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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 319 - 7 de Julho de 2013

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 

Apascenta
Um dia a fraternidade será soberana entre todos nós

Pedro, apascenta as minhas ovelhas.” - Jesus (João, 21:17.)

 
Cada companheiro de serviço cristão deverá considerar-se instrumento nas mãos do Mestre Jesus, a fim de que a sublime melodia do Evangelho se faça irrepreensível para a vitória do bem, lembra nosso estimado benfeitor espiritual Emmanuel.

 O problema da não disseminação dos ensinamentos do Cristo sobre o planeta não está na dificuldade de seu entendimento, mas em nós próprios, receptores imperfeitos da perfeita e ilimitada sabedoria do Celeste Emissor.

O que isso significa? Significa que, apesar de existirem instrumentos diferentes que emitem sons também diferentes, a melodia é a mesma. Somos esses instrumentos e o Evangelho a sublime melodia. Então, quando um instrumento está bem afinado, as notas que saem dele são claras e a música é imediatamente identificável. Porém, mal cuidado, as notas são dissonantes e a melodia ininteligível.

O músico também é um instrumento e, como tal, necessita ser cuidado com desvelo. Assim, podemos ter um bom músico que, descuidado, não realiza a interpretação que se espera dele. Por outro lado, um músico pouco talentoso, esforçando-se para superar suas limitações, acaba realizando um bom trabalho.

O que podemos concluir disso é o seguinte: ainda que o instrumento esteja bem afinado, se o músico a usá-lo não estiver também, nada acontecerá de bom e de útil.

Assim é com a mensagem de Jesus. Temos à nossa disposição vários instrumentos para transmitir o luminoso sentido dos ensinamentos sublimes do Excelso Amigo. E o que fazemos com esses recursos na condição de divulgadores do Cristianismo?

Em determinado momento das nossas reflexões, perguntamos a nós mesmos: “Que tipo de músico eu sou? De quais instrumentos disponho para tocar a sublime melodia e, principalmente, em que estado estão esses instrumentos?”. Talvez sejamos um músico não muito ruim, mas que está se esforçando para melhorar seus conhecimentos e entender melhor a partitura divina.

Quanto aos instrumentos, pude perceber que, na esfera material, disponho de todo meu corpo: mãos, braços, pés, olhos, ouvidos, a fala; mas, também, entendi que isso não é suficiente e, buscando a memória, dei-me conta de que a nossa inteligência, a nossa vontade, os bons sentimentos que procuramos desenvolver em nós são recursos benditos com os quais o Mestre espera podermos espalhar a Boa Nova, através de exemplos adequados.

Acabei por entender que todos nós somos instrumentos e músicos ao mesmo tempo, através dos quais o Pai amoroso permite que a Verdade, trazida por Jesus, seja levada a quem precisa: consolando, reconfortando, agasalhando, sanando a fome e a sede, ensinando e amando, não importa a quem, onde ou quando...

Sabemos que, mesmo administrando conselhos aos outros, ainda não encontramos nossa própria direção. Mas, temos de ajudá-los para que, através desse exercício, possamos encontrar o nosso caminho.

Temos fé, mas também temos dificuldades para tolerar os desvios do próximo. Outras vezes, bondosos e confiantes, fugimos ao estudo e à meditação, favorecendo a ignorância, as interpretações errôneas e descabidas de uma Doutrina que é só amor, consolo e reconforto.

Mais além, transformamo-nos em conselheiros excelentes, mas não santificamos os próprios atos, não realizando a necessária harmonia entre o falar e o agir. Outras vezes, ocupamos tribunas com um verbo brilhante na pregação; mas contamos piadas menos dignas ao invés de nos esclarecermos para a educação dos sentimentos.

Alguns de nós estimam a castidade do corpo, mas enlouquecem pela aquisição fácil do dinheiro. Enquanto outro, ao contrário, ainda que tenha conseguido desprender-se das posses materiais, cultiva verdadeiro incêndio na carne.

Escrevemos páginas que expressam as diretrizes dos ensinamentos de Jesus e não conseguimos usufruir da intimidade do Mestre; mas é preciso ampliar a cultura espírita, e por isso prosseguimos sem temor... Ainda somos imperfeitos, é verdade, mas estamos tentando, a cada dia, ser melhores. E é isso que importa a Deus. É isso que Jesus espera de nós.       Então, como podemos perceber, apesar de todas as dificuldades e da nossa indiscutível imperfeição de seguidores do Evangelho Redentor, é preciso continuar caminhando. Isso acontece porque ainda falta coerência entre os ensinos de Jesus e as nossas atitudes no dia-a-dia. Por essa razão somos aprendizes e nada mais que aprendizes do Cristo.

Esse foi o motivo que levou o Mestre a fazer o apelo a Simão Pedro para que continuasse Seu apostolado, e ele se reveste, ainda hoje, de significativo convite a todos nós. Somos hoje esses discípulos, com a tarefa de prosseguir exemplificando o amor, a fraternidade, a solidariedade indistintamente, como Jesus fazia, acolhendo todos como irmãos, filhos do mesmo pai.

O pedido que Jesus fez a Pedro é o mesmo que ainda faz a cada um de nós, no recesso de nossas consciências: que apaziguemos tudo o que estiver ao nosso redor, sem gritos, castigos ou imposições; sem abandono dos infelizes ou flagelação dos rebeldes; sem lamentações ou desesperos; que sustentemos os companheiros mais necessitados que nós mesmos, numa clara demonstração do amor ao próximo, mesmo que seja alguém com quem ainda não conseguimos uma convivência fraternal.

E nas palavras judiciosas de Emmanuel, encontramos orientação segura para o nosso posicionamento em relação aos ensinamentos deixados: lembra-nos para não desanimarmos diante da rebeldia, e que não condenássemos o engano alheio, pois a lição renovadora surgirá adiante para todos nós... Fala ainda da necessidade de educar sempre, de ajudar o próximo ao invés de criticá-lo, e acima de tudo de sermos trabalhadores fiéis à causa que abraçamos, sendo exigente conosco e amparando os corações frágeis e enfermiços que nos acompanham no caminho da evolução.

Quando plantamos o bem, o tempo se encarregará da germinação e do desenvolvimento desse bem. É urgente aprendermos a não analisar destruindo qualquer iniciativa de crescimento dos que estão ao nosso redor, pois o inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã. Cada um de nós tem qualidades positivas que precisam e devem ser destacadas. E gostamos disso.  Por isso, meus irmãos, sigamos em frente, pois a vida se encarregará do resto.

O planeta, como já percebemos, não é paraíso terminado e, por essa razão, estamos longe da angelitude. Mas não importa em qual posto estejamos na vida: obedecendo ou administrando, ensinando ou aprendendo, é indispensável afinarmos o nosso instrumento de serviço com o diapasão do Mestre, se não quisermos prejudicar-Lhe as obras.

Segundo Emmanuel, para Jesus o importante é saber se O amamos, porque, com amor, as demais dificuldades se resolvem. Se o aprendiz do Evangelho Redentor, que somos todos nós, tiver suficiente quantidade dessa essência divina, a tarefa mais árdua converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.

É imperioso, dessa forma, reconhecer que as nossas conquistas intelectuais valem muito, que nossas indagações são louváveis, mas que, em verdade, somente seremos eficientes colaboradores de Jesus se tivermos amor. O Mestre foi claro quando asseverou para os aprendizes que tão-somente os que O amarem saberão trilhar-Lhe o caminho e guardar-Lhe os ensinamentos.

Mas Ele também sabe que um dia a fraternidade será soberana entre todos, que a paz reinará no planeta e que, finalmente, teremos aprendido.

 

Bibliografia:

Emmanuel/F. C. Xavier – Fonte Viva, lições 19 e 84 – 31ª ed.

Caminho, Verdade e Vida – lição 97 – 17ª ed.

Palavras de Vida Eterna – lições 135 e 175 – 20ª ed. – Editora CEC – Uberaba/MG – 1995.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita