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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 320 - 14 de Julho de 2013
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Gigliane Ferreira Dourado:

“O exemplo é a melhor instrução que posso oferecer”

Espírita de berço, a confreira goiana fala sobre a influência
e os exemplos que recebeu de seus pais desde a infância
 

Gigliane Ferreira Dourado (foto) nasceu em Rio Verde-GO e reside atualmente em Mineiros-GO. Fisioterapeuta e vinculada à Comunidade Espírita Allan Kardec, da mesma cidade onde reside, coordena o Atendimento Fraterno da instituição. Seus relatos de pessoa que nasceu em berço espírita são marcantes, porque demonstram a força

do exemplo dos pais e da vivência espírita desde a tenra idade. 


O fato de ter nascido em lar espírita proporcionou-lhe, a seu ver, qual experiência que pode ser considerada a mais marcante de sua vida? 

A experiência da caridade! Sem dúvida nenhuma! Crescer em uma casa onde todos que batiam à porta eram atendidos, acompanhar inúmeras distribuições de alimentos e roupas, visitar frequentemente o asilo e o Sanatório, conhecer casebres e oferecer auxílio, passar inúmeras noites de Natal com meu pai vestido de Papai Noel em um abrigo de crianças foi muito marcante! 

Você enfrentou preconceitos na infância e adolescência? De que forma?  

Então... Era engraçado ser a única da escola que não ia para a catequese, que não era batizada, que não fez primeira comunhão, que não participava da escola dominical etc. Havia uma diferença porque eu não me encaixava totalmente em nenhuma turminha e também era muito nova para argumentar contra comentários tipo: Kardec não é Jesus!, Espiritismo é contra Deus! Isso na década de 1980! Mas não senti que isso me deixasse chateada. 

Como a dedicação de seus pais à vivência e à divulgação espírita marcou sua personalidade? 

Meu pai foi uma pessoa extremamente engajada e idealista. Participou ativamente de todas as iniciativas do movimento Espírita em Rio Verde desde que lá foi morar. Seu otimismo era contagiante e ele era incansável. Acho que aprendi a ser meio corajosa com ele! Topo participar de tudo que me compete e acredito que as coisas sempre darão certo! 

Fale-nos de seus pais e do seu vínculo com o Espiritismo. 

Minha mãe nasceu na zona rural de Rio Verde; meu avô mantinha um sanatório na fazenda e ela cresceu assistindo a obsidiados sendo tratados. Os fenômenos mediúnicos fizeram parte da infância dela. Meu pai nasceu no interior de Minas Gerais, em Ouro Fino. Caçula de cinco irmãos, filho de militar, perdeu o pai com 2 anos. Vovó ficou viúva e, sofrendo um processo obsessivo, foi assistida pela comunidade espírita de Santa Rita do Sapucaí-MG.

Meu pai conta que inicialmente ia ao Centro para tomar sopa e aliviar a fome por que passavam. Começou a frequentar aulas de evangelização e, criança notavelmente inteligente, se destacou chegando a coordenar a mocidade. Sempre muito dedicado aos estudos, foi financiado por confrades espíritas para estudar em Belo Horizonte, onde começou a trabalhar no Banco Rural. Mais tarde foi aprovado no concurso do Banco do Brasil e foi mandado para Rio Verde, onde se engajou no movimento espírita, conheceu mamãe e se casaram.

No trabalho papai sofreu muitas perseguições por ser espírita. Papai faleceu em 2004, aos 61 anos. Mamãe continua ativa e trabalha de segunda a segunda no movimento espírita, atuando desde o atendimento fraterno até as reuniões mediúnicas. 

Qual sua lembrança mais marcante da infância no que se refere à atividade espírita, na vida em família? 

Adorava viajar e participar de encontros em outras cidades! Papai sempre me levava com ele! Assistia às palestras de Divaldo Franco e Jerônimo Mendonça mesmo bem pequenininha. Até hoje me lembro de ouvir histórias que o Divaldo Franco contava e da figura do Jerônimo Mendonça. Também achava legal ir à rádio com meu pai para gravar o programa espírita. 

E na atividade espírita, também na infância, no centro espírita? 

Lembro-me da sopa e das campanhas do quilo e do agasalho. Eu ia de sala em sala na minha escola com a diretora para pedir agasalhos. 

Como foi chegar à fase da adolescência e mocidade com o conhecimento espírita, especialmente no que se refere à convivência com colegas não espíritas? 

Na mocidade, a rebeldia da idade me atrapalhou, não queria mais nada disso! Participei pouco; me julgava sabida demais pra estar ali! Queria participar dos estudos com os adultos! 

Que visão você tem hoje do movimento espírita? 

Cresceu e se popularizou muito! Acho que muitas dificuldades que meus pais e avós sofreram não existem mais. Adoro essa divulgação da aproximação do movimento espírita com os evangelhos! Cresci numa dicotomia, falávamos apenas de mediunidade, reencarnação, caridade, ação e reação... A vida de Jesus ficou um pouco distante da minha formação na infância, quase que como se o Espiritismo não tratasse também de Jesus. Vejo com muita alegria tudo isso. 

E sua atividade espírita atual? 

Trabalhar no atendimento fraterno surgiu como uma alegre surpresa para mim. Até então participava mais da evangelização e dos estudos. Estou muito satisfeita com meu atual trabalho e acredito que trabalho hoje diretamente com a porta de entrada da casa espírita.

Algo mais a acrescentar? 

Hoje, como mãe, tento educar minha filha com base nos princípios aprendidos desde a infância. Mas tenho absoluta certeza que o meu exemplo vivo é a melhor instrução que posso oferecer. Tento ter hoje as qualidades que espero que minha filha tenha.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita