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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 321 - 21 de Julho de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 6)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Que espécie de bebida foi dada a Evelina com o objetivo de ajudá-la no seu refazimento?

Foi um tônico em forma de refresco com sabor de maçã, de alto valor reconstituinte. "Este, a meu ver – informou Dona Alzira –, é o melhor refrigerante que encontrei aqui, até agora, porque tem pretensões a sedativo." Evelina sorveu um gole, avidamente, tendo a impressão de haver bebido um néctar, mais vaporoso que líquido, que lhe revigorou as forças, ao mesmo tempo em que lhe reacomodou os pensamentos. (E a Vida Continua, cap. 7, pp. 51 a 53.)  

B. O hospital em que estavam ficava isolado em determinada região do espaço, ou fazia parte de alguma cidade espiritual?

Fazia parte de uma cidade espiritual. O hospital estava rodeado por vida citadina muito intensa. Viam-se ali residências, escolas, instituições, templos, indústrias, veículos e entretenimentos públicos, uma notícia que surpreendeu muito Evelina e Ernesto. "É como lhes digo. Isto aqui – informou Dona Alzira – é uma cidade relativamente grande. Nada menos de cem mil habitan­tes e, ao que dizem, com administração das melhores." (Obra citada, cap. 7, pp. 53 e 54.) 

C. Havia pianos na cidade espiritual mencionada nesta obra?

Sim. Visitando uma residência daquela cidade, Dona Alzira informou que em determinado momento alguém tocou ao piano a canção Sonho de Amor, de Liszt. Era Nicomedes, pai de Corina, a jovem que a recepcionou em seu lar, que dedilhava o instrumento com grande mestria. Dona Alzira enterneceu-se de tal modo que manifestou o desejo de ouvi-lo mais de perto. Corina conduziu-a, então, à sala de música. Foi um deslumbramento. O irmão Nicomedes, absorto, revelava-se num mundo de alegrias profundas, que se lhe irradiavam da vida interior, em forma de melodias, das notáveis melodias que se sucediam umas às outras. (Obra citada, cap. 7, pp. 53 e 54.) 

Texto para leitura 

21. Um refresco de maçã - A senhora, receosa ante os serviços de vi­gilância, procurava demonstrar naturalidade, temendo que alguém pudesse haver assinalado o choque da companheira. Fantini compreendeu e procurou coadjuvá-la. Chamava-se Alzira Campos e também morara em São Paulo. Desde que caiu em casa, trouxeram-na desacordada para aquele hospital e, de acordo com seus cálculos, esperava alta havia dois meses. Dona Alzira declarou-se completamente restabelecida e relatou as orientações recebidas de irmã Letícia, que já a avisara que não estava longe o dia em que lhe seria possível decidir, relativamente a permanecer ali ou não... Como pe­dira mais claras instruções à assistente, esta apenas lhe disse, gentil: "Você compreenderá melhor, mais tarde". Intrigado com os acontecimentos, Fantini indagou-lhe se acreditava que aquele fosse um instituto de saúde mental, um asilo de loucos. A matrona nada respondeu, mas opinou: "Se va­mos examinar assuntos graves, não nos convém isolar a companheira. Nossa amiga Evelina pode acelerar o próprio refazimento. Peçamos para ela um tônico adequado". Dito e feito. Premindo diminuto botão incrustado à mesa, chamou um rapaz de serviço que, em seguida, a pedido dela, lhes trouxe um refresco com sabor de maçã, de alto valor reconstituinte. "Este, a meu ver – informou Dona Alzira –, é o melhor refrigerante que encontrei aqui, até agora, porque tem pretensões a sedativo." Evelina sorveu um gole, avidamente, tendo a impressão de haver bebido um néctar, mais vaporoso que líquido, que lhe revigorou as forças, ao mesmo tempo em que lhe reacomodou os pensamentos. (Cap. 7, pp. 51 a 53) 

22. Uma bela cidade fora da Terra - Dona Alzira pôs-se à disposição dos novos amigos, para prestar-lhes os esclarecimentos que desejassem. Como Fantini insistisse na ideia de que eles se encontravam num hospital especializado em saúde mental, Alzira ponderou: "A princípio, também pen­sei assim. No­tem que nos sentimos aqui de pensamento mais leve e cabeça sempre mais clara por dentro. As ideias fluem com tanta ligeireza e espontaneidade que parecem tomar corpo, junto de nós. Concordo em que nos encontramos num tipo de vida espiritual diferente, muito diferente da­quela em que vi­víamos, até a nossa vinda para cá. Apesar disso, porém, não creio estejamos nós num manicômio. Certamente já sabem que estamos rodeados por vida citadina muito intensa. Residências, escolas, insti­tuições, templos, indústrias, veículos, entretenimentos públicos..." Eve­lina e Ernesto ou­viam-na, espantados. "É como lhes digo. Isto aqui – completou Dona Al­zira – é uma cidade relativamente grande. Nada menos de cem mil habitan­tes e, ao que dizem, com administração das melhores." Em seguida, infor­mou ter, na semana anterior, visitado uma família que não conhecia, acom­panhando duas amigas. Fora a única vez que se ausentou do hospital, numa excursão deliciosa, apesar do pasmo de que se viu tomada, ao fim do pas­seio. "Vocês conhecerão tudo a seu tempo", ajuntou a ma­trona. "A cidade é linda. Uma espécie de vale de edifícios, como que ta­lhados em jade, cris­tal e lápis-lazúli. Arquitetura original, praças en­cantadoras recamadas de jardins. Creiam vocês que caminhei, fascinada, de rua em rua. O irmão Nicomedes, pois assim se chama o dono da casa, aco­lheu-nos com muita gen­tileza. Apresentou-me a filha Corina, uma bela jo­vem, com quem para logo simpatizei. Íntima de uma das amigas que eu seguia e com a qual entraria em combinação sobre assuntos de serviço, salientou a alegria festiva do lar, falando-nos de esperados júbilos domés­ticos." Tudo ia crescendo de doces surpresas – contou Dona Alzira –, quando surgiu a bomba... "Achávamo-nos no terraço, admirando um canteiro de jasmins suspensos, quando ouvimos o `Sonho de Amor', de Liszt, tocado ao piano. Corina in­formou-nos de que o pai dedilhava o instrumento com grande mestria. En­terneci-me de tal modo que manifestei o desejo de ouvi-lo, mais de perto. A nossa anfitriã conduziu-nos, de imediato, à sala de música. E foi um deslumbramento. O irmão Nicomedes, absorto, revelava-se num mundo de alegrias profundas, que se lhe irradiavam da vida interior, em forma de melodias, das notáveis melodias que se sucediam umas às ou­tras. Em dado momento, apontei: `ele parece mergulhado num longo êxtase, toca como quem ora', ao que a filha respondeu: `estamos efetivamente muito felizes; minha mãe, ao que sabemos, deverá chegar nesta semana'. `Ela está de via­gem?', perguntei. Com a maior naturalidade, a moça escla­receu: `minha mãe virá da Terra'." (Cap. 7, pp. 53 e 54) 

23. Alzira quase desmaia - A informação produziu horrível choque em Alzira, como se acabasse de receber uma punhalada no peito. Faltou-lhe o ar e teve início terrível crise de angústia... A simples ideia de que es­tava em lugar fora do mundo que sempre conheceu a fez voltar às dores an­ginosas que há muito não registava. Corina lhe trouxe um calmante; seu pai interrompeu-se de repente, quando executava um belo noturno; o estado de perturbação se comunicara a todo o ambiente... "Via-me prestes a des­maiar", informou Dona Alzira. "O pequeno grupo congregou atenções junto de mim e fui levada para o ar livre. Sentaram-me numa poltrona de pedra, semelhante ao mármore. Tateei com força o respaldar da curiosa cadeira e, ao verificar a dureza do material sob minhas mãos, comecei a tranquili­zar-me... Em seguida, olhei para o céu e vi a lua cheia, fulgindo com tanta beleza que me asserenei de novo. Percebi a sem-razão do meu susto. E refleti, de mim para comigo: `porque não existirá uma cidade, uma vila, um lugarejo qualquer de nome Terra?' O quadro que me cercava era positi­vamente um recanto do mundo... Indiscutivelmente, a esposa de Nicomedes estaria sendo esperada de alguma aldeia anônima..." Fantini indagou se Alzira já conversara sobre esse assunto com mais alguém, e ela explicou que apenas durante os banhos ouvia uma que outra companheira, mas em to­das a dúvida pairava, supondo a maioria encontrar-se efetivamente no mundo espiritual... Somente a senhora Tamburini – disse ela – estava plenamente convencida de que não mais estavam no domicílio terrestre. Frequen­tando um gabinete de estudos magnéticos, ali mesmo no hospital, ela su­jeitara-se a testes que lhe deram a certeza de não mais estar de posse do corpo físico. (Cap. 7, pp. 55 e 56) 

24. As explicações da senhora Tamburini - Mais de quinze dias haviam transcorrido sobre o primeiro reencontro. Evelina e Ernesto estavam familiarizados com os banhos terapêuticos e já haviam mantido contacto com a senhora Tamburini, que lhes prometera conduzi-los, logo que possível, ao Instituto de Ciências do Espírito, que funcionava ali mesmo, num dos re­cantos do grande jardim. As considerações feitas pela senhora Tamburini eram bastante esclarecedoras. No tête-à-tête quase diário, ela solici­tava-lhes maior reflexão em torno da matéria, a escalonar-se em diversos graus de condensação, e mais amplo exame das percepções da mente, a se alterarem conforme os princípios da relatividade. Noutro passo, rogava-lhes estudar neles próprios a extrema leveza de que se viam possuídos, a agilidade do corpo sutil que envergavam agora e a maneira singular com que exprimiam o pensamento, como se as ideias se lhes esguichassem do cé­rebro, em forma de imagens. Que se detivessem também a perquirir naquele novo clima de vida as ocorrências telepáticas, que ali se erigiam em fe­nômeno corriqueiro, apesar de não prescindirem da palavra articulada. Bastava maior grau de afinidade, entre as pessoas, para que se entendes­sem harmoniosamente, em derredor dos assuntos mais complexos, com o mí­nimo de palavras. A senhora Tamburini não tinha dúvidas: eram eles cria­turas desencarnadas em algum departamento do Mundo Espiritual, fato que, apesar do respeito que nutriam pela nova amiga, não era admitido por Eve­lina e Ernesto. Certo dia, sentada no chão relvoso, Evelina comentou com seu amigo: "De fato, a cada dia me sinto mais leve, sempre mais leve. E, com isso, vou perdendo o controle de mim mesma. Noto que os meus senti­mentos sobem do coração para o cérebro, à maneira das águas de um manan­cial profundo ao jorro da fonte... Na cabeça, observo que as emoções se transfiguram em pensamentos que me escorrem imediatamente para os lábios em forma de palavras, a partirem de mim, quais as correntes líquidas que se estendem, para além do nascedouro, terra adiante..." Ernesto conside­rou que ela, falando assim, definira com precisão o estado de espírito dele também. Um fato, contudo, intrigava os dois: era a existência ali de árvores e de flores. Se estavam no Mundo Espiritual, como poderia haver em tal lugar matéria e na­tureza, como as da Terra? (Cap. 8, pp. 57 e 58) (Continua na próxima semana.)



 


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