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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 316 - 16 de Junho de 2013

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 


Reflexões sobre o tempo
 

(...) “Com a utilização fecunda do tempo e a reflexão edificante, a vida torna-se mais enriquecida e bela”.
  - Joanna de Ângelis¹


Nós, que estudamos a Doutrina Espírita, não ignoramos quantos abnegados benfeitores espirituais cooperam para que cada um de nós possa retornar ao campo das experiências práticas evolutivas. Por essa razão, Emmanuel² nos fala das circunstâncias harmoniosas que nos cercam a existência terrena, para que nosso aperfeiçoamento espiritual transcorra dentro dos programas estabelecidos, pois as leis que regem a criação são leis de amor, a nos falar de solidariedade entre os seres e os mundos. 

O próprio planeta se perde na noite dos tempos, assim como bilhões de anos passaram até que a Terra se transformasse em aconchegante regaço, onde pudéssemos fazer nosso estágio evolutivo. Os elementos de todos os reinos da Natureza – mineral, vegetal e animal – com não menos larga parcela de tempo para serem formados, oferecendo-nos tudo aquilo de que necessitamos para nossa sobrevivência material. É a Natureza nos servindo, por misericórdia de Deus. Ainda dentro desse foco, se olharmos para o espaço observaremos os astros, também, com incontáveis séculos para serem formados, garantindo as condições de vida na Terra e em outros planetas. Em tudo surge o tempo atuando em nosso benefício. 

Alguém perguntou certa vez a um astrônomo: “O que aconteceria na Terra se a Lua fosse destruída?” O astrônomo respondeu que as espécies que dependem das marés para se desenvolverem e sobreviverem seriam afetadas, como, também, os movimentos de rotação e translação do planeta. Com a alteração das marés, continuou ele, a Terra sofreria um resfriamento, porque as imensas placas da Crosta que boiam sobre o magma atritam-se por influência dos movimentos das marés, e é esse atrito que mantém aquecida a temperatura interna do planeta. Assim, a Lua, humilde satélite da Terra, tem função vital para a manutenção da vida no orbe.  

Deus não cria nada inútil. Tudo tem uma função. Conosco é a mesma coisa, pois também temos nossa função: estamos trabalhando no nosso progresso espiritual e nesse processo nos transformando em cooperadores da obra divina. Por essa razão retornamos, continuamente, tantas vezes quanta forem necessárias à matéria, a fim de nos aperfeiçoarmos, aprendendo a compreender e a praticar o Amor, em obediência aos desígnios de Deus. Em cada retorno, dispomos de vários recursos que podem ser usados em nosso benefício: a inteligência, o livre-arbítrio, o corpo material, a vontade e o tempo. Assim, entre o nascer e o morrer temos, à nossa disposição, imensas possibilidades de realizar o melhor em nosso proveito e de tudo o que nos cerca, sejam pessoas ou a Natureza. 

Mas, será que estamos aproveitando bem esse tempo? A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo. Senão, vejamos: quando examinamos a anatomia do nosso corpo vemos milhões de células que se agrupam formando órgãos, sistemas interligados, funcionando harmonicamente como uma máquina perfeita, para que o Espírito (nós) que a utiliza possa se manifestar na vida material. Da concepção ao momento do renascimento foram necessários nove meses. E até atingirmos a maturidade espiritual, quanto tempo passará? Cada um de nós tem seu tempo, mas em média, levamos – reencarnados – de vinte e cinco a trinta anos para iniciarmos a tarefa à qual nos propomos. E se refletíssemos sobre o período anterior à concepção, poderíamos perguntar: quantos séculos foram necessários para que pudéssemos nos preparar, programar a nossa reencarnação? A Misericórdia Divina permitiu que cada um de nós conquistasse a bênção de um novo tempo para nossa evolução. 

Voltamos a insistir: Será que estamos aproveitando essa oportunidade que nos foi concedida para cumprir a nossa tarefa? 

Emmanuel² apresenta–nos outra questão: é certo que todo homem conte com o tempo para sua realização profissional, pessoal, social ou espiritual; e se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho? Para que nos servirá? 

Essa questão deixa implícito que a saúde, o equilíbrio, a iluminação e a oportunidade de trabalho dependem da nossa participação. O benfeitor espiritual adverte-nos sobre isso, porque são raros aqueles que valorizam o dia. Ao contrário, o comum é o uso da expressão “matar o tempo”, mostrando a inconsciência, ainda tão presente em nós, no que se refere a essa dádiva divina. Chama-nos a atenção para a importância que tem um dia de paz, de harmonia, de iluminação em nosso próprio auxílio, na execução das Leis de Deus. Garantir condições de paz, de harmonia e de iluminação para que a execução das tarefas, que nos compete realizar, são de nossa responsabilidade, frente as Leis do Trabalho e Progresso.  

Destaca, ainda, a criatura humana envolvida pelos interesses materiais, dedicando tempo e esforço na conquista de bens transitórios e que, retornando ao Plano Espiritual, chega com a obra incompleta, necessitando recapitular todo o aprendizado, as mesmas experiências – às vezes com maiores dificuldades que a anterior – no mesmo patamar evolutivo, porque viveu leviana e  inconsequentemente, complicando a própria jornada espiritual.  

Enquanto jovem na carne, a criatura humana age como uma criança que desconhece o valor do tempo. “Geralmente, contudo, quando a maturidade aparece e a alma já possui relativo grau de educação, o homem reajusta, apressado, a conceituação do dia. A semana é reduzida para o que lhe cabe fazer.” ³ É nessa fase que ele se agita, inquieta-se, desdobra-se tentando multiplicar suas forças. E a morte do corpo encontra-o em atitude de expectativa ou de prazeres, sem lhe dar chance de recuperar o tempo perdido. 

Sob risco de dolorosos retornos, fiquemos vigilantes quanto ao tempo usado para nossa elevação espiritual. Não é sem motivo que Joanna de Ângelis nos adverte com extrema sabedoria: Hora vaga? Jamais!

 

Bibliografia: 

1 – Joanna de Ângelis (Espírito) – Libertação pelo Amor - [psicografado por] Divaldo P. Franco – 3. ed. – Salvador, BA, LEAL editora, 2005, p.163

2 - Emmanuel (Espírito) – Caminho, Verdade e Vida - [psicografado por] F. C. Xavier – FEB editora, 17. ed., Rio de Janeiro – RJ – Lição 01.

3 - Fonte Viva – idem, 17. ed., Rio de Janeiro – RJ – Lição 10.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita