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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 317 - 23 de Junho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 17)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Podemos dizer que nenhuma existência física se encontra entregue ao azar?  

Sim. É o próprio autor desta obra, Manoel P. de Miranda, quem o afirma. Segundo ele, de igual modo ninguém se encontra distante de carinhosa ajuda e de socorros providenciais. Da mesma forma que a faixa mais larga das reencarnações ocorre através de fenômenos automatistas, numa programática coletiva, esta não se dá sem que os superiores encarregados dos renascimentos, na Terra, tomem conhecimento cuidadoso e ofere­çam, através de equivalentes ocorrências programadas, os meios a isso ne­cessários. (Painéis da Obsessão, cap. 21, pp. 166 e 167.) 

B. A sobrevida ofertada a Argos teria prazo curto ou longo? 

O prazo da moratória que Argos recebeu não tinha, sob o ponto de vista médico, um tempo definido. Ele poderia, então, ter uma existência calma e longa, isto é, um quinquênio, marchando para um fim compreensível, em razão das suas poucas possibilidades de armazenamento de oxigênio na reduzida câmara pulmonar. Em seu caso, a tendência natural é de que, com o passar dos anos, diminuiria sua resistência e capaci­dade respiratória. (Obra citada, cap. 22, pp. 168 e 169.) 

C. Que observações fez Irmã Angélica com respeito à influência do luxo e do poder sobre a criatura humana?  

Orientando diretamente o casal Argos e Áurea, Irmã An­gélica lembrou-lhes que o luxo leva à dissipação, e o po­der, não poucas vezes, conduz ao crime. "São raros aqueles que vencem as áspe­ras provações da fortuna, da saúde, do destaque social – advertiu a Men­tora –, pois que se fazem acompanhar de um séquito servil: mentiras, ba­julações, intrigas, calúnias, comandados pelos interesses subalternos que conduzem à loucura...". (Obra citada, cap. 22, pp. 172 a 174.)

Texto para leitura 

78. O grande desafio da reencarnação - Manoel P. de Miranda assevera que existência física nenhuma se encontra entregue ao azar, distante de carinhosa ajuda e de socorros providenciais. Da mesma forma que a faixa mais larga das reencarnações ocorre através de fenômenos automatistas, numa programática coletiva, esta não se dá sem que os superiores encarre­gados dos renascimentos, na Terra, tomem conhecimento cuidadoso e ofere­çam, através de equivalentes ocorrências programadas, os meios a isso ne­cessários. Na razão direta em que esses Espíritos, que repletam comunida­des em aparente desvalimento e grupos sociais menos atendidos, dão curso às suas existências, sincronizam com os mecanismos de ação automática, manipulados por especialistas que os separam pelos valores adquiridos, para atendimentos mais bem cuidados, conforme as realizações de cada um. Quando, porém, se objetivam realizações especiais, os Benfeitores da Vida Maior atendem diretamente os candidatos que se oferecem para a aplicação dos seus valores ético-morais, recuperando-se dos dolorosos compromissos transatos, aceitando os impositivos severos que se fazem necessários para as suas edificações. Como é compreensível, organizam-se planos que são submetidos aos interessados, que logo passam a receber conveniente aten­dimento, de modo a se tornar remoto o fracasso, que pode ocorrer, visto que o livre-arbítrio responde sempre pela opção de fazer ou não, de ele­ger o bem ou o mal para si mesmo, o prazer de agora ao invés da felici­dade amanhã, custando tormentoso tributo, pesado ônus, para quantos re­tornem, vencidos e fracassados, por invigilância, engodo ou presunção.

Sob este ponto de vista, o casal (Áurea e Argos) conhecia as responsabilidades que lhe diziam respeito, embora de forma inconsciente. Chegava, pois, o momento em que, encerrando-se um capítulo de sua existência corpórea, se inicia­ria a etapa mais delicada dessa mesma  existência, onde ambos deveriam esforçar-se por prosseguir fiéis ao Senhor e ao bem que lhes cumpria rea­lizar. O mesmo objetivo se apresenta a todos nós: lutar pelo aprimora­mento íntimo, aplicando todas as forças para vencer as más inclinações e burilar as tendências superiores, tornando-as mais sensíveis às conquis­tas espirituais relevantes. Esse é o grande desafio da reencarnação, que deverá ser vencido através de esforço diário, constante e especial. (Cap. 21, pp. 166 e 167) 

79. Chegou o dia da despedida de Argos - A proximidade da alta trouxe grande contentamento a Argos e sua esposa. Aquele período de in­ternamento fora abençoada escola de aquisição de experiências e de repa­ração de grande parte da dívida que lhes pesava na economia da reencarna­ção. Se o capital das dores fora expressivo, não se podia olvidar a soma de valores positivos através de amigos abnegados que lhes ofereceram apoio e interesse fraternal, abrindo-lhes as portas do coração e do lar, minimizando-lhes a aspereza dos testemunhos. Afinal, a vida não são ape­nas as aflições que maceram, mas o somatório das experiências, nas quais o bem predomina, por meio de criaturas que se transformam em anjos tute­lares, encarregados de colocar beleza e cor nas sombras dos caminhos.

A notícia do restabelecimento de Argos levou a própria Madre superiora do Hospital às lágrimas. Chegado o momento das despedidas, o médico, emocio­nado, esclareceu Áurea, sorridente: "É certo que existem milagres, pois estamos diante de um deles. Agora, é necessário preservar a conquista e sabermos valorizar o cometimento, não nos excedendo em otimismo e em perspectivas demasiado ambiciosos..." Após ligeira pausa, o especialista concluiu: "Argos, sob o ponto de vista médico, adquiriu uma sobrevida de prazo não definido. Poderá ter uma existência calma e longa, isto é, um quinquênio, marchando para um fim compreensível, em razão das suas poucas possibilidades de armazenamento de oxigênio na reduzida câmara pulmonar. A tendência natural é de que irão diminuindo a sua resistência e capaci­dade respiratória, sendo-lhe a morte um tanto dolorosa... Enquanto isso não ocorrer, vivam em felicidade comedida, tendo em vista os limites or­gânicos de que ele se encontra possuidor, o que não obstará a realização de uma vida quase normal". (Cap. 22, pp. 168 e 169) 

80. Vigilância e humildade constituem roteiro seguro - A equipe es­piritual acompanhou com atenção os preparativos da despedida de Argos. Dr. Arnaldo, que se encarregava da assistência mais direta a ele, não es­condia suas emoções, reconhecido à misericórdia divina. De noite, no jardim fronteiriço ao Hospital e próximo do pavilhão central, Irmã Angé­lica presidiu nova reunião com a presença do casal que deixaria, no dia imediato, o Sanatório. A noite esplêndida respirava o perfume do bosque e das flores e havia uma melodia que perpassava na leve brisa, emoldurando de poesia e som a paisagem de beleza lírica. Dr. Arnaldo e Bernardo trou­xeram Argos e Áurea, que se encontravam irradiando felicidade. Era muito diferente o aspecto de que se revestiam então, em relação às outras ve­zes. É que a alegria natural rompe os grilhões do desequilíbrio e li­berta as almas que anelam por lograr voos mais altos. A Benfeitora, que irradiava toda a beleza espiritual de que era detentora, portava uma in­dumentária larga, que lhe caía aos pés, acompanhada de um manto em suave tom azul. Após abraçar o jovem casal, Irmã Angélica foi muito clara em sua alocução, dizendo-lhes: "Encerramos hoje um ciclo feliz das suas existências carnais. Graças ao divino amparo que não podemos esquecer, foram superados vários problemas e dificuldades, entre reflexões e penas a que fizeram jus, no programa de crescimento para a vida. O Senhor, que nos não regateia concessões, forneceu-nos os recursos preciosos para os resultados ditosos que ora recolhemos. Abrem-se-lhes, diante do futuro, novas oportunidades que lhes cumpre saber utilizar, com a necessária sa­bedoria, jamais olvidando a gratidão e o espírito de serviço de que foram objeto, nas doações que lhes chegaram por parte de muitos corações bondo­sos... Vocês poderão escolher o prolongamento da felicidade, se optarem pela renúncia, ou o sofrimento inesperado, decorrente de muitos desencan­tos, se preferirem o século... Esta ser-lhes-á  uma existência de lutas e redenção, nunca de quimeras e futilidades. O investimento superior é muito alto para ser desperdiçado, irresponsavelmente. Cristo ou César, na sua faina de crescimento ou queda. Muitas vezes, a utopia lhes armará ci­ladas e as ambições que lhes dormem no inconsciente programarão voos im­possíveis... Cuidado, meus filhos! Nem sempre é róseo e azul o firmamento de quem aspira alcançar as estrelas. Além da atmosfera há sombras nos espaços infinitos, até que o raio luminoso encontre matéria de qualquer na­tureza que lhe reflita a claridade. Assim também, alegoricamente, ocorre na ascensão das almas... A vigilância e a humildade constituem roteiro de segurança para a marcha. Renovem-se na fé e adquiram resistências na ação do bem. O corpo é um escafandro que abafa as lembranças e, às vezes, con­funde-as. Na meditação e no serviço vocês encontrarão a rota de equilí­brio". (Cap. 22, pp. 170 a 172) 

81. A promoção que devemos almejar é a do labor com o Cristo - Irmã An­gélica lembrou a Argos e esposa que o luxo leva à dissipação, e o po­der, não poucas vezes, conduz ao crime. "São raros aqueles que vencem as áspe­ras provações da fortuna, da saúde, do destaque social – advertiu a Men­tora –, pois que se fazem acompanhar de um séquito servil: mentiras, ba­julações, intrigas, calúnias, comandados pelos interesses subalternos que conduzem à loucura..." "A promoção verdadeira que nós devemos dispu­tar é a do labor com o Cristo e o grupo social onde nos deveremos desen­volver é constituído pelos sofrimentos dos nossos irmãos, aos quais deve­remos atender, já que não desconhecemos o contributo que se paga, quando se está  sob os açoites do desespero, da enfermidade e da solidão." Emocio­nada, Angélica mostrou ao casal que eles se encontravam muito comprometi­dos com o passado, no qual ficaram em abandono irmãos vitimados por ódios devoradores, que morreram, sim, mas não se libertaram e, na loucura em que submergiam, amargurados, prometiam justiça com as próprias mãos. "É indispensável refazer caminhos; faz-se inadiável o dever de re­parar", ad­vertiu a Benfeitora. "Qualquer bem ou mal realizado à Vida, nós o credi­tamos, cabendo aos soberanos códigos programar o reajuste, o equilí­brio..." Felipe, a vítima deles, estivera por algum tempo afastado, mas não liberado dos sentimentos de desforço. E, com certeza, voltaria e os enfrentaria, e só o amor puro e a ação superior poderiam modificar-lhe os painéis íntimos da alma. "Larga e contínua se lhes apresenta a estrada da reparação, aguardando", asseverou Irmã Angélica. "Adiante, meus filhos, porém com Jesus!" "Armem-se de abnegação e elevem-se, descendo para aju­dar. Se souberem ser fiéis ao dever, uma claridade superior aben­çoará suas horas e o tormento não se lhes agasalhar  nos corações, nem a dúvida encontrará campo em suas mentes." A Benfeitora fez ligeira pausa e con­cluiu: "Somos uma família espiritual, na qual a ascensão de alguém a to­dos eleva e qualquer queda a todos aflige. A união no compromisso do bem é o élan do êxito, e o desvio, a separação mesmo que prazerosa, de hoje, é alarme para amanhã. Em qualquer situação, no entanto, Jesus vela e nos espera". (Cap. 22, pp. 172 a 174) (Continua no próximo número.) 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita