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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 314 - 2 de Junho de 2013

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 

A verdadeira realeza

 
Quando Pilatos perguntou:  “És o rei dos judeus?” (João, 18: 33), Jesus respondeu: “Meu reino não é deste mundo. Se  o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não  é daqui”. (João, 18: 36.)

Quando Jesus disse que seu reino não é deste mundo, Ele estava se referindo à vida futura, que, se não existisse, não teria razão de ser a reencarnação, nesta verdadeira escola para o Espírito, na sua marcha evolutiva, aqui na Terra.

Por não acreditarem na vida futura e imaginando que Jesus falava da vida presente, seus julgadores não compreenderam os ensinamentos do Mestre, considerando-os sem lógica e pueris. Os judeus tinham ideias imprecisas sobre a vida futura. Acreditavam nos anjos,  consideravam  os mesmos como os  seres privilegiados da Criação, mas  não tinham noções precisas da evolução do Espírito e achavam que a observância às leis de Deus era recompensada com os bens terrenos, a supremacia de sua nação e as vitórias sobre os inimigos.

Jesus revelou, mais tarde, que há um Mundo Espiritual, onde reina a justiça. É o mundo que Jesus promete aos que andam de acordo com as leis de Deus e onde os bons acharão a sua recompensa. É esse o reino a que Jesus se referia, e ao qual Ele voltaria quando deixasse a Terra.

Existem dois tipos de realeza: a realeza terrestre e a realeza moral. A primeira corresponde às glórias, aos títulos e às honrarias da Terra. Ela se acaba aqui na Terra mesmo. A realeza moral se prolonga e mantém seu poder, sobretudo, após a morte. Sob esse aspecto, Jesus é o mais poderoso rei entre os que reinaram e que reinam na Terra.

A distinção entre uma realeza e outra encontra-se na esclarecedora mensagem dada por uma ex-Rainha de França, constante do item 8 do cap. II (Meu Reino não é deste Mundo) do livro O Evangelho segundo o Espiritismo.

Destacamos alguns trechos:

“... Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! Como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se respeitam na Terra!

Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.”

“Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os  únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.”

É nesse sentido que   Jesus, no ensinamento registrado no Evangelho de Lucas (12:2 e 3), pede que nos acautelemos do fermento dos fariseus:

"Tendo-se juntado milhares de pessoas, de modo que um e outro se atropelavam, começou Jesus a dizer primeiro aos seus discípulos: Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto que se não venha a descobrir; em oculto que se não venha a saber. Por isso, o que dissestes na treva, à luz será ouvido;  o que falastes ao ouvido, no interior da casa, sobre os telhados será proclamado".

Quem conhece o problema das vidas sucessivas sabe que após a morte passamos a viver no Mundo Espiritual, onde não se pode esconder aquilo que se pensa, pois a linguagem dos Espíritos é o pensamento.

Assim sendo,  no Mundo Espiritual,  as pessoas que costumavam, na Terra, falar mal do próximo e fingir amizade na sua presença, encontram grande dificuldade no Mundo Maior, porque estavam a fazer assim na Terra, mas na nova morada não podem fazê-lo, porque, quando querem fingir, o fingimento transparece.

Nas pesquisas de Allan Kardec sobre esse assunto, publicadas na Revista Espírita, há Espíritos que se queixam profundamente das situações em que se encontram, porque não podem fazer nada escondido. Tudo o que querem ocultar está sempre sob os olhos de Entidades espirituais que enxergam tudo quanto fazem, tudo quanto eles pensam, tudo quanto eles sentem.

Por isso, devemos ser leais e sinceros, a fim de evitarmos situações embaraçosas para o nosso Espírito, pois após a morte, se não nos libertarmos na Terra do vício da hipocrisia, nos colocaremos em situações verdadeiramente desesperadoras, revelando aquilo que não queremos revelar.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita