WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 319 - 7 de Julho de 2013

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

Explicando os extremos 
 

"A justiça trabalha em favor da educação utilizando-se de métodos disciplinares, inclusive limitando a liberdade do delinquente, a fim de poupá-lo, bem como a comunidade, de males mais graves.” – Joanna de Ângelis.

 
Circulou pela Internet no dia 13/5/2013, a notícia de uma criança americana, Jacob Barnett, diagnosticada como autista e cujo prognóstico era ruim: os especialistas diziam à sua mãe que ele provavelmente não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos. Como sabemos, o autismo é uma patologia mental que leva a criança a fechar-se dentro do seu mundo interior, não tomando conhecimento da realidade exterior que a circunda.

Jacob era, portanto, portador de autismo, o que causava um prognóstico ruim do seu quadro mental.

A mãe iniciou a sua luta contra a enfermidade colocando-o em um programa especial de aprendizagem e terapia específica para o caso. Fora da terapia a mãe do menino começou a observar que ele fazia coisas extraordinárias. Criava mapas no chão da sala, com cotonetes, de lugares que havia visitado. Próximo dos 4 anos de idade, a criança sabia o alfabeto do fim para o começo e falava quatro línguas!

Certa vez a mãe levou o menino para um passeio no campo e os dois se deitaram no capô do carro para observar as estrelas. Meses depois, em uma visita a um planetário, um professor perguntou à plateia coisas relacionadas a tamanhos de planetas e às luas que gravitam ao redor. Para a surpresa da mãe, o pequeno Jacob levantou a mão para responder. Para ela foi a certeza de que o filho tinha uma inteligência fora do comum. Com nove anos de idade Jacob começou a desenvolver teorias sobre astrofísica. Aos onze entrou na Universidade onde faz pesquisas avançadas em física quântica. Aos 14 anos prepara o seu mestrado nessa área. Segundo alguns especialistas, a inteligência do adolescente é superior à de Albert Einstein!

Diante de tal quadro de inteligência excepcional, o que uma mãe que tem um filho deficiente mental tem o direito de perguntar? Se ela não acreditar em Deus, a resposta será fácil: uma combinação ao acaso de genes foi o responsável pelo surgimento do gênio, enquanto uma deficiência qualquer explicada pela parte material da vida deu origem ao filho deficiente mental. Mas, e se ela acreditar na existência de um Ser supremo? Como explicar que Deus tivesse escolhido Jacob para ser um gênio e ao filho de uma senhora qualquer para nascer um deficiente mental? Que Justiça e Bondade infinitas sobreviveriam a esse questionamento?

Mas os desígnios de Deus não devem ser interpelados! – fulminam outros como se encerrassem o assunto de maneira magistral. Mas não encerram. Deus não deseja que o homem O compreenda cada vez mais em toda a sua grandeza? Sim ou não? Se a resposta for “não”, o assunto também estará encerrado através de uma explicação extremamente dogmática. Se o conhecimento cada vez maior da Divindade é que nos permitirá amá-Lo cada vez mais, o “não” entrará em choque com esse desejo. Não foi Jesus quem afirmou que conheceríamos a Verdade e a Verdade nos libertaria? Que verdade maior do que Deus existe? Então, a resposta é afirmativa: sim, Deus deseja que O compreendamos cada vez mais, por isso temos o direito e o dever de procurar as respostas dos por quês da vida. Diante dessa realidade procede a interrogação da mãe do filho deficiente: como explicar a deficiência de um e a genialidade de outro? E a única filosofia que explica de maneira não dogmática a essa indagação está contida na resposta de número 372 de O Livro dos Espíritos: os cretinos e os idiotas são Espíritos em punição, habitando, temporariamente, corpos deficientes que representam uma prisão também temporária, onde podem refletir sobre os desequilíbrios cometidos perante as Leis da Vida.

Que resposta mais perfeita pode existir que combine a Bondade e a Justiça Divina através da reencarnação? O Espírito recebe uma pausa para refletir sobre si mesmo. É a única explicação para esses dois extremos da genialidade e da deficiência mental.

Einstein afirmava que Deus não jogava dados, referindo-se à perfeição do Universo. Stephen Hawking, o gênio encarnado, afirma o contrário. Segundo ele, os buracos negros sugerem que Deus não só joga dados, mas Ele às vezes nos confunde jogando-os onde ninguém os pode ver. Ora, se ninguém pode ver, como afirmar que se trata de um dado ou de um organograma absolutamente perfeito em execução? A ingenuidade leva as crianças a ver nas nuvens do céu a figura de um carneiro, de uma árvore, de um cachorro. Não estaria ocorrendo o mesmo conosco ao olharmos para os buracos negros do Universo? Vendo dados onde nossa inteligência não consegue ir mais além? Não seríamos como as crianças observando as nuvens? Outro ponto: a perfeição exclui a condicional de jogar dados “às vezes”, porque o que é perfeito não pode sofrer o impacto do acaso uma única vez que seja. Jacob, segundo especialistas, tem uma inteligência superior ao do gênio do século XX. Não seria interessante conhecer, um dia, a opinião dele sobre esse Infinito que não cessa de ser ampliado com um equilíbrio que deixa o mais materialista dos cientistas com “a pulga atrás da orelha”? Ou será mais científico dizermos: com alguma dúvida atrás de todas as mais sólidas convicções materialistas? Um jogo ou um planejamento perfeito: são extremos a ser explicados...


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita