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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 316 - 16 de Junho de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 



E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 1)

Iniciamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Depois de dizer que, no Além, a vida de cada pessoa se especifica conforme a condição mental em que se coloque, Emmanuel fez séria advertência. Que disse ele?

Disse Emmanuel que quanto maior a cultura de um Espírito encarnado, mais dolorosos se lhe mostrarão os resultados da perda de tempo; quanto mais rebelde a criatura perante a Verdade, mais aflitivas se lhe revelarão as consequências da própria teimosia. Emmanuel lembrou também que nenhuma construção digna se efetua sem a cooperação do serviço e do tempo. A precipitação e a violência não constam dos Planos Divinos. “Encontramos, na vida post mortem, o retrato espiritual de nós mesmos com as situações que forjamos, a premiar-nos pelo bem que produzam ou a exigir-nos corrigenda pelo mal que estabeleçam.” (E a Vida Continua, Prefácio de Emmanuel, pp. 7 e 8.)

B. Ainda bem jovem, Evelina Serpa teve de submeter-se a um aborto. Por que isso ocorreu?

Evelina Serpa casou-se aos vinte anos. Dois anos após o enlace veio a gravidez e, com ela, séria doença. Foi essa enfermidade que a obrigou a realizar, por recomendação de ginecologistas, o aborto terapêutico. Desde então, a vida se lhe transformou em vereda de lágrimas, fato que se ampliou com o comportamento do esposo, Caio, que perdera por ela o interesse afetivo e passara a interessar-se por uma jovem desimpedida. (Obra citada, cap. 1, pp. 11 a 13.) 

C. Na estância de repouso em que se preparava para uma cirurgia, Evelina conheceu Ernesto Fantini. É verdade que ambos lidavam com a mesma doença?

Sim. Ernesto Fantini disse-lhe que tinha um tumor na suprarrenal e descreveu os sintomas do mal que sentia. Evelina disse-lhe que conhecia bem tudo isso, porque, em verdade, eles sofriam da mesma enfermidade. (Obra citada, cap. 1, pp. 13 a 15.) 

Texto para leitura 

1. E a Vida Continua... – No prefácio da obra, Emmanuel diz-nos que os graus de conhecimento e responsabilidade variam ao infinito. Os planos de vivência para os habitantes do Além se personalizam de múltiplos mo­dos, e a vida para cada pessoa se especifica conforme a condição mental em que se coloque. "Quanto maior a cultura de um Espírito encarnado – assevera Emmanuel –, mais dolorosos se lhe mostrarão os resultados da perda de tempo. Quanto mais rebelde a criatura perante a Verdade, mais aflitivas se lhe revelarão as consequências da própria teimosia." O Ins­trutor lembra-nos também que a sociedade, para lá da morte, carrega con­sigo os reflexos dos hábitos a que se afeiçoava no mundo. Nenhuma construção digna se efetua sem a cooperação do serviço e do tempo. A precipitação e a violência não constam dos Planos Divinos. Encontramos, na vida post mortem, o retrato espiritual de nós mesmos com as situações que for­jamos, a premiar-nos pelo bem que produzam ou a exigir-nos corrigenda pelo mal que estabeleçam. E a vida continua, sempre plena de esperança e trabalho, progresso e realização, em todos os distritos da Vida Cósmica, ajustada às leis de Deus.  (Prefácio, pp. 7 e 8.) 

2. O caso Evelina - Evelina Serpa afastara-se do bulício caseiro e fora a uma estância de repouso em Minas Gerais, a conselho médico, prepa­rando-se para delicada cirurgia que a esperava. Casara-se seis anos an­tes. Tudo, a princípio, fora felicidade. Dois anos após o enlace veio a gravidez e, com ela, séria doença que a obrigou a realizar, por recomendação de ginecologistas, o aborto terapêutico. Desde então, a via­gem da vida se lhe transformara em vereda de lágrimas. Caio, o esposo, perdera por ela o interesse afetivo e passara para o domínio de uma jovem solteira. O desencanto e o isolamento que padecia em casa talvez fossem os fatores desencadeastes das crises terríveis de opressão que periodica­mente expe­rimentava na área cardíaca. Sofria então náuseas, dores de ca­beça, sensação de frio geral, que se faziam acompanhar por impressões de queimadura nas extremidades e aumento sensível da pressão arterial. Eve­lina, nessas ocasiões, sentia-se prestes a morrer. Vinham em seguida as melhoras, para cair, depois, na mesma condição de crise, bastando para isso que os contratem­pos com o esposo se repetissem. Arruinara-se-lhe a resistência, esvaíam-se-lhe as forças... Por mais de dois anos, vagueara de consultório a consultório, até que os especialistas diagnosticaram que somente uma delicada cirurgia poderia recuperá-la. Ela estava, porém, re­ceosa, porque algo lhe dizia ao campo intuitivo que a cirurgia talvez lhe impusesse a morte. Sentada num banco de jardim e ouvindo os pardais chil­reantes, ela passou a meditar e a enumerar, então, as aspirações e os fracassos de sua breve existência, exami­nando se valeria a pena furtar-se aos peri­gos da cirurgia, para continuar doente, ao lado de um homem que a despre­zava. Não seria mais razoável aceitar o socorro que a ciência mé­dica lhe ofertava, a fim de recobrar a saúde e lutar por vida nova, caso o marido a abandonasse de todo? Como contava apenas vinte e seis anos, não seria justo aguardar novos caminhos para a felicidade, nos campos do tempo? (Cap. 1, pp. 11 a 13) 

3. Um encontro inesperado - Evelina pensava em seus problemas quando lhe surgiu à frente um cavalheiro maduro, cujo sorriso bonachão lhe in­fundiu, desde logo, simpatia e curiosidade. Era Ernesto Fantini, resi­dente, a exemplo dela mesma, em São Paulo, o qual soubera no hotel onde se hospedara que Evelina passaria por uma cirurgia bastante difícil, tal como estava para se dar com ele próprio. "Tenho a pressão arterial des­trambelhada, o corpo à matroca", informou o inesperado amigo, acrescen­tando: "Há quase três anos, ouço os especialistas. Ultimamente, as radio­grafias me acusam. Tenho um tumor na suprarrenal. Pressinto seja coisa grave". Evelina, muito pálida, declarou conhecer bem tudo isso. "O senhor não precisa contar-me", disse-lhe a mulher. "De quando em quando, deve atravessar a crise. O peito a sufocar, o coração descompas­sado, as dores no estômago e na cabeça, as veias a engrossarem no pes­coço, as sensações de gelo e fogo ao mesmo tempo e a ideia da morte perto..." A descrição feita por ela coincidiu integralmente com o que Er­nesto vinha sofrendo há tempos. Não havia, pois, qualquer dúvida: Evelina Serpa e Ernesto Fantini sofriam da mesma enfermidade, fato que, evidente­mente, não acrescentava à palestra nenhum motivo de animação, apenas tristeza. (Cap. 1, pp. 13 a 15) 

4. A criatura humana é um ser ternário - Sentados à sombra das árvo­res, Ernesto e Evelina viram passar pequeno carro de passeio, que avan­çava lentamente, com grande dificuldade, porque uma das rodas estava par­tida. O jovem boleeiro, a pé, guiava o animal com extremado carinho, dei­xando-o quase livre. Após observar a curiosa cena, Ernesto perguntou-lhe se ela já havia lido algo sobre o espiritualismo. Ante a resposta negativa, ele comentou: "Pois quero dizer-lhe que a charrette ainda agora, sob nossa observação, me fez lembrar certos apontamentos que esquadrinhei nos meus estudos de ontem. O interessante escritor que venho compulsando, numa definição que ele mesmo considera superficial, compreende a criatura humana como um ternário, semelhante ao carro, ao cavalo e ao condutor, os três juntos em serviço..." E, já que ela demonstrara interesse pelo tema, explicou: "O carro equivale ao corpo físico, o animal pode ser comparado ao corpo espiritual, modelador e sustentador dos fenômenos que nos garan­tem a existência física, e o cocheiro simboliza, em suma, o nosso próprio espírito, isto é, nós mesmos, no governo mental da vida que nos é pró­pria. O carro avariado, qual o que vimos aqui, recorda um corpo doente, e, quando um veículo assim se faz de todo imprestável, o condutor aban­dona-o à sucata da natureza e prossegue em serviço, montando consequentemente o animal para continuarem ambos, no curso de sua viagem para diante... Isso ocorreria, de maneira natural, na morte ou na desencarnação. O corpo de carne, tornado inútil, é restituído à terra, enquanto que nosso espírito, envergando o envoltório de matéria sutil, que, aliás, lhe condiciona a existência terrestre, passa a viver em outro plano, no qual a roupa de matéria mais densa para nada mais lhe serve..." (Cap. 2, pp. 16 a 18)  (Continua na próxima semana.)



 


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