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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 312 - 19 de Maio de 2013

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)

 
 


O karma e o amor


A palavra Karma ou carma tem sua origem no sânscrito – uma das línguas mais antigas indo-europeias e ainda praticada na Índia. A lei do karma é muito utilizada pelo hinduísmo e o budismo e designada para explicar que todo efeito tem uma causa correspondente, ou seja, toda a atitude praticada, seja ela benevolente ou não, terá uma consequência.

Karma é um termo, portanto, que precedeu a Doutrina Espírita, codificada em 1857 pelo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, que depois da codificação espírita adotou o pseudônimo de Allan Kardec. Observa-se, então, que não é uma palavra de origem espírita, porém muito utilizada por alguns espíritas para abordar o assunto lei de causa e efeito.

Entretanto, há um engano ao se mencionar a nomenclatura karma apenas sob o aspecto negativo, dando a esta palavra uma conotação de “pagar aquilo que se fez de errado”. Não é bem assim. A questão não está em pagar, quitar ou diminuir um débito adquirido ao passar por dissabores e sofrimentos da vida.

O importante é, acima de tudo, aprender com as situações que estão sendo vivenciadas. Deus não visa punir seus filhos ao estabelecer a lei de causa e efeito, mas ensiná-los a viver conforme as leis que regem o universo. E quando o indivíduo distancia-se destas leis, como, por exemplo, a de amor e caridade, ele recebe, como lição natural da vida, a consequência deste distanciamento.

Pode-se perfeitamente fazer a seguinte analogia:

Muita gente reclama que vive sozinha, solitária, que não tem amigos. A pergunta que fica é: Será que se dessem atenção aos outros essas pessoas viveriam assim tão solitárias?

A vida dá à criatura na proporção exata que a criatura dá à vida, nem mais nem menos.

Portanto, o objetivo principal da lei do karma, ou lei de causa e efeito, é o de ensinar, educar, jamais punir.

Imprescindível, pois, ao transitar pelas turbulências da existência, indagar-se:

O que a vida quer me ensinar com isso? Por que estou recebendo a visita da dor e do sofrimento? Posso observá-los sob um outro prisma e, então, modificar os rumos de minha existência?

Responder essas perguntas é de suma importância, porquanto são questões interessantes e que darão um enfoque menos denso e mais real à lei de causa e efeito, promovendo, assim, a reflexão, que possibilitará ao indivíduo identificar o que o faz sofrer e, por conseguinte, mudar as suas atitudes para libertar-se da dor.

Outro aspecto interessante a ser recordado é o de que se está constantemente fazendo escolhas, opções. Muitos males, dores e dificuldades são gerados a partir destas escolhas. Deus permite que as criaturas tenham o livre-arbítrio, ou seja, pode-se optar por este ou aquele caminho, todavia, se há liberdade de escolher, existe, obviamente, a responsabilidade em responder pelas escolhas efetuadas. Este é um ponto central e que merece toda atenção por parte do indivíduo. Toda escolha gera, fatalmente, uma consequência.

Origens das aflições

Informa O Evangelho segundo o Espiritismo, em seu cap. V – Bem-aventurados os aflitos, que as aflições da vida têm duas origens: existência passada ou presente existência.

Se ao fazer uma reflexão sincera, livre de preconceitos, o indivíduo não encontrar a causa de suas aflições nesta vida, elas – as aflições – certamente residem em vidas passadas. Isso pode perfeitamente ocorrer, porquanto as existências são solidárias, e o que não se consegue aprender em uma vida, obviamente fica para uma próxima etapa, ou, como queiram chamar, outra encarnação.

Deus, que é infinitamente justo e bom, nada faz de incorreto em sua obra. Todo sofrimento e dor tem uma causa útil, uma finalidade pedagógica. Em muitas ocasiões a pessoa pode sentir-se injustiçada por não saber as razões pelas quais recebe a visita da dor. Mas eis que o Espiritismo ensina a raciocinar sob a lógica da reencarnação, e esta lei da reencarnação mostra a inter-relação existente entre as sucessivas peregrinações do Espírito pela carne e as provações e expiações por ele enfrentadas em sua romagem terrena.

Logo, reconhece-se que se um sofrimento não tem origem no agora o tem no passado.

Porém, conforme ensina o livro acima citado, muitas dores e dissabores são oriundos da imprevidência e falta de cuidados na atual encarnação.

Exemplo de sofrimento da vida presente é o caso do fumante inveterado que advertido pelo médico não modifica seu hábito. Se ele – o fumante – receber o diagnóstico de que está com enfermidade nos pulmões e questionar à consciência onde está a causa de seu sofrimento, encontrará rapidamente a resposta: sua conduta na atual encarnação.

Todavia, sempre é tempo de recomeçar e construir uma nova história, uma história de amor com a própria vida.  Pode-se perfeitamente modificar os rumos da existência e abrandar os sofrimentos e as dores. Deus não fecha os olhos para as boas atitudes. Há, porém, uma regra que deve ser observada: o exercício do amor, conforme ensina Pedro: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).

Praticar o amor é sempre a melhor forma de colher flores no bendito jardim da vida. O universo conspirará em favor de quem empenhar-se por amar. E a vida retribuirá na medida em que da criatura receber. É a lei do karma em ação, ou, como queiram chamar, de causa e efeito. Portanto, seja um sofrimento advindo do passado distante ou do passado da semana passada, lembre-se de que: “O amor cobre a multidão dos pecados”.

Que tal praticá-lo?


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita