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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 320 - 14 de Julho de 2013

FERNANDA LEITE BIÃO

fernandabiao9@hotmail.com

Belo Horizonte, MG (Brasil)

 
 

A fé entre o humano
e o divino

 
Ontem, pensava sobre a passagem em que Jesus, junto aos apóstolos, atravessava as turbulências das águas do mar da Galileia, o balanço daquelas águas ferozes, o barco que era jogado para lá e para cá e o medo que tomava conta do semblante daqueles homens simples. Metaforicamente, essa passagem repercute nas turbulências que enfrentamos cotidianamente, nas lágrimas que caem, ante as dores que nos visitam, seja inesperadamente, seja por escolha, em face das nossas ações; no medo que cobre nossa alma, impedindo-nos de exercer algum movimento de mudança e, ao mesmo tempo, no convite que a vida nos endereça, no sinuoso percurso do desenvolvimento da fé.

Foi exatamente esta palavra que Jesus lembrou aos apóstolos, quando enfrentavam aquele fenômeno da natureza. A fé como mola propulsora da certeza de que as águas turbulentas existem constantemente em nossas vidas, mas temos a capacidade de enfrentá-las e de buscar os meios para transpor tais obstáculos.

Será que sabemos da nossa real capacidade?

Novamente volto às palavras singelas do Mestre Jesus: “Não está escrito na vossa lei: ‘Eu disse: Vós sois deuses (Sal. 81,6)?’” [...] “‘Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai [...].’” [João, 10:34, 14:12] (BÍBLIA SAGRADA: edição pastoral-catequética. 168. ed. São Paulo: Ave Maria, 2005, p. 1.399, 1.404, grifo original.)

Deuses... quanta responsabilidade! Dotados de capacidade de transformação, de transcendência, à medida que nos movimentamos, que saímos do lugar em que nos encontramos. Naquele momento extremo no qual o sofrimento é o companheiro, a fé é a esperança que incita o movimento.

E, por falar nisso, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em seu Capítulo XIX, intitulado “A Fé Transporta Montanhas”, descreve a importância da tríade fé-esperança-caridade. Interessante pensar nesta bela composição. Fidelidade na capacidade de mobilização, quanto às circunstâncias presentes, com vistas ao futuro e à certeza na possibilidade concreta de fazer diferente, de transformar atitudes e de mobilizar ações importantes para a convivência consigo mesmo e com os outros.

Tarefa fácil não é. Em meio à confusão que se instaura quando tomados pelos obstáculos e pelas dificuldades humanas, até mesmo o entendimento, por vezes, fica ofuscado pela dor que assoma ao coração. Importante persistir no aprendizado e se colocar em abertura de questionamento diante das situações mais inusitadas: O que essa situação tem de interessante para o meu crescimento? Como o movimento relacional fez aflorar tanto sentimento e emoção? E esse comportamento, qual o motivo do seu existir? A que veio essa provação? E qual o seu sentido no meu existir?

Perguntas realizadas de maneira singular e que oportunizam o conhecimento da capacidade, da coragem e do movimento preconizados pela tríade aqui exposta. Assim como a oportunidade para conhecer os próprios limites, o desenrolar da capacidade humana e divina em nós muito pode ser alcançado, sem cair no esquecimento de que o espaço selecionado para o desenvolvimento particular também é o espaço de divisão e de correlação com outras pessoas, as quais, como nós, também estão à procura do seu crescimento, articulam curiosidade e vontade de se transformar, de maneira peculiar, no seu próprio tempo. 

Nesse sentido, a fé é humana e divina: solicita de nós o arranjo de nossas capacidades e a inteligência frente às questões humanas. O desenvolver dessa certeza, dessa fortaleza, nos remete à nossa forma divina latente, que borbulha em nosso ser, em busca da hora certa de se manifestar.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita