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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 316 - 16 de Junho de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 16)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que efeitos imediatos se observam quando são tomadas as primeiras providências para a terapia desobsessiva?

Conforme o caso, dois costumam ser esses efeitos: 1º) a revolta do inimigo, que muda a técnica da agressão, reformulando a sua programática perseguidora, mais atacando a presa com o objetivo de desa­nimá-la; 2º) o obsessor enseja uma falsa concessão de liberdade, isto é, afrouxa o cerco, antes pertinaz, permanecendo, porém, em vigília, aguardando opor­tunidade para desferir um assalto fatal, no qual triunfem seus planos infelizes.

Na primeira hipótese, a vítima, não adestrada no conhecimento da desobsessão, porque se sente piorar, planeja abandonar o procedimento novo, o que, às vezes, rea­liza, permitindo à astuta Entidade liberá-lo, momentaneamente, das sen­sações constritoras para o surpreender, mais tarde, quando as suas reser­vas de forças sejam menores. No segundo caso, sentindo-se menos opresso, o obsidiado se crê desobrigado dos novos compromissos e volve às atitudes vulgares de antes, tombando, posteriormente, na urdidura hábil do seu vigilante carcereiro espiritual. (Painéis da Obsessão, cap. 20,  pp. 157 e 158.)

B. É correto afirmar que todo obsidiado de hoje é o algoz de ontem?

Na obsessão motivada por vingança, sim. Segundo Irmã Angélica, o obsidiado de hoje é o algoz de ontem que passou sem a conveniente correção moral, ora tombando na maldade que ele próprio cultivou. (Obra citada, cap. 20, pp. 158 e 159.)

C. Que atitude deve tomar o enfermo psíquico para lograr êxito na terapia desobsessiva?

Ele deve, antes de tudo, esforçar-se visando à sua reeducação mental, adaptando-se às ideias otimistas, aos pensamentos sadios, às construções edificantes. Nesse sentido, tornam-se imperiosas as leituras iluminativas, a oração inspiradora, o trabalho re­novador, até que se criem hábitos morigerados, propiciadores de paisagem mental abençoada pelo reconforto e pelo equilíbrio. Segundo Irmã Angélica, nem sempre a cura da obsessão ocorre quando são afasta­dos os pobres perseguidores, mas somente quando os seus companheiros de luta instalam no mundo íntimo as bases do legítimo amor e do trabalho fraternal em favor do próximo, tanto quanto de si mesmos, através do cum­primento reto dos deveres. (Obra citada, cap. 20, pp. 159 a 161.)

Texto para leitura

74. As táticas dos obsessores - O júbilo de Irmã Angélica com o su­cesso do cometimento da noite era visível, porque, evidentemente, ade­rindo Maurício às hostes do bem, tornar-se-iam mais fáceis as futuras conquistas e tudo haveria, com certeza, de transcorrer em clima de melho­res possibilidades. A Benfeitora ouviu essas observações feitas por Phi­lomeno, mas ponderou: "De fato, o passo que foi dado é muito significa­tivo no processo liberativo do nosso amigo. No entanto, não desconhecemos que surgirão graves desafios, e embates vigorosos, contínuos, deverão ser travados ainda, a fim de que, a pouco e pouco, ele se desenovele do ci­poal em que se enroscou através dos tempos. A obsessão é resultado de um demorado convívio psíquico entre os dois Espíritos afins, seja pelo amor que desatrela as paixões inferiores ou através do ódio que galvaniza os litigantes, imanando-os um ao outro com vigor". "Quando são tomadas as primeiras providências para a terapia desalienante –   acentuou Angélica – surgem os efeitos mais imediatos, como decorrência dessa atitude: 1º) a revolta do inimigo, que muda a técnica da agressão, reformulando a sua programática perseguidora, mais atacando a presa com o objetivo de desa­nimá-la; 2º) enseja uma falsa concessão de liberdade, isto é, afrouxa o cerco, antes pertinaz, permanecendo, porém, em vigília, aguardando opor­tunidade para desferir um assalto fatal, no qual triunfem os seus planos infelizes. Na primeira hipótese, a vítima, não adestrada no conhecimento da desobsessão, porque se sente piorar, raciocina, erradamente, que a me­dicação lhe está  sendo mais prejudicial do que a enfermidade e, inspirada pelo cômpar, planeja abandonar o procedimento novo, o que, às vezes, rea­liza, permitindo à astuta Entidade liberá-lo, momentaneamente, das sen­sações constritoras para o surpreender, mais tarde, quando as suas reser­vas de forças sejam menores e os recursos de equilíbrio se façam pouco viáveis... No segundo caso, sentindo-se menos opresso, o obsidiado se crê desobrigado dos novos compromissos e volve às atitudes vulgares de antes, tombando, posteriormente, na urdidura hábil do seu vigilante carcereiro espiritual." A Benfeitora lembrou então a afirmativa de Jesus (Lucas, 11:24-26) de que "o Espírito imundo, ao sair do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso, e não o achando diz: Voltarei para minha casa donde saí; ao chegar, acha-a varrida e adornada. Depois vai e leva con­sigo mais sete Espíritos piores do que ele, ali entram e habitam. O úl­timo estado daquele homem fica sendo pior do que o primeiro". (Cap. 20, pp. 157 e 158)

75. Na terapia o esforço do obsidiado é fundamental - "Sempre é con­veniente recordar – prosseguiu Irmã Angélica – que todo obsidiado de hoje é o algoz de ontem que passou sem a conveniente correção moral, ora tombando na maldade que ele próprio cultivou". "Como é compreensível – acentuou a Instrutora –, o vício mental decorrente da convivência com o hóspede gera ideoplastias perniciosas de que se alimenta psiquicamente o hospedeiro. Mesmo quando afastado o fator obsessivo, permanecem, por largo tempo, os hábitos negativos, engendrando imagens prejudiciais que constituem a psicosfera doentia, na qual se movimenta o paciente. Um dos mais severos esforços que os enfermos psíquicos por obsessão devem movi­mentar é o da reeducação mental, adaptando-se às ideias otimistas, aos pensamentos sadios, às construções edificantes. Neste capítulo, tornam-se imperiosas as leituras iluminativas, a oração inspiradora, o trabalho re­novador, até que se criem hábitos morigerados, propiciadores de paisagem mental abençoada pelo reconforto e pelo equilíbrio." Irmã Angélica enfa­tizou, então, que nem sempre a cura da obsessão ocorre quando são afasta­dos os pobres perseguidores, mas somente quando os seus companheiros de luta instalam no mundo íntimo as bases do legítimo amor e do trabalho fraternal em favor do próximo, tanto quanto de si mesmos, através do cum­primento reto dos deveres. Ninguém espere milagres; o esforço e a dedica­ção são fundamentais nessas conjunturas. É por isso que a saúde mental que decorre da liberação das alienações obsessivas se faz difícil, porque ela depende, sobretudo, do enfermo e do seu máximo esforço. Persistindo nos pensamentos edificantes, o indivíduo produz energia positiva que des­trói os chamados "cascões mentais" em que se envolve, ensejando-se ap­tidões para o trabalho abençoado e para a paz. Liberado dos inimigos que ora o afligem, defrontará mais tarde outros problemas, que chegarão su­cessivamente, até o momento da liberdade plena. Ninguém espere, portanto, repouso e prazer, nem anele, de imediato, por comodidade e bem-estar que não merece. A Terra é mãe generosa e a existência carnal constitui ensejo reparador, salvo raras exceções, quando o Espírito se encontra em minis­tério missionário e propulsionador do progresso da Humanidade, e mesmo assim a dor, a soledade e os testemunhos de todos os tipos não lhe ficam à margem. Jesus ensinou-nos que o crescimento para Deus somente se dá através da lapidação íntima, através do labor da fraternidade verdadeira entre as criaturas do caminho de nossa evolução. Começava, pois, para Maurício uma frente de trabalho nova, cujas lutas se arrastariam por muito tempo, a depender dele próprio. (Cap. 20, pp. 158 a 161)

76. O estado de Argos melhora sensivelmente - Com o passar do tempo, melhores se tornavam as possibilidades de recuperação para Argos. Seu or­ganismo se adaptava à nova conjuntura e, principalmente, como decorrência da moratória que lhe fora concedida, do psicossoma fluía a vitalidade mantenedora do equilíbrio celular, fomentando a sua perfeita estabilidade e renovação, bem como o procedimento regular no finalismo biológico. Con­tribuíam também para isso a mudança de atitude mental do paciente e a as­sistência fluidoterápica de que se fazia objeto, graças à dedicação do abnegado Bernardo. A perseguição de Felipe fizera-se amainada, seja pelo superior amparo que envolvia sua vítima, em face da interferência de Irmã Angélica, seja porque as matrizes de fixação dos plugs, pelos quais se imantavam os vínculos obsessivos, estivessem modificadas na sua estru­tura, impedindo o prosseguimento temporário do desforço. Reiteradas ve­zes vilipendiado pelo atual padecente, Felipe adestrara-se em métodos de cobrança, fazendo-se acompanhar de comparsas que lhe prestavam atendi­mento, enquanto ele, por sua vez, se submetia a outras mentes mais impie­dosas, que se julgavam governantes de regiões inditosas da Erraticidade inferior. As sucessivas terapias fluídicas, reativando o tom vibratório de Argos, envolviam-no numa redoma de energias de teor diverso do habi­tual, impeditivas da interferência dos inimigos sandeus. Vendo a assis­tência que lhe era prestada, o clã perturbador reconheceu a necessidade da trégua, confiando em que o tempo lhe devolveria mais tarde o paciente. Dr. Vasconcelos (o médico encarnado que cuidava de Argos) não ocultava seu júbilo ante as disposições do seu cliente. Embora não contasse com o restabelecimento físico do jovem, exultava com as auspiciosas respostas orgânicas e comentava, emocionado, a respeito das surpresas boas que de­parava naquele quadro de caráter alarmante. Não há  dúvida – lembra Phi­lomeno – que o desconhecimento da vida espiritual, causal, suas leis e ações, responde pelas perplexidades que tomam não pequeno número de pes­soas que trabalham pelo progresso da Humanidade, os quais acabam atri­buindo certos efeitos à obra do acaso. Era esse precisamente o caso do Dr. Vasconcelos. (Cap. 21, pp. 162 e 163)

77. Um retorno meticulosamente planejado - O médico prometeu a Argos alta hospitalar para breve e Áurea não cabia em si de contentamento, an­tecipando pela imaginação, cheia de esperanças, os dias futuros e dese­nhando planos de felicidade porvindoura. Jovem ainda, faltava à esposa de Argos muito aprender e experimentar. No seu processo de renascimento fora realizado um trabalho de alto coturno, desde o estudo do seu passado até à programação futura, visto que sua existência atual era considerada de importância crucial para sua vida de Espírito eterno. Irmã Angélica ava­lizara pessoalmente o seu retorno, investindo seus títulos de enobreci­mento e intercedendo junto aos programadores especiais de reencarnações, porque acolhera os propósitos de crescimento da afilhada espiritual, que se comprometia a trabalhar e trabalhar, transformando-se em mãe da carne alheia e irmã dos "filhos do Calvário", com o que transformaria o passado de trevas em esperança de amanhã ditoso. O reencontro com Argos foi orga­nizado pelo plano espiritual. A empresa não seria fácil, tendo em vista os gravames que pesavam na economia espiritual dos futuros consortes. Por isso, Áurea recebera cuidados especiais e preparação adequada para os compromissos de edificação do bem. Mapas da organização física foram tra­çados com detalhes cuidadosos, e recursos psíquicos receberam providên­cias específicas, objetivando-se o exercício da mediunidade, sendo-lhe aplicados "banhos magnéticos" para apagar lembranças que não deveriam participar dos primeiros períodos juvenis, a fim de evitar que reminis­cências afetivas malogradas lhe perturbassem o comportamento, na hora do testemunho. Desse modo, cuidou-se de criar bloqueio na  área da memória, que o tempo liberaria, quando novos testemunhos de  áspera renúncia lhe exigissem definição correta de atitudes para a vitória real. Argos, que mantinha altas cargas de orgulho e mágoa, remanescentes dos dias idos, recebeu o patrimônio carnal condizente com as "leis de causa e efeito", facultando-lhe a recuperação dos deveres malbaratados. Cabia-lhe, agora, uma real atitude positiva diante da existência, abençoada pela moratória, entregando-se ao bem e o bem fazendo, quanto lhe estivesse ao alcance, até o sacrifício de si mesmo. Não se tratava de uma aventura, nem de uma realização improvisada. As duas vidas receberam tratamento especial, que se alongava em caráter de muita assistência, a fim de que não malograsse tão valioso investimento, porque cada criatura recebe de acordo com as necessidades da própria evolução. (Cap. 21, pp. 164 e 165) (Continua no próximo número.) 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita