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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 320 - 14 de Julho de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 5)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. A mesma perplexidade que Evelina sentia manifestava-se também em Ernesto Fantini?

Sim. Tudo quanto Evelina lhe contou havia acontecido também com Fantini, inclusive o fenômeno de retrospecção, com lembrança de fatos ocorridos na existência ora finda. Ele também, tal como ela, não conseguira o mí­nimo contacto com seus familiares. E a perplexidade de ambos foi ainda maior ao constatarem que o hos­pital em que se encontravam não era o mesmo onde se internaram para as cirurgias. (E a Vida Continua, cap. 6, pp. 43 a 45.)  

B. A hidroterapia é usada também no plano espiritual?

De acordo com o relato de Fantini, sim. Ele já tinha ido às termas; Evelina, não. Fantini lhe disse que, segundo soube, a hidroterapia era ali obrigatória. A respeito disso, ele comentou: "Evelina, você verá que apa­relhos engraçados com que nos aplicam raios à cabeça, antes do banho me­dicinal. E creia que todos os doentes acusam melhoras gradativas. Desde anteontem, quando fui à imersão pela primeira vez, sinto-me mais lúcido e mais leve, sempre mais leve..." (Obra citada, cap. 6, pp. 45 e 46.) 

C. Alguém já tinha dito a Evelina que ela havia desencarnado?

Até aquele momento, não. Foi quando Evelina abeirou-se de uma senhora simpática, presente no pátio do hospital, e perguntou-lhe que lugar era aquele. A matrona achegou-se perto dela e de Fantini e, ante o assombro indisfarçável de Evelina, in­formou que alguém lhe havia dito que todos ali estavam mortos, que já não eram mais habitantes da Terra. Ao ouvir isto, Fantini sacou o lenço do bolso para enxugar o suor que passou a escorrer abundantemente da testa, enquanto Evelina cambaleou, prestes a desfalecer... (Obra citada, cap. 6, pp. 49 e 50.) 

Texto para leitura 

17. Dois amigos perplexos - Ernesto, denotando fome de conversação, disse à Evelina não saber quantos dias ali estava. E completou: "Tenho matutado bastante naquele nosso entendimento de Poços de Caldas, acalen­tando sempre a esperança de revê-la..." Evelina confidenciou-lhe a per­plexidade em que vivia e declarou não lembrar como fora parar naquela instituição, porquanto o único fato de que se recordava com clareza era o desmaio em que descambara no tope de uma crise das piores que havia atra­vessado. Ignorava, pois, quanto tempo permaneceu desacordada e andava in­trigada com o mistério que a administração fazia em torno dela, de vez que não obtivera permissão para telefonar ao marido. Fantini a escu­tava, atencioso, sem articular palavra, e, mostrando estranho brilho no olhar, admitiu experimentar idêntica perplexidade. Revelou, então, haver sofrido esquisita fuga de si mesmo, com a diferença de que isso lhe ocorrera, logo após a cirurgia, quando voltava para o leito. E registrara aquele mesmo fenômeno de retrospecção, a que Evelina se repor­tou em sua con­versa, no qual se vira repentinamente devolvido ao passado, até os dias primeiros da infância... Depois, dormira pesadamente e havia apenas dez dias que se dera conta de estar naquele nosocômio. Sua estupefação era, por isso, qual a que ela descrevera, porque não conseguira também o mí­nimo contacto com a esposa ou a filha, das quais se despedira na cela hospitalar, horas antes da cirurgia a que se submetera. Os dois amigos estavam, efetivamente, perplexos, sobretudo porque o hos­pital em que se encontravam não era o mesmo onde se internaram para as cirurgias. Fantini pensava até que estivesse fora de São Paulo, porque o firmamento pare­cia-lhe um tanto diverso à noite e a piscina de que se servira continha água tenuíssima, embora fosse compreensível tivesse aquela casa filtros e en­genhos especiais para a medicação da água comum. (Cap. 6, pp. 43 a 45) 

18. As dúvidas de Fantini - Findo seu relato, perguntou se Evelina já tinha ido às termas. Como a resposta fosse negativa, ele acrescentou: "Verificará minha surpresa quando for até lá", informando-a de que sou­bera que a hidroterapia era ali obrigatória. Depois, sorrindo de modo significativo, falou: "Sabe da hipótese mais razoável? Desconfio de que nos achamos, com autorização de nossos familiares, numa organização psi­quiátrica. Nada sei de medicina; no entanto, estou supondo que os proble­mas da suprarrenal nos transtornaram a cabeça. Teremos talvez enlouque­cido, entrando pelas raias da absoluta alienação mental e, com certeza, a segregação terá sido a providência aconselhável..." Evelina quis saber por que ele pensava assim. Ernesto explicou: "Evelina, você verá que apa­relhos engraçados com que nos aplicam raios à cabeça, antes do banho me­dicinal. E creia que todos os doentes acusam melhoras gradativas. Desde anteontem, quando fui à imersão pela primeira vez, sinto-me mais lúcido e mais leve, sempre mais leve..." Lembrou-lhe, então, que, desde que des­pertou, voltara a acusar agudas crises nos momentos em que lembrava a mulher e a filha, concomitantemente com a cirurgia, ocasião em que se via sob asfixia terrível, a desfalecer de sofrimento. Evelina recordou-se de sua própria experiência, mas calou-se, porquanto se sentia cada vez mais inquieta, ao passo que Fantini insistia em que deveriam ter passado por algum trauma psíquico, razão de sua hospitalização e do tipo de trata­mento recebido, com vistas à reconquista do próprio equilíbrio. E relatou que, no dia anterior, reclamara com a enfermeira notícias da família, ao que ela respondeu: "Irmão Fantini, esteja tranquilo. Seus familiares es­tão informados de sua ausência", acrescentando que esposa e filha sabiam que não poderiam aguardar tão cedo sua presença em casa. (Cap. 6, pp. 45 e 46) 

19. Acesso de histeria - "Concluo, salvo melhor juízo – asseverou Ernesto Fantini –, que estivemos, claramente sem o sabermos, na condição de alienados mentais, e decerto emergimos, agora, com muito vagar das trevas psíquicas para o estado normal de consciência. Os médicos e enfer­meiros que nos rodeiam estão plenamente justificados, quanto ao propósito de resguardar-nos contra quaisquer tipos de preocupação com a vida exte­rior. O menor vinco de aflição na tela mental de nossas impressões do mo­mento, assim penso, nos traria talvez grande prejuízo às emoções e ideias, qual ocorre a pequena distorção que desfigura a simetria das on­das elétricas." Dito isto, Fantini, cujos olhos entremostravam indisfar­çável mal-estar, lembrou à amiga que, enquanto ela possuía religião, ele era um homem sem fé, e na conjuntura perigosa que atravessavam toda a as­sistência era pouca... Ernesto não terminara a última frase, quando uma jovem, num grupo de três que caminhavam a curta distância, se rojou ao chão, como quem fora subitamente acometida por violento acesso de histe­ria, gritando em meio de manifesta agonia mental: "Não!... Não posso mais!... quero minha casa, quero os meus!... Minha mãe?!... onde está minha mãe? Abram as portas!... Bandoleiros! Quem é bastante corajoso aqui para derrubar comigo estes muros? A polícia!... Chamem a polícia!..." Uma senhora, irradiando paciência e bondade, com as insígnias de enfermeira da casa, surgiu de chofre e, abraçando, maternalmente, a menina revol­tada, falou-lhe: "Filha, quem lhe disse que não voltará a sua casa? que não reverá sua mãe? Nossas portas jazem abertas... Venha comigo!..." A jovem, repentinamente asserenada pelas mãos fortes e boas que a enlaça­vam, disse-lhe: "Ah! irmã, perdoe-me!... Perdoe-me! Não tenho razão de queixa, mas estou com saudades de minha mãe, sinto falta de casa! Há quanto tempo estou aqui, sem qualquer dos meus? Sei que sou doente, rece­bendo o benefício da cura, mas por que não tenho notícias?!..." A assis­tente ouviu-a, calma, e prometeu: "Você as terá", e, passando-lhe o braço carinhoso acima dos ombros, ajuntou: "Por agora, vamos ao repouso!..." A menina, encostando a loura cabeça ao peito que lhe era ofertado, retirou-se, soluçando, diante dos olhos de Evelina e Ernesto, que contemplaram o quadro, entre aflitos e magoados. (Cap. 6, pp. 46 a 48) 

20. A notícia da morte abala Evelina - Que ilação recolher da súplica chorosa da moça atribulada pela ausência do ninho doméstico? que hospital era aquele? um pronto-socorro para alienados mentais? um nosocômio desti­nado à recuperação de desmemoriados? Evelina, sem sopitar a curiosidade, abeirou-se de uma senhora simpática que acompanhara a cena, denotando aguda atenção, e perguntou-lhe: "Desculpe-me, senhora. Não nos conhece­mos, mas a aflição em comum nos torna familiares uns aos outros. A se­nhora pode dar alguma informação, acerca da pobre menina perturbada?" A mulher disse não conhecê-la e que não sabia nada da vida de ninguém ali. Evelina perguntou-lhe, então, que lugar era aquele. A matrona achegou-se perto dela e de Fantini e, ante o assombro indisfarçável de Evelina, in­formou que alguém lhe havia dito que todos ali estavam mortos, que já não eram mais habitantes da Terra. Ao ouvir isto, Fantini sacou o lenço do bolso para enxugar o suor que passou a escorrer abundantemente da testa, enquanto Evelina cambaleou, prestes a desfalecer... A desconhecida esten­deu os braços à nova companheira e recomendou, preocupada: "Minha filha, contenha-se. Temos aqui dura disciplina. Se mostrar qualquer sinal de fraqueza ou rebeldia, não sei quando voltará a este pátio..." Ernesto propôs-lhes, então, que repousassem, rumando os três para largo assento próximo, onde passaram a descansar. (Cap. 6, pp. 49 e 50) (Continua na próxima semana.)




 


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