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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 312 - 19 de Maio de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 12)
 

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Pode-se dizer que foi o ciúme que levou Ernestina a perseguir o ex-marido?

Sim. Casada com Egberto, Ernestina não aceitou de bom grado a desencarnação, havendo-se rebelado, desde quando a lucidez se lhe apre­sentou na realidade inevitável da vida. Dominada pelo desejo carnal, de que não se conseguira liberar, logo que pôde, passou a sitiar a casa mental do companheiro terreno com extremos de alucinação. O quadro piorou quando ele sentiu-se mais atraído por sua atual esposa, Amenaide, que já  o sen­sibilizava mesmo antes da viuvez. Picada pelo ciúme doentio, a nossa Ernestina, ressumando rancor, sintonizou com técnicos em desforço moral e em obsessões que a auxiliavam, mediante negociata infeliz. Ajudá-la-iam na retirada da adversária do lado do esposo, desde que seus despojos lhes pertencessem e pudessem roubá-la em espírito, após a tragédia que programaram para aquele dia. (Painéis da Obsessão, cap. 15, pp. 118 e 119.)

B. Como Ernestina conseguiu influenciar Egberto para que o acidente ocorresse?

É preciso primeiramente lembrar que Egberto, feliz com a alta de seu irmão, usara algum alcoólico, emulado pela alegria, sem lembrar-se dos perigos que espreitam os motoristas nas viagens, particularmente naquela, que impunha a descida da Serra da Mantiqueira, em pista molhada, com as curvas fechadas, contínuas e o abismo ao lado. Numa sucessão de curvas, o Espírito de Ernestina passou a chamar o marido com vigor, en­quanto os outros comparsas puseram-se a gritar, produzindo dentro do veículo uma psicosfera atordoante. Aturdido, Egberto passou a escutar na casa mental, ligeiramente excitada pelos vapores do álcool, a voz da mu­lher desencarnada e, sob a forte incidência vibratória dela, viu-a, apavorando-se com seu aspecto terrível e passando a conduzir o veículo com desespero ante a cena alucinadora. Então, numa manobra brusca, equivo­cada, o caminhão tombou no despenhadeiro, ante os gritos de seus ocupan­tes. Em consequência, Amenaide e o irmão de Egberto faleceram no local. (Obra citada, cap. 15, pp. 120 e 121.)

C. Por que Amenaide, e não Egberto, pereceu no acidente provocado pela ex-esposa ciumenta?

Os esclarecimentos sobre as causas da tragédia foram logo prestados pelo Dr. Arnaldo. "A nossa irmã Amenaide – disse ele – acaba de resgatar um grave erro praticado há pouco menos de um século... Agora se recompõe sob o amparo da atual trisavó, que fora, nos dias distantes, sua mãezinha abnegada. Despertará lentamente e será orientada pelo carinho da nobre senhora, que a poupará de choques e aflições dispensáveis, informando-a, no momento próprio, sobre a desencarnação, até que se possa inteirar de todo o ocor­rido.” O sofrimento imposto a Egberto, que não faleceu naquela oportunidade, seria, assim, de natureza diferente, atendidas sempre os impositivos da lei de causa e efeito que nos rege os destinos. (Obra citada, cap. 16, pp. 124 a 126.)

Texto para leitura

54. A observação descaridosa não nos é lícita - De retorno ao Sanató­rio, Philomeno observou um grupo de Espíritos perversos, sob o comando de aturdida mulher desencarnada, em cujo semblante eram visíveis as marcas da loucura que a vencia. Seu aspecto deformado, vampiresco, correspondia à sua atitude mental, cultivada em campos da pior qualidade; a cólera ex­travasava-lhe em palavras rudes e vulgares, e ela, acolitada por um bando de quase vinte Espíritos atoleimados e viciosos, exalava odores pútridos, denunciando a condição de inferioridade em que se demorava. Os seguidores a acompanhavam algo atemorizados, porquanto a infeliz, vez por outra, le­vantava um chicote que silvava no ar, combinando com a indumentária tí­pica de seus hábitos terrenos: botas e calças de cavalgar. A mulher bla­sonava com voz estridente, dizendo aguardar a saída de alguém de que se vingaria. Philomeno sentiu um misto de mal-estar e receio ante aquela cruel personagem, mas Dr. Arnaldo, percebendo-lhe o aturdimento, acudiu-o, dizendo: "Não se impressione o amigo Miranda". "Nossa irmã aqui se en­contra acompanhando familiares que lhe padecem a vindita e acredito que, logo mais, ocorrerá o desfecho de uma terrível urdidura do ódio que ela cultiva. Não estranhemos, nem nos surpreendamos diante das lições com que a vida nos chama ao crescimento e à elevação espiritual. Resguardemo-nos na oração e na confiança irrestrita em Jesus, não nos permitindo a obser­vação descaridosa nem o exame indiscreto das condições em que cada qual prefere estagiar." (Cap. 15, pp. 116 e 117)

55. Uma esposa conturbada pelo desejo carnal - A turba comandada pela infeliz mulher agitou-se quando dois cavalheiros e uma dama ainda jovem, em adiantado estado de gestação, deixavam o Sanatório. Ao vê-los, ela pôs-se a deblaterar, informando: "Não irão longe os infelizes. Acompa­nhemo-los. Tudo está  pronto para a regularização do compromisso pela qual espero com impaciência". Dr. Arnaldo informou que o senhor de meia idade era viúvo da irmã desesperada, que desencarnara quatro anos antes. Resi­dindo em cidade próxima, sua presença ali se justificava em razão da alta que seu irmão Jaime recebera nos últimos dias, após tratar-se durante quase um ano no Sanatório. No transcurso da enfermidade, foram investidos esforços e aplicados muitos recursos espirituais para impedir que in­fluências mais sérias lhe roubassem o corpo. A dama grávida era a segunda esposa do primeiro, que aguardava, em clima de festa, a chegada do fi­lhinho desejado. Tratava-se de pessoas comuns, cujas vidas transcorrem em faixa de normalidade, sem dar-se conta das responsabilidades do Espírito. "A irmã Ernestina – acrescentou o médico – não aceitou de bom grado a desencarnação, havendo-se rebelado, desde quando a lucidez se lhe apre­sentou na realidade inevitável da vida. Dominada pelo desejo carnal, de que não se conseguira liberar, logo que pôde, passou a sitiar a casa mental do companheiro terreno com extremos de alucinação. O quadro piorou, quando ele, o nosso Egberto, homem de pouco menos de cinquenta anos, sentiu-se mais atraído pela sua atual esposa, a nossa irmã Amenaide, que já  o sen­sibilizava mesmo antes da viuvez... Picada pelo ciúme doentio, a nossa Ernestina, ressumando rancor, sintonizou com técnicos em desforço moral e em obsessões que a auxiliavam, mediante negociata infeliz. Ajudá-la-iam na retirada da adversária do lado do esposo, desde que seus despojos lhes pertencessem e pudessem roubá-la em espírito, após a tragédia que progra­maram para este dia." Philomeno se emocionou e não pôde sopitar as lágri­mas, ao ouvir a descrição de plano tão sinistro. Dr. Arnaldo, acostu­mado à urdidura de tais programas nefandos, explicou: "Ninguém está em desamparo conforme o sabemos. Para todas as ocorrências há explicações e a injustiça não tem artigos nem parágrafos nos Códigos do Pai. O que ve­mos, nem sempre é conforme observamos e o que acontece, normalmente re­sulta de um desencadear de ações e reações cujo clímax nos chega ao co­nhecimento. Confiemos e disponhamo-nos a auxiliar". Nesse ponto chegou Bernardo, acompanhado de dois padioleiros espirituais, que se reuniram ao grupo do Dr. Arnaldo. A família tomou o veículo e começou a viagem, acom­panhada de Philomeno e seus amigos, que se valiam dos recursos da voli­ção. (Cap. 15, pp. 118 e 119)

56. A tragédia se abate sobre a família de Egberto - A turba se aden­trara pela cabine do carro, junto aos familiares distraídos, que nada perceberam, em virtude de terem os centros da sensibilidade mediúnica anestesiados, por falta do exercício mental da meditação, do recolhimento e das ideias superiores. Nenhum dos beneficiados por aquela hora se recordou de orar, em agradecimento pela dádiva recebida; afinal, o irmão de Egberto tivera alta do Sanatório! Entregaram-se apenas à alegria ingênua, aos comentários festivos, ao anedotário, e Egberto, em homenagem à saúde do irmão, usara algum alcoólico, emulado pela alegria, sem lembrar-se dos perigos que espreitam os motoristas nas viagens, particularmente naquela, que impunha a descida da Serra da Mantiqueira, em pista molhada, com as curvas fechadas, contínuas, e o abismo ao lado... Numa sucessão de curvas, Philomeno viu o Espírito de Ernestina chamar o marido com vigor, en­quanto os outros comparsas puseram-se a gritar, produzindo uma psicosfera atordoante. O ambiente dentro do veículo fez-se subitamente soturno, pre­nunciador de tragédia iminente. Aturdido, Egberto passou a escutar na casa mental, ligeiramente excitada pelos vapores do álcool, a voz da mu­lher desencarnada e, sob a forte incidência vibratória dela, viu-a, apa­vorando-se com seu aspecto terrível, passando a conduzir o veículo com desespero ante a cena alucinadora. Então, numa manobra brusca, equivo­cada, o caminhão tombou no despenhadeiro, ante os gritos de seus ocupan­tes. Ao primeiro impacto, a porta se abriu e D. Amenaide foi arrojada para fora, golpeando-se nas pedras da ribanceira e desencarnando de ime­diato, o mesmo ocorrendo com o filhinho. O caminhão espatifou-se ladeira abaixo e Jaime também desencarnou, enquanto Egberto ficou em estado de choque. Os perturbadores desencarnados ficaram alucinados e Ernestina e seus comparsas inspiradores da desdita acercaram-se da recém-desencarnada com galhofa constrangedora. (Cap. 15, pp. 120 e 121)

57. Uma cesariana no plano espiritual - Dr. Arnaldo, profundamente concentrado, apareceu então à visão dos infelizes vingadores, que tenta­ram agredi-lo com epítetos vergonhosos e acusações descabidas. A chusma aterradora não dispunha, porém, de recursos para vencer a irradiação que emanava do grupo em prece, amparado por verdadeira cortina vibratória. Ficaram, assim, a distância, observando, chicanando e reclamando a posse das vítimas. Irmão Bernardo e o médico liberaram D. Amenaide e seu filho dos liames carnais, colocando uma substância móvel, que retiravam de todo o grupo e dos recursos da natureza, qual se fosse um colchão alvinitente de espuma, que lhes erguia os Espíritos, ao tempo em que lhes falavam ternamente, impedindo-lhes o medo e a alucinação. A operação durou quase trinta minutos, após o que a gestante foi colocada numa maca, mantendo os sinais de gestação e parecendo sentir muitas dores, com o filhinho, em sono profundo, imantado a ela. Dr. Arnaldo determinou fossem ambos, mãe e filho, conduzidos de imediato à Colônia dirigida pelo irmão Héber, en­quanto alguns do grupo cuidariam de proteger o cadáver do cunhado. O es­petáculo se apresentava aos olhos de Philomeno sob dois aspectos bem di­ferentes: de um lado, os cadáveres mutilados e ensanguentados; do lado espiritual, o socorro urgente àqueles que deveriam receber ajuda, com o que o amor vigilante do Pai Eterno, valendo-se de servos imperfeitos mas dedicados, amenizava a trama do ódio e da vingança, oferecendo esperança e bênção. Na Colônia, Héber recebeu-os em um amplo edifício e os condu­ziu, imediatamente, a um Centro Cirúrgico, em tudo semelhante aos exis­tentes na Terra. A gestante adormecida, com sinais reflexos de dor, rece­beu passes calmantes e aquietou-se. A seguir, médicos da Colônia procede­ram a uma cirurgia cesariana, nos mesmos moldes como sucede em qualquer hospital da Terra. Após a cirurgia, a criança repousou ao lado da mãe, transferida a uma enfermaria especial, preparada para recebê-los. Depois de ligeiro choro, o bebê adormeceu, ficando ambos entregues a nobre se­nhora, que se encarregaria doravante de assisti-los. (Cap. 15 e 16, pp. 121 a 123)

58. Dr. Arnaldo explica a causa da tragédia - O ato cirúrgico consti­tuiu uma novidade para Philomeno, que se esquecera de que não há saltos nos eventos que têm curso no plano físico, tanto quanto nas Esfe­ras que lhe estão próximas. Ante a tragédia provocada por Ernestina, Phi­lomeno viu mais uma vez como o ensino evangélico sobre a "vigilância e a oração" é relevante e tão pouco considerado. Na trama dos destinos estão presen­tes inúmeros fatores e existem interferências mentais e espirituais que estão a merecer estudos, exame cuidadoso, por parte de todos nós. A pre­cipitação e a indiferença que governam muitos comportamentos respondem pela tardança do processo da evolução, porque a imprevidência que se agita promove distúrbios e consequências que poderiam ser evitados, e o desinteresse complica situações que poderiam tomar curso mui diverso. Meditando a respeito dos últimos acontecimentos, Philomeno comenta serem eles perfeitamente compreensíveis, visto que a vida real, permanente, inalterável, é a espiritual, sendo a vida terrena tão-somente uma expe­riência transitória, evolutiva, para as finalidades superiores daquela. Os esclarecimentos sobre as causas da tragédia não tardaram. "A nossa irmã Amenaide – informou Dr. Arnaldo – acaba de resgatar um grave erro praticado há pouco menos de um século... Agora se recompõe sob o amparo da atual trisavó, que fora, nos dias distantes, sua mãezinha abnegada. Despertará lentamente e será orientada pelo carinho da nobre senhora, que a poupará de choques e aflições dispensáveis, informando-a, no momento próprio, sobre a desencarnação, até que se possa inteirar de todo o ocor­rido. Enquanto isso não suceder, ser-lhe-á  mantida, discreta e silencio­samente, a impressão de que se fez necessária a internação hospitalar para o parto..." Dr. Arnaldo explicou que em muitos casos de gestantes acidentadas, em avançados meses de gravidez, em que ocorre também a de­sencarnação do feto, é hábito ali proceder como se nada houvesse ocorrido na vida física. "Em primeiro lugar – esclareceu –, porque o Espírito, em tais ocorrências, quase sempre já se encontra absorvido pelo corpo que foi interpenetrado e modelado pelo perispírito, no processo da reencarna­ção, merecendo ser deslindado por cirurgia mui especial para poupar-lhe choques profundos e aflições várias, o que não se daria se permanecesse atado aos despojos materiais, aguardando a consumpção deles." (Cap. 16, pp. 124 a 126) (Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita