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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 312 - 19 de Maio de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 31)
 

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Quem dirigia o automóvel que atropelou Cláudio e o levou à morte?

O condutor do veículo era Nemésio. O automóvel, atravessando o sinal, precipitou-se a toda velocidade sobre Cláudio e Marina, em tremenda impulsão. Cláudio, rápido, dispôs simplesmente de um segundo para arredar a filha e foi arremessado a distância, depois de sofrer o impacto da máquina à al­tura do tronco. Nemésio, com a fi­sionomia de um louco, passara, desnorteando guardas e populares que, debalde, se dispunham a segui-lo. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo XII, pp. 318 e 319.)

B. Qual o nome da entidade espiritual que nesse momento difícil, a caminho do hospital, aconchegava Cláudio ao seu colo?

A entidade, que naqueles instantes se desfazia em pranto copioso, chamava-se Percília. Dizendo ser mãe de Cláudio, a nobre entidade informava não chorar de dor por ver-lhe o corpo caído, mas de alegria por abraçar-lhe o Espírito levantado: "Choro, irmãos, ao reconhecer que eu, mulher prostituída no mundo, hoje em serviço de minha regeneração depois de provas árduas, posso aproximar-me do filho que Deus me confiou, a fim de pedir-lhe perdão pelos maus exemplos que lhe dei..." (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 321 a 323.)

C. Antes de expirar, Cláudio fez um pedido a Marina. Que pedido foi esse?

Dirigindo-se a Marina e Gilberto, ele pediu que dessem o nome de Marita à filha que estava prestes a nascer. Eis suas palavras: "Um espírita não aposta... Mas... se eu tiver vantagem... na teima... peço uma coisa. Peço... para que a menina... tenha o nome de Marita... prometam..." Nesse momento, a palidez e o cansaço se agravaram. Cláudio pôde apenas solicitar a Sa­lomão uma prece, um passe. O amigo orou, trêmulo, e administrou-lhe o benefício. Logo depois, Cláudio recordou o adeus de Marita e teve a impressão de que alguém lhe tocava os dedos. Era Percília, que o aca­riciava. Alongou, então, a destra na direção de Marina, fixando nela o derradeiro olhar. Guiada por Félix, Marina estendeu-lhe a mão, que o moribundo apertou, fortemente, entrando em coma, que perdurou ainda por quatro horas. De manhã, assistido pelos filhos e por Salomão, Cláudio foi finalmente afastado por Félix do corpo fatigado e envol­vido pelos braços de Percília, iniciando-se a caminhada de retorno à pátria espiritual. (Obra citada, 2ª parte, capítulo XII, pp. 324 e 325.) 

Texto para leitura 

151. Cláudio é atropelado por Nemésio - Cláudio entendeu que Nemé­sio delirava, mas não podia avisar o genro, sem causar riscos à filha. Procurou in­formar-se junto a hospitais e delegacias com referência ao suicídio anunciado, mas em vão. Nenhum vestígio disso havia. Ao reco­lher-se, vinda a noite, rogou a Jesus pelo adversário. Que os mensa­geiros do Cristo se apiedassem de Nemésio, amparando-o. Se ainda esti­vesse no corpo carnal, que se lhe estendesse o socorro para não resva­lar em de­serção; se houvesse buscado a vida espiritual, que fosse ba­fejado pela proteção dos Emissários Divinos. Enquanto Moreira e An­dré lhe acom­panhavam a oração, Percília entrou. Disse ter vindo da parte de Félix para colaborar com Cláudio, cujos apelos, durante todo o dia, transmi­tidos para o "Almas Irmãs", tinham impelido vários ami­gos a rogar auxílio em benefício dele. Quatro dias se passaram sem episódios espe­ciais, a não ser a extrema dedicação de Percília, que, diante de Cláu­dio, era análoga ao amor de Cláudio para com a filha. Entre sete e oito da noite, André e seus amigos desceram do prédio. Cláudio e Ma­rina conversavam tranquilamente, em torno de assuntos tri­viais, à frente das águas mansas. Depois do descanso, a volta. Pai e filha, à beira da pista asfaltada, esperavam a vez, notando os carros que desfi­lavam, velozes. Marina locomovia-se pesadamente; em razão disso, aberto o sinal, iniciaram a travessia com vagar. Aconteceu, no en­tanto, o imprevisto. Um automóvel, atravessando o sinal, precipitou-se a toda velocidade sobre pai e filha, em tremenda impulsão. Cláudio, rápido, dispôs simplesmente de um segundo para arredar a filha e foi arremessado a distância, depois de sofrer o impacto da máquina à al­tura do tronco. O veículo era conduzido por Nemésio que, com a fi­sionomia de um louco, passara, desnorteando guardas e populares que, debalde, se dispunham a segui-lo. Marina, em gritos, foi imediatamente escorada por senhoras que acudiram, emocionadas. Sobreveio a agitação. Motociclistas dispararam no encalço do agressor. Cláudio, tonto a princípio, recuperou os sentidos e virou-se com dificuldade. Superando a resistência do corpo que se tornara rígido, conseguiu sentar-se, apoiando-se nos dois braços, tendo as mãos espalmadas no solo. (Cap. XII, pp. 318 e 319) 

152. Cláudio é hospitalizado - Era a filha que o preocupava! An­siava enxergá-la, sabê-la viva, salva! O sangue pingava-lhe da boca, mas, sobrepondo-se à curiosidade dos circunstantes, perguntou por ela. Marina, firmando-se em benfeitoras anônimas, arrastou-se até ele. Não sofrera qualquer arranhão, mas aturdira-se e receava desfale­cer. Fitando, porém, o pai a dominar-se para insuflar-lhe segurança, cobrou forças. Cláudio sorriu e rogou-lhe calma. Ferira-se um pouco, mas era coisa simples. Afligia-se somente por ela. Ficasse boazinha, suplicou. Confiasse em Deus. Tudo terminaria bem. Solicitou, em se­guida, a presença do genro, que um dos cavalheiros presentes se pron­tificou a buscar, no endereço fornecido por Cláudio, que queria pros­seguir conversando, para consolo da filha, mas as energias lhe escapa­vam. Percília, acomodada no chão, resguardava-o em lágrimas. Desen­carnados amigos que procediam das vizinhanças protegiam a gestante, enquanto Moreira e André diligenciavam fortificá-lo, conjugando recur­sos magnéticos. Em derredor, a balbúrdia... O acidentado, porém, alheou-se, em reflexão. Era novembro. Dois anos haviam transcor­rido sobre o desastre no qual supunha haver Marita procurado a morte. Ela tombara perto do mar, ele também. Viu que Marina chorava, baixinho, e verificou que as lágrimas represadas lhe constringiam a garganta. Queria tanto viver para aquela filha, aguardava com tanta ternura a criancinha por nascer!... Nisso, sentiu que lhe voltava à mente a visão em que se reconhecera visitado por Marita, e as palavras da prece que formulara lhe vieram, uma a uma, no ádito da memória: "Senhor, tu sabes que ela perdeu os sonhos de criança por minha causa... Se é possível, amado Jesus, permite agora que lhe dê minha vida!..." Cláudio sorriu e compreendeu. Estava tudo muito claro. Ao proteger Marina, salvando a filha e a neta, dera a própria vida, tal como pedira. Nas preces costumeiras, rogava aos amigos espirituais o ajudassem no resgate da falta cometida. Se lhe competia encetar o pa­gamento do débito assumido, no curso de existências porvindouras, por que não iniciá-lo, ali mesmo, entre os rostos desconhecidos que Marita fora igualmente constrangida a defrontar? Soberana tranquilidade se lhe instalou no espírito. Diante da ambulância que chegara, pediu a internação no Hospital dos Acidentados e, carregado por braços genero­sos, despediu-se da filha, recomendando-lhe otimismo, serenidade. Es­perasse por Gilberto e lhe participasse o acontecido, sem exagerar as impressões. Nada de alarmes. Que não se apoquentassem por sustos. (Cap. XII, pp. 320 e 321) 

153. Cláudio se avizinha da morte - Dentro do carro, enquanto Cláu­dio pensava em Marita, Percília –  que o aconchegava de encontro ao colo –  se desfazia em pranto copioso. Dizendo ser mãe dele, a nobre entidade informava não chorar de dor por ver-lhe o corpo caído, mas de alegria por abraçar-lhe o Espírito levantado: "Choro, irmãos, ao re­conhecer que eu, mulher prostituída no mundo, hoje em serviço de minha regeneração depois de provas árduas, posso aproximar-me do filho que Deus me confiou, a fim de pedir-lhe perdão pelos maus exemplos que lhe dei..." Diante desse testemunho de humildade, André e Moreira baixaram a fronte, envergonhados, e num movimento instintivo inclinaram as cabeças, ao mesmo tempo, sobre a destra maternal que afagava o ferido, osculando-a com reverência. O médico que atendera Marita foi chamado e atendeu sem delonga. O irmão Félix também surgiu de repente, como se já soubesse de antemão o que acontecera. Ativou-se, assim, o trabalho socorrista por parte dos benfeitores espirituais, em colaboração com a medicina terrestre. Félix avisou, porém, que Cláudio estava prestes a desligar-se do corpo e nenhuma providência humana conseguiria sustar a hemorragia interna em efusão crescente. Todas as medidas tomadas pelo facultativo redundavam infrutíferas e Cláudio esmorecia. Tentou menta­lizar a figura de Marita, mas a cabeça não se aprumava. Lembrou-se de Agostinho e Salomão, e reportou-se de leve a isso. Agostinho já deman­dara o mundo espiritual, semanas antes, mas, se possível, estimaria abraçar o farmacêutico amigo. O médico entendeu e comunicou-se com Gilberto e Salomão, pelo fio. Viessem com urgência. O moribundo, em prece, rogava forças. Desejava apelar para o genro e para a filha, in­vocar-lhes a benevolência para Márcia e Nemésio. Félix redobrou esfor­ços para sustar o fluxo hemorrágico, ainda que por minutos, e, colabo­rando intensamente com o médico, obteve o que procurava. (Cap. XII, pp. 321 a 323)        

154. A desencarnação - Cláudio ganhou inesperada melhora. Racioci­nava com firmeza, conseguia comandar-se. Lúcido, viu quando Gilberto e Marina entraram, compungidos. Depois, verificou a chegada de Salomão. Declarou-se, então, reanimado e alegre, elaborando as palavras com a serenidade possível. Olhando de maneira acariciante para a filha an­siosa, avisou, com um sorriso forçado, que talvez fosse compelido a efetuar grande viagem para tratamento mais amplo. Marina compreendeu o significado do gracejo e caiu em choro. O pai advertiu-a com doçura. Onde a fé que cultivavam? como não confiar em Deus que renova o Sol cada manhã, para que a vida permaneça triunfante? Tencionava falar-lhes de assunto sério... Marejaram-se-lhe os olhos de pranto e, com inflexão de súplica, rogou-lhes bondade e entendimento para Márcia e Nemésio. Quando a oportunidade aparecesse, que o lar do Flamengo se mantivesse repleto de carinho para eles, tanto quanto fora farto de amor para ele. Confessou que Márcia era excelente companheira, que ele, tão-somente ele, devia ser culpado pela separação. Acentuou que não detinha nenhum motivo para malquerer Nemésio e que o considerava um irmão, pessoa da família, com credenciais para ser acatado e com­preendido em qualquer circunstância... O enfermo, nesse ponto, passou a respirar com dificuldade e, como Gilberto aludisse ao neto que vi­ria, o agonizante esboçou uma expressão quase risonha e ponderou: "Minha neta..." E acrescentou, reticencioso: "Um espírita não aposta... Mas... se eu tiver vantagem... na teima... peço uma coisa. Peço... para que a menina... tenha o nome de Marita... prometam..." A palidez e o cansaço se agravaram. Cláudio pôde apenas solicitar a Sa­lomão uma prece, um passe. O amigo orou, trêmulo, e administrou-lhe o benefício. Logo depois, Cláudio recordou o adeus de Marita e teve a impressão de que alguém lhe tocava os dedos. Era Percília, que o aca­riciava. Alongou, então, a destra na direção de Marina, fixando nela o derradeiro olhar. Guiada por Félix, Marina estendeu-lhe a mão, que o moribundo apertou, fortemente, entrando em coma, que perdurou ainda por quatro horas. De manhã, assistido pelos filhos e por Salomão, Cláudio foi finalmente afastado por Félix do corpo fatigado e envol­vido pelos braços de Percília, iniciando-se a caminhada de retorno à pátria espiritual. (Cap. XII, pp. 324 e 325) 

155. No plano espiritual - Recolhido a uma organização assistencial vinculada aos serviços desenvolvidos por André Luiz, nas adjacências do Rio, Cláudio refazia-se. Félix, que não sossegou enquanto não lhe admitiu o reequilíbrio perfeito, entregou-o aos cuidados de André, sem retornar a vê-lo. Desperto, Cláudio mantinha-se vexado, confundido e, de momento a momento, acusava-se, apegado a complexos de culpa. André empregava todos os meios justos para dissuadi-lo. Que aproveitasse os erros por lições. As Leis Divinas preceituam esquecimento do mal para que o bem se incorpore à nossa individualidade, gerando automatismos de elevação. André mostrou-lhe ter atravessado também crises semelhan­tes; todavia, descobrira no serviço o remédio para as enfermidades do sentimento. Cultivasse, pois, paciência, que ninguém logra aperfei­çoar-se sem paciência, até mesmo consigo próprio. Contava com amigos no "Almas Irmãs", de onde havia descido às lides da reencarnação. An­dava transitoriamente esquecido, sob o efeito natural das experiências a que se condicionara no plano físico; entretanto, recuperaria oportu­namente mais amplos potenciais da memória, rejubilando-se com reencon­tros abençoados. Cláudio reconfortou-se, esperançado, e no quarto dia após o transe comoveu André com singular pedido. Reconhecendo-se ampa­rado por muitos benfeitores, porque somente à custa de muitos favores pudera acordar, antes da morte, para as realidades da alma, rogou per­missão para continuar trabalhando, mesmo desencarnado, no seio da fa­mília, sem ausentar-se do Rio. Amava os filhos, ambicionava converter-se para eles num servidor. Mas não era só... Duas criaturas deixara, junto das quais se reconhecia devedor: Nemésio e Márcia. Além de suspirar por se redimir, diante dos credores, sonhava auxiliá-los e amá-los. (Cap. XIII, pp. 326 e 327) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita