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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 318 - 30 de Junho de 2013

JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)
      

 
 

Frágil é a fé com critério,
e o que diríamos daquela
com mistério?


Os teólogos antigos, por ignorância, fizeram muitas interpretações erradas da Bíblia, ora literais, ora alegóricas. Essas interpretações são corretas, dependendo do texto. Mas nas suas ideias sobre Deus, eles erraram muito, pois sua visão de Deus era bem próxima da do Velho Testamento e até da mitologia. E foi assim que antropomorfizaram Deus, oficialmente, transformando-O até em três pessoas. E eles interpretavam os textos bíblicos de acordo com suas doutrinas e adaptava-os a elas.

Para as doutrinas polêmicas, os teólogos arranjaram uma saída, dizendo que elas pareciam contraditórias, porque se tratavam de ensinos divinos incompreensíveis para nós. Com o tempo, passaram a denominá-las de mistérios. E para completar a solução dessas doutrinas polêmicas, a Igreja, que era unida ao imperador, transformou-as em dogmas, ou seja, ensinos que deveriam ser aceitos por todos os habitantes do Império Romano. E ai de quem discordasse de um dogma! E eles vingaram e estão aí até hoje!

Alguém poderia pensar e com razão o que este colunista tem a ver com a Igreja. Eu responderia nada e, ao mesmo tempo, muito. É que defendo o espiritualismo, e, sendo a Igreja a maior instituição espiritualista do mundo, não desejo que sucumba. Banco, pois, uma espécie de “advogado do diabo” da Igreja. Aliás, nesse sentido, tenho muito a ver também com todas as outras demais religiões.

O objetivo dos concílios ecumênicos foi sempre de confirmar ou condenar alguma doutrina. Por exemplo, até o Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563), a dança era condenada pela Igreja, deixando de o ser nesse concílio. Mas até hoje, ainda há católicos que acham que é prática pecaminosa a dança. E os protestantes e os evangélicos, em grande parte, ainda acham que a dança é pecado, condenando-a. Aliás, eles têm herdado algumas doutrinas da Igreja que ela já descartou há muito tempo.

“Pistis”, em grego, e “fides”, em latim, têm duas traduções: fé e fidelidade. O Livro de Hebreus definiu fé, no sentido de crer, como a certeza da existência de coisas invisíveis, que se esperam (11:1).  Neste texto, se trata de fé no sentido de crer ou acreditar. Mas em muitos textos, o sentido é mais de fidelidade ou de ser fiel. Por exemplo, a conhecida frase “se você tiver fé em Jesus”, você se salva, o sentido é de fidelidade, pois, crer por crer, acreditar por acreditar em Jesus, até o “diabo” acredita Nele, e como acredita! E isso não pode salvar ninguém, pois a cada um será dado de acordo com suas obras. E a fé sem obras, segundo São Tiago, é morta.

Mudanças doutrinárias na Igreja, através dos concílios ecumênicos, acontecem mesmo de vez em quando, sendo, pois, coisas normais na Igreja. Porém a Igreja diz que os dogmas são intocáveis. Mas foram as doutrinas mais polêmicas e misteriosas que viraram dogmas. E, assim, é lamentável que, atualmente, a Igreja chegue a países muito atrasados e neles se instale vitoriosa, mas decresça nas nações mais adiantadas onde ela, há séculos, já estava instalada! Um padre disse para mim que a Igreja é protegida por Deus, pois o clero faz tudo para acabar com ela!

Creio que a Igreja lamente essa situação e não ficará indiferente diante disso. Sim, pois, se até mesmo com relação às doutrinas religiosas racionais e sem mistérios, às vezes há dificuldades para elas serem aceitas pelas gerações do Terceiro Milênio, que diríamos, então, das doutrinas meio mitológicas, antibíblicas e misteriosas?  


 


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