fazia jus, porque a atualidade para quase todos nós é ensejo de redenção e de con­quistas, jamais de usufruto de bênçãos que não podemos fruir. Sem dúvida, era lamentável a situação do jovem espírita aquinhoado por tantos recur­sos valiosos, malbaratados na insensatez em que se comprazia. A humildade é virtude que escasseia entre as criaturas. O orgulho e a prepotência muitas vezes se disfarçam de simplicidade, mas logo se revelam, tão logo surja o momento em que são contrariados. A vivência da humildade, sem em­bargo, equilibra e sustenta o homem na manutenção dos ideais superiores que abraça, auxiliando-o a vencer-se nas más inclinações e a superar quaisquer obstáculos. Colaborando na realização de autênticas autoava­liações, a humildade permite que a criatura se conscientize de suas limitações e necessidades, emulando-a à superação. A crítica mordaz não a al­cança, o elogio vulgar não a fere, a discriminação infeliz não a atinge, a perseguição não a desanima, a tentação não a perturba, se se impuser a condição da humildade, porque, conselheira lúcida, ela lhe apontará  o ca­minho seguro a percorrer. Ao mesmo tempo, em razão de lhe dar a medida do que é e o de que realmente necessita para a vitória, concita a pessoa à oração, despindo-se assim dos atavios inúteis, para apresentar-se ao Se­nhor como realmente é, colocando-se à disposição da sua superior vontade. Nesse clima, estabelece-se a paz íntima, e a confiança, despojada da pre­sunção, emula à insistência na ação edificante com que cresce, emocional e espiritualmente, tornando-se instrumento infatigável do Bem. Não são poucos os candidatos à evolução que, embora possuidores de boa vontade, tombam no caminho, porquanto, distraídos da vivência da humildade, aban­donam o compromisso na primeira oportunidade, vitimados pelo desalento, pela amargura, ou vencidos por intempestivo cansaço de que se fazem fá­ceis presas. (Cap. 25, pp. 201 a 203)

97. A dor-conquista sucede à dor-resgate - Como Dr. Arnaldo Lustoza visitava periodicamente o Instituto, Philomeno o inquiriu acerca da pro­blemática de Argos. O médico experiente esclareceu que Felipe, como qual­quer perseguidor desencarnado, estimulava as tendências inferiores de sua vítima, promovendo nela uma sutil fascinação pessoal e dificultando-lhe assim a renovação, por instalar-lhe na alma o vigor da presunção, latente em todas as pessoas, mas sob controle nos que vigiam "as nascentes do co­ração", donde procedem os nossos sentimentos. "A lapidação das arestas morais negativas – explicou Dr. Lustoza – cria defesas que impedem a instalação dos plugs obsessivos, produzindo satisfações indescritíveis, que levam à perseverança no esforço iluminativo, sem o qual ninguém al­cança a saúde integral." Nos processos obsessivos de qualquer natureza, "as conquistas morais do paciente são-lhe o salvo-conduto para o trânsito sem problemas durante a sua vilegiatura carnal", acentuou o médico. A ra­zão é simples: liberado da constrição afligente, começa o período de re­cuperação dos débitos passados, mediante outras provações e testemunhos que lhe aferirão as novas disposições abrigadas nalma. A dor-conquista segue-se à dor-resgate, mediante a qual o Espírito se supera, autodoando-se em favor dos semelhantes e contribuindo para a mudança da paisagem so­frida do planeta. Esquecido da parte que lhe compete, Argos esperava re­ceber a contínua ajuda dos Benfeitores, sem merecê-la. Um dia, porém, ele aprenderá e, quando se resolver pela mudança de atitude, os Espíritos es­tarão a seu lado, com a mesma disposição de antes, para ajudá-lo. (Cap. 25, pp. 204 e 205) (Continua no próximo número.) 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita