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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 313 - 26 de Maio de 2013

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

O bem existe


“A ação do Bem é sempre discreta e contínua, com metas bem definidas. Não se deixa entorpecer, quando não compreendida, nem estaciona diante dos obstáculos. Porque não almeja promoções pessoais nem apoia individualismos, sempre se renova sem fugir às bases, perseverando tempo afora.” – Joanna de Ângelis. 

Estamos tão invadidos pelo pessimismo das notícias divulgadas pelos vários setores da imprensa de todo o mundo, que ficamos com a sensação de que o mal tomou conta definitivamente dos homens e do planeta em que vivemos. Crimes hediondos, impunidade, abandono de recém-nascidos, morte dos pais pelos próprios filhos, fome como instrumento da morte, injustiça social de toda a sorte despejam em nosso interior, com a nossa autorização, o pessimismo que nos leva ao desequilíbrio, sorrateiramente. Mas, felizmente, o Bem existe em toda a parte do mundo. Não merece a divulgação porque não gera audiência e, por consequência, não proporciona dinheiro. Vamos divulgar uma história empolgante de um homem – Scott Neeson – que deixou a fama, o dinheiro e a celebridade do cinema para cuidar de crianças paupérrimas em Phnom Penh, no Camboja. O relato foi publicado na revista Seleções READER´S DIGEST, de abril de 2013, de autoria de Robert Kiener, páginas 110 a 119.

Scott Neeson, em 2003, ganhava um salário de um milhão de dólares por ano como principal vice-presidente executivo de marketing da Sony Pictures. Antes passara pela 20th Century Fox, onde supervisionara o lançamento de Coração valente, Titanic, Star Wars e X-Men. Apelidado de Sr. Hollywood pela mídia, trabalhava e se divertia com Mel Gibson, Tom Cruise e Harrison Ford. Morava em uma mansão em Beverly Hills, possuía um iate de 12 metros e andava num Porsche 911. Nesse mesmo ano Neeson resolveu pegar um avião e partiu por cinco semanas de mochila e motocicleta para a Ásia. Em Phnom Penh, pretendia passar apenas alguns dias antes de se deparar com seres humanos que viviam como ratos em depósito de lixo daquela cidade. O depósito de lixo de Steung Meanchey era o lar dos mais pobres do país. Nesse local Neeson viu uma criança miúda tão coberta de sujeira que não dava para saber se era menino ou menina. Ao partir de Phnom Penh, Neeson olhou pela janela do seu jato particular enquanto pensava como tinha tanto e aqueles seres humanos confundidos com lixo não tinham praticamente nada! Retornou ao local depois de dizer adeus a Hollywood, ao Porsche, ao iate, à mansão e ao altíssimo salário. Ali fundou o Cambodian Children´s Fund (CFC) com mais de cem mil dólares do próprio bolso. A princípio planejava alimentar e educar 45 crianças. No final do primeiro ano, trabalhava com quase cem. Um ano depois, eram 200. Atualmente dá moradia, alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento vocacional a mais de 1.200 crianças e emprega 445 funcionários. As crianças frequentam a escola pública e complementam a educação com escolas do próprio CFC, onde aprendem inglês e informática. A instituição também tem uma creche para os pequenos e escolinha para cerca de 200 crianças com histórico de agressão e abandono. O lixão foi oficialmente fechado.

Como, então, o Bem não existe? Esse homem, sem ser espírita, talvez sendo espiritualista ou materialista, sentiu-se tocado pelo sofrimento alheio e optou por estar ao lado desses seres humanos que viviam confundidos com o próprio lixo da cidade. Só que, notícias dessa natureza não dão a sintonia suficiente para atrair interessados que gerem lucros. Enquanto um acidente de trânsito ou um crime fixam diante da notícia milhares de pessoas, uma notícia como essa que envolveu Scott Neeson com crianças abandonadas não despertam interesse. Diante de um exemplo gigantesco desse na prática do bem, as atenções passam céleres, talvez se sentindo incomodadas pela própria consciência de nada fazer pelo outro em necessidade imensa.

Ensina Joanna de Ângelis que o Bem pode ser personificado no amor, enquanto o mal pode ser apresentado como lhe sendo a ausência. Tudo aquilo que promove e eleva o ser, aumentando-lhe a capacidade de viver em harmonia com a vida, prolongá-la, torná-la edificante, é expressão do Bem. Entretanto, tudo quanto conspira contra a sua elevação, o seu crescimento e os valores éticos já logrados pela Humanidade, é o mal.

Em sendo assim, entende-se por que num planeta de provas e expiações as notícias de tragédias propiciam o “prato preferido” pela ausência do Bem que ainda caracteriza os corações encarnados no educandário da Terra. Entretanto, mesmo com a nossa preferência pelas notícias de catástrofes, o Bem existe e não interrompe a sua caminhada por ser uma determinação das Leis maiores da Vida.
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita