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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 318 - 30 de Junho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 18)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que palavras o autor desta obra escreveu acerca do amor?

O amor, diz Manoel P. de Miranda, é o inspirador dos ideais relevantes e dos sentimentos nobres. Estruturador da renúncia pessoal, desenvolve a capacidade do sacrifício e da abnegação, oferecendo sustentáculo aos trabalhos de grande porte. É ele que dá  base ao perdão e se constitui fator primordial para a ação da caridade, sem cujo combustível essa virtude ficaria tíbia, transformando-se em filantropia ou solidariedade apenas. Devido à sua gênese divina, o amor não se ensoberbece nem se amofina. Supera os limites das formas e dos sexos, da posição social e da situação econômica. Estabelece normas de fraternidade e esparze o pólen da afeição pura e desinteressada por onde passa ou onde se apresenta. (Painéis da Obsessão, cap. 23, pp. 175 a 177.)

B. Podem os bons Espíritos mudar os mapas cármicos de seus pupilos?

Não. Os Espíritos bons não podem mudar os mapas cármicos de seus pupilos; todavia, quando os veem a braços com provações mais severas, in­terferem, auxiliando-os com forças edificantes com que aumentam as suas resistências, a fim de lograrem as metas que lhes constituem vitória. Ou­trossim, encaminham cooperadores e amigos que se transformam em alavancas propulsionadoras do progresso, distendendo-lhes mãos generosas dispostas a contribuir em favor do seu êxito. (Obra citada, cap. 24, pp. 182 a 184.)

C. Os Espíritos perversos se utilizam das tendências negativas daqueles a quem odeiam, para estimulá-las ainda mais?

Sim. Os Espíritos perversos e infelizes sempre se utilizam das tendências negati­vas daqueles a quem odeiam, para estimulá-las, levando-os, desse modo, às situações penosas, perturbadoras. Contudo, se o homem se apoia nos recursos de elevação, difícil se torna para seus animosos verdugos espi­rituais encontrar as brechas pelas quais infiltram os seus sentimentos torpes, na sanha da perseguição em que se comprazem. Toda obsessão é, pois, sempre resultado da anuência consciente ou não de quem a sofre, por debilidade moral ou por deficiências de comportamento, que propiciam o intercâmbio. (Obra citada, cap. 24, pp. 182 a 184.)

Texto para leitura

82. O amor é o combustível da caridade - O amor, diz-nos Manoel P. de Miranda, é o inspirador dos ideais relevantes e dos sentimentos nobres. Estruturador da renúncia pessoal, desenvolve a capacidade do sacrifício e da abnegação, oferecendo sustentáculo aos trabalhos de grande porte. É ele que dá  base ao perdão e se constitui fator primordial para a ação da caridade, sem cujo combustível essa virtude ficaria tíbia, transformando-se em filantropia ou solidariedade apenas. Devido à sua gênese divina, o amor não se ensoberbece nem se amofina. Supera os limites das formas e dos sexos, da posição social e da situação econômica. Estabelece normas de fraternidade e esparze o pólen da afeição pura e desinteressada por onde passa ou onde se apresenta. Quando os instintos mais agressivos, re­manescentes do estágio primitivo por onde transitou o Espírito, cederem lugar às expressões do amor, mudar-se-ão as paisagens sombrias da Terra e as aflições existenciais cederão campo ao império da compreensão e da to­lerância num amplexo de auxílio recíproco. O Cristo foi e prossegue sendo o protótipo desse amor que deve ser por todos vivido e meta a ser alcançada no mais próximo dos dias porvindouros. A fraternidade cristã, que decorre desse amor transcendente, modificará  a Terra e os seus hábi­tos, abrindo espaços para a felicidade geral, com o que muito concorre o Espiritismo, ao desatar as amarras que limitam a compreensão das sobera­nas leis da vida, fazendo que generosas promessas se estabeleçam, em forma de paz e cordialidade, entre todas as pessoas. Retornando à cidade onde viviam, Argos e Áurea não titubearam em levar ao médium Venceslau – velho amigo do casal – a notícia alvissareira e abençoada da recuperação do rapaz, esperando ouvir-lhe a opinião amiga e, se possível, a palavra do Alto. Irmã Angélica também orientava e sustentava as tarefas espíritas do referido médium, que estivera, de alguma forma, vinculado aos aconte­cimentos da Boêmia, à época de João Huss, quando estalaram as lamentáveis "guerras de religião". (Cap. 23, pp. 175 a 177)

83. A caridade é bênção dupla que a todos beneficia - Venceslau iden­tificava-se com Argos e Áurea, embora a trilha que então seguira não lhe houvesse acarretado maior soma de compromissos negativos. Foi por isso que identificando os amigos, pelo psiquismo, desde épocas passadas, ja­mais lhes recusara o carinho da amizade, da palavra evangélica e da ação cristã. Feliz com o restabelecimento de Argos, Venceslau confabulou com eles longo tempo, revendo os episódios passados e estabelecendo os obje­tivos e as metas futuras, numa pauta de valores legítimos, de que Irmã Angélica participou, pela inspiração poderosa. Dada a limitação orgânica de Argos, programou-se, então, a necessidade de obtenção da sua aposenta­doria, a fim de que o seu tempo tomasse, doravante, rumo mais condizente com suas forças e, com sabedoria, chegou-se à conclusão de que a melhor aplicação dele seria no serviço do amor ao próximo. Venceslau dedicava-se a uma tarefa de solidariedade cristã a irmãos carentes, mediante assis­tência à criança, ao adolescente e ao idoso, inclusive aos órfãos e aos enfermos, e havia sempre lugar para novos cooperadores que quisessem en­tregar-se ao ministério do próprio crescimento e iluminação interior. Evidentemente, essa tarefa não é fácil, porque a criança frágil de hoje é o jovem de amanhã e será o adulto de mais tarde, nem sempre afável e re­conhecido; o enfermo facilmente se irrita e não dispõe de maior quota de compreensão para com aqueles que o ajudam; o necessitado, logo que satis­feita sua carência, vai além, até nova requisição; o ignorante se escla­rece, porém nem sempre se liberta das paixões que lhe constringem os sen­timentos... É por isso que a caridade é bênção dupla que atende, a prin­cípio, o sofrimento do próximo e, depois, beneficia aquele que a aplica, porque o aprimora, eleva e acalma. A Comunidade conduzida pela Irmã An­gélica era uma cópia, embora imperfeita, daquela na qual a Mentora esta­giava em esfera próxima da Crosta. Não existe improviso nas Leis de Deus; todas as realizações recebem tratamento cuidadoso e bem programado. A pouco e pouco, uma  área sáfara foi-se transformando em jardim e pomar, sob sua inspiração, e a psicosfera agitada recebeu ozônio especial, car­reado por abnegados Técnicos Espirituais que obedeciam à planificação da dedicada Instrutora. Com o suceder do tempo, o clima de prece e de oti­mismo gerou recursos metafísicos de que se beneficiavam, então, os seus habitantes, sendo utilizada a Colônia igualmente para a terapia de emer­gência a Espíritos recém-desencarnados e outros atendimentos de natureza espiritual. (Cap. 23, pp. 177 a 179) 

84. A obra fora programada quase cem anos antes – Conforme Manoel P. de Miranda soube depois, aquele trabalho fora programado quase cem anos antes, quando todos os seus membros estavam desencarnados. Engenheiros hábeis delinearam os contornos gerais do trabalho e instruíram os coope­radores que partiam para a reencarnação, armando-os de recursos para o desenvolvimento das construções e suprimentos de manutenção. Com esses dados, a diligente Entidade apresentara-os a superior exame de fiel se­guidor de Jesus, que se prontificou a auxiliar na materialização dos pla­nos entre os homens. Rogava apenas o venerável Irmão dos sofredores que naquela Comunidade jamais fosse olvidado o amor aos infelizes do mundo, ou negada a caridade aos "filhos do Calvário", nem se estabelecesse a presunção, que destrói as melhores edificações do sentimento moral. Os obreiros foram então se corporificando e não foi pequena a luta enfren­tada contra os adversários do grupo e dos que se dizem inimigos do Cristo, na cegueira e loucura em que bracejam nas vagas da própria re­volta. A contributo de lágrimas e sorrisos, de ternura e dor, de incom­preensões e bênçãos, os alicerces da Obra foram fincados no chão adusto e o amor do Cristo se encarregou de fazer florescer a esperança e desdo­brar-se a paz. Não há na Terra lugar algum indene à luta e ao trabalho sem dificuldade ou sofrimento, porque estes são inerentes à condição evo­lutiva dos Espíritos que nela habitam. Mesmo assim, como predominassem na Comunidade os sentimentos cristãos, o ambiente fazia-se especial, rece­bendo periodicamente reforços de vitalidade e paz, e a cada dia ampliava-se o serviço de auxílio aos necessitados, enquanto se reforçavam os tra­balhos de educação moral e orientação doutrinária, suportes para alcan­çar-se os resultados anelados. Aberta à comunidade em geral, a Colônia fazia-se um ensaio, uma tentativa de demonstrar que se pode amar e ser­vir, sem alienação do mundo, mas também sem vinculação com o mundo. Esse era o novo campo de trabalho que Angélica oferecia aos seus pupilos, con­vidados a um mundo novo de amor, no qual deveriam crescer e redimir-se, atraindo Felipe e seus companheiros a uma visão diferente da vida. (Cap. 23, pp. 179 a 181) 

85. Nossas imperfeições são portas abertas à obsessão - Quando o ho­mem se faz dócil à inspiração superior – assevera Manoel P. de Miranda –, sintoniza naturalmente com o programa que lhe cumpre desenvolver, re­cebendo a ajuda que flui do Alto e tendo diminuídas as suas dificuldades. Obviamente, os Espíritos bons não podem mudar os mapas cármicos de seus pupilos; todavia, quando os veem a braços com provações mais severas, in­terferem, auxiliando-os com forças edificantes com que aumentam as suas resistências, a fim de lograrem as metas que lhes constituem vitória. Ou­trossim, encaminham cooperadores e amigos que se transformam em alavancas propulsionadoras do progresso, distendendo-lhes mãos generosas dispostas a contribuir em favor do seu êxito. Da mesma forma que as más interferên­cias neles encontram ressonância, em face das afinidades existentes com as paixões inferiores que lhes caracterizem o estado evolutivo, tão logo mudem de objetivos, aspirem aos ideais de enobrecimento e ajam de acordo com a ética do bem, a eles se associam os operosos Mensageiros do Amor que os estimulam ao prosseguimento, renovando-lhes o entusiasmo, ampa­rando-os ante os naturais desfalecimentos e inspirando-os na eleição cor­reta do roteiro a seguir. As disposições de Argos facilitaram, portanto, a movimentação de recursos a seu favor. Certamente os testemunhos que de­veria experimentar, no futuro, faziam parte do seu processo de evolução e não podiam ser afastados; entretanto, seu esforço deveria granjear-lhe títulos que lhe diminuiriam os gravames, em face das realizações edifi­cantes. Seus compromissos infelizes em relação a Felipe e outras vítimas permaneceriam aguardando quitação. A enfermidade lhe dera uma ideia das responsabilidades menosprezadas, mas não chegara a amoldar-lhe o caráter, de modo a modificar-lhe a estrutura da personalidade, a prepotência e o orgulho. O instinto possessivo e o egoísmo que a si tudo permite permane­ciam-lhe como chagas morais expressivas, que a doença não conseguira dre­nar. Seriam essas imperfeições que permitiriam aos seus adversários os meios para as futuras induções obsessivas e novos problemas, visto que os Espíritos perversos e infelizes sempre se utilizam das tendências negati­vas daqueles a quem odeiam, para estimulá-las, levando-os, desse modo, às situações penosas, perturbadoras.  Se, ao contrário, o homem se apoia nos recursos de elevação, difícil se torna para seus animosos verdugos espi­rituais encontrar as brechas pelas quais infiltram os seus sentimentos torpes, na sanha da perseguição em que se comprazem. Toda obsessão é, pois, sempre resultado da anuência consciente ou não de quem a sofre, por debilidade moral ou por deficiências de comportamento, que propiciam o intercâmbio. (Cap. 24, pp. 182 a 184) (Continua no próximo número.) 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita