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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 316 - 16 de Junho de 2013

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 

Aprendizado do amor

 
Reclamamos muito e nada ou pouco fazemos para mudar a nós mesmos. Ansiamos por reformar os demais. Queixamo-nos uns dos outros e nos agredimos, mental ou verbalmente.

É mais do que tempo de nos movermos para o Amor, ainda que lentamente.

E, quando o fizermos, conquistaremos “(...) a paz de Deus, que excede todo o entendimento, (...).” – Paulo, Fp 4:7.

Aprenderemos a exercitar a caridade, conforme nos lecionam os Espíritos, na questão 886, de O Livro dos Espíritos

         “886.  Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia?

Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

E só o faremos exercitando a compaixão, nas variadas circunstâncias da vida.

Assim, a pouco e pouco, esse belo sentimento implantar-se-á em nosso íntimo.

Construamos obras externas – necessárias e úteis, sim, se nelas cultivarmos o amor incondicional –, mas priorizemos a transformação interior, eis que só ela nos conduzirá ao progresso real, que nos harmonizará com as Leis de Deus.

Esta a construção definitiva e, portanto, a mais importante.

A fé sem obras é morta; mas estas, sem o Amor, são vazias, dispensáveis e inúteis.

Movidos pela compaixão, seremos mais produtivos, afáveis, fraternos; e cultivaremos, ao mesmo tempo, outras virtudes preciosas: a amizade, a indulgência, a paciência, a solidariedade, a aceitação do outro como ele é. Cresceremos todos, juntos, construindo, a pouco e pouco, a felicidade perene.

Dificuldades e crises oferecem-nos oportunidades de crescer para o amor. São estes os momentos mais preciosos de nossas vidas.

Se as superarmos, com fraternidade, seremos promovidos, na escala espiritual. Ou não, se as desperdiçarmos.

É o que nos exemplifica o Espírito André Luiz, em Nosso Lar, quando de seu retorno à família, no lar terreno, ao socorrer o padrasto de seus filhos. Sua generosidade elevou-o à condição de “Cidadão de Nosso Lar”. Ao vencer a si mesmo, foi promovido espiritualmente.

*

Ao contrário, com o desamor, a irritação, a indiferença, banimos o diálogo, o afeto, a simpatia e nos agredimos uns aos outros.

“Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.” – José, Espírito protetor.1 

Imitemos o Bom Samaritano, com aqueles que os céus nos enviam, necessitados ou feridos, à margem do caminho evolutivo; ou com os demais, de diversas condições, carentes de oportunidades, para que também cresçam e deem sua cota de amor à obra do Cristo.

Aqueles que hoje seguem conosco, enfermos, problemáticos, serão curados pela ação silenciosa, plena de misericórdia, de nosso amado Mestre! Transformados, agirão também na divulgação da mensagem cristã, nesta ou em futuras encarnações!

Dois significativos exemplos dessa natureza nos são oferecidos no livro Paulo e Estêvão.

Em primeiro lugar, o deste último, após ser socorrido na Casa do Caminho, aonde chegou enfermo, débil. Amparado e esclarecido na humilde e abençoada escola de almas, tornou-se ali dedicado trabalhador, até o momento final de sua existência, no doloroso martírio, em Jerusalém.

O segundo exemplo é o do próprio Saulo, ao encontrar e compreender Jesus! A partir daí, serviu e amou – numa das mais belas transformações porque passou um ser humano, com renúncias e o esquecimento de si mesmo, a ponto de afirmar, quase ao fim daquela existência, que

“(...) já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (...)”.2 – Paulo, Gl, 2:20

Também ele, em Roma, foi submetido ao martírio, havendo sido degolado!

Libertado do corpo, foi recebido por Jesus – ladeado por Estêvão e Abigail – que lhe afirma:

“(...) Vem, agora, a meus braços, pois é da vontade de meu Pai que os verdugos e os mártires se reúnam, para sempre, no meu reino!...”3

Ainda em Paulo e Estêvão, lemos que Pedro, em momentos difíceis, pensou em se afastar de Jerusalém, vencido, derrotado. Numa noite, enquanto orava, sentiu que alguém se aproximava suavemente:

“Era o Mestre! (...) Fitou-me grave e terno e falou:

– Pedro, atende aos ‘filhos do Calvário’, antes de pensar nos teus caprichos!”3

Todos pagaram elevado preço para o aprendizado do amor. A nós não nos pede tanto o Divino Mestre!

Aprendamos também a atender aos ‘filhos do Calvário’, à nossa volta, familiares, ou não!

 

Referências:

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. reimp. Rio de Janeiro, FEB, 2011. Cap. 10, it. 16.

2. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

3. XAVIER, Francisco C. Paulo e Estêvão. Pelo Espírito Emmanuel. 23.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. Pt 2, Cap. 10, p. 553 e 390, respectivamente.



 


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