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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 311 - 12 de Maio de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 11)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que conselho Irmã Angélica dá aos que tombam no caminho e desejam reerguer-se?

Em primeiro lugar, diz ela que não se podem admitir em casos assim a defecção e a teimosia, o abandono à responsabilidade e a oposição à luz. Caímos para levantar. Paramos para recobrar forças e prosseguir. Permanecer no tombo ou estagiar no descanso é matar o tempo e recuar na conquista da glória. Não devemos relacionar dores, nem anotar dissabores. Quem se compraz, lamentando, na retaguarda, opõe-se ao crescimento e à conquista que o aguardam. (Painéis da Obsessão, cap. 13, pp. 107 e 108.)

B. Em que sentido uma enfermidade pode auxiliar uma pessoa?

A esse tipo de enfermidade Dr. Arnaldo chamou de enfermidade-auxiliar. Manoel Philomeno estranhou e o médico explicou: "Não há motivo para estranhezas. Existem as doenças expurgadoras, as que convidam à renovação e as que ajudam na liberação dos vícios”. Referindo-se ao jovem Maurício, o médico completou: “Enfermo, por algum tempo, ele se recusará às drogas, por medo da morte, e cuidará melhor do corpo, nutrindo-o e amparando-o quanto convém. Porque suas resistências imunológicas estão em quase crise, não será difícil auxiliá-lo na aquisição de uma infecção respiratória..." (Obra citada, cap. 13, pp. 108 a 110.)

C. É verdade que muitos Espíritos ociosos se movimentavam no Sanatório?

Sim. Era grande a população ociosa que por ali se movimentava, e não apenas os perseguidores invisíveis dos internos. Mas o trânsito de Benfeitores não era menor. Como, porém, cada criatura respira o clima mental que gera, muitos dos pacientes e funcionários arrastavam seus associados psíquicos e emocionais, no parasitismo em que permaneciam. (Obra citada, cap. 14, pp. 112 a 115.)

Texto para leitura

49. Irmã Angélica visita Maurício - As reminiscências que o incons­ciente liberava, a pouco e pouco, produziam em Maurício imenso mal-estar, uma tremenda insatisfação que o levava às drogas alucinógenas, com com­prometimento da saúde e do equilíbrio emocional. Estranha sensação de culpa e a falta de objetivo real martelavam-no. O rapaz despertara do en­contro espiritual sentindo-se mais angustiado. Experimentava a sensação de ter sonhado com um paraíso que perdera, mas no qual havia a presença da mágoa ignota que o macerava. Não pôde ocultar de todo seu estado aos companheiros, que viviam momentos difíceis, porque o grupo não conseguia audição e os sonhos iam-se transformando em pesadelos. Assim, nas noites seguintes, passou a deitar-se na parte superior do prédio, de onde melhor observava as estrelas e fugia da presença dos demais. Maurício buscava um apoio, qualquer socorro, que ali s desconhecia de que forma lhe adviria. Quando a equipe espiritual se aproximou, ele tinha lágrimas nos olhos. Irmã Angélica induziu-o a um sono profundo e, em seguida, desdobrou-o, despertando-o para o reencontro que deveria assinalar o início de nova etapa em sua existência. Vendo a Benfeitora, Maurício lembrou-se do en­contro anterior e desejou abraçá-la. A valorosa irmã tomou-o pelas mãos e disse: "Já  é tempo, filho, de retornares a Jesus. O Mestre te espera há milênios sem que lhe ensejes a alegria de O seguir. Até quando será ne­cessário que o Seu convite te chegue em forma de dor e desconforto e a Sua voz te alcance na balbúrdia das alucinações?" Lembrando-lhe que todos somos viajores dos infinitos caminhos do tempo, a Benfeitora acentuou: "Já te deixaste arrastar a graves insucessos e surge-te oportunidade fe­cunda, que deves aproveitar. Os teus silêncios martirizantes têm falado em prece de submissão, em pedido de auxílio ao Generoso Dispensador, que ora te atende, qual vem ocorrendo sempre. O teu apelo maior, destes dias, porém, desencadeou uma série de providências que te aguardam. Aproveita! Agora, ou só mais tarde, muito mais tarde, poderás encetar a viagem de retorno, para recomeçar o avanço, sob ingentes e penosas cargas de dores que desconheces". (Cap. 13, pp. 105 a 107)

50. A Benfeitora recomenda-lhe o estudo da Bíblia - Maurício ouvia a Irmã Angé­lica, embevecido, procurando identificar nos refolhos da alma aquela voz e aquele ser. Percebendo-lhe a busca íntima, a irmã satisfez-lhe o de­sejo. "Conhecemo-nos, sim", disse-lhe ela. "Um dia, em plena noite medie­val, brilhou a luz em Assis, e o pobrezinho, tocado por Jesus, a quem amava em demasia, arrancou-nos do tédio e da inutilidade com a sua can­ção, convidando-nos a seguir. Por que a defecção e a teimosia, o aban­dono à responsabilidade e a oposição à luz? Caímos para levantar. Paramos para recobrar forças e prosseguir. Permanecer no tombo ou estagiar no descanso é matar o tempo e recuar na conquista da glória. Não relaciones dores, nem anotes dissabores. Quem se compraz, lamentando, na retaguarda, opõe-se ao crescimento e à conquista que o aguardam." Ante a pausa, Mau­rício indagou: "Como fazer, Senhora? Temo cair mais e, todavia, chafurdo no erro. Sonho com o bem e me acumplicio com o mal. Desejo ajudar os ou­tros e não sei auxiliar-me. Por onde iniciar?" Pegando um livro que Ber­nardo lhe entregou, Irmã Angélica respondeu-lhe: "Aqui tens a Bíblia, o livro que narra a história do povo hebreu, na tecedura do Velho Testa­mento. Nessas páginas encontrarás revelações espirituais e advertências nem sem­pre consideradas, premonições e profetismo, anunciando a chegada de Jesus à Terra. No Novo Testamento identificarás o Mestre em contínuo labor, convidando a segui-lo, sofrendo por amor e entregando-se em doação total. Sua voz cantará aos teus ouvidos os poemas das  águas, do ar, dos vegetais e de toda a Natureza, no apogeu das bem-aventuranças que te fas­cinarão, abrindo-te os olhos, os ouvidos e o entendimento. Medita nos seus nobres ensinos e retempera o ânimo". A Benfeitora disse-lhe que ele encontraria o livro entre os pertences de seus amigos. "Examina-o, por agora, a fim de renovar a mente", sugeriu-lhe a irmã, prometendo ajudá-lo na determi­nação de crescer e vencer. Os resultados, porém, dependeriam apenas dele e do seu esforço. (Cap. 13, pp. 107 e 108)

51. Maurício acha uma Bíblia no armário da casa - Quando a Benfei­tora se calou, Maurício tinha a expressão de sincero desejo de acertar e os olhos luminosos e expectantes, embora o corpo apresentasse ligeiros tre­mores. Contemplando-o, Dr. Arnaldo observou: "Ele necessitará de de­sintoxicação. Bernardo irá assisti-lo com passes diários por algum tempo e será providenciada uma enfermidade-auxiliar como terapia libertadora". Diante de Philomeno surpreso com tal notícia, o médico explicou: "Não há motivo para estranhezas. Existem as doenças expurgadoras, as que convidam à renovação e as que ajudam na liberação dos vícios. Enfermo, por algum tempo, ele se recusará às drogas, por medo da morte, e cuidará melhor do corpo, nutrindo-o e amparando-o quanto convém. Porque suas resistências imunológicas estão em quase crise, não será difícil auxiliá-lo na aquisi­ção de uma infecção respiratória..." Após receber o concurso fluídico que lhe concedeu repouso, Maurício foi recambiado ao corpo. Na manhã se­guinte, com o sol alto, o médico e Philomeno foram ao seu apartamento. O ambiente era desagradável; a psicosfera, pesada, quase insuportável. A presença de Espíritos vulgares e ociosos denotava a baixa qualidade vibratória dos residentes. Maurício levantou-se com dificuldade e seu sem­blante estava carregado, denotando cansaço, tristeza e uma desconhecida saudade. Apesar de ter a mente algo entorpecida, devido às drogas, ele tentava identificar o acontecimento da noite, mas o inconsciente – por estar desacostumado às fixações positivas – não recebia as indagações da consciência, de modo a liberar qualquer impressão arquivada. Após o desjejum, começou a revolver gavetas, abrir sacolas e armários, procurando não sabia o quê, até encontrar uma velha Bíblia entre roupas usadas e ou­tros objetos que atulhavam um dos móveis, em desordem total. Tomou então o livro, acarinhou-o, como se o identificasse de algum lugar e sentou-se com ele à mão. Dr. Arnaldo aproximou-se e impôs-lhe com energia: "Abre-o. Abre o livro e lê. Abre-o!" Segurando-lhe as mãos, o médico voltou a ins­tar para que o abrisse. O jovem resmungou com desconforto, mas, conduzido pela destra do Instrutor, abriu-o, deparando com o Salmo 23 de David: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará ..." (Cap. 13, pp. 108 a 110)

52. Argos é envolvido numa cápsula vibratória - De retorno ao Sanató­rio, Philomeno foi ver Argos e pôde observar que, após a cirurgia espiri­tual em favor da sua moratória, o corpo físico do rapaz absorvia lenta­mente uma bioluminescência que irradiava do perispírito, órgão assimila­dor das energias e substâncias que lhe foram ministradas. Era como se estivesse dentro de um molde de sua própria forma, aumentado e fosfores­cente. Na sucessão dos dias, Philomeno notara que a massa energética era assimilada pelas células, que se robusteciam, e grande parte era absor­vida pela medula óssea, encarregada de gerar novos glóbulos vermelhos que lhe revitalizavam o organismo. Simultaneamente, Argos fora envolvido em uma cápsula vibratória, cuja finalidade Philomeno não conseguira até en­tão compreender. Já que havia passado algum tempo desde a cirurgia, Phi­lomeno pediu explicações ao Dr. Arnaldo, que esclareceu: "Conforme vimos, o nosso paciente recebeu expressiva quota de maaprana e clorofila ao lado da energia animal e das forças fluídicas do diligente Bernardo". (N.R.: A energia animal foi fornecida pelo doador encarnado Venceslau.) "Todo esse contingente foi assimilado perispiritualmente; ao longo dos dias passou a sustentar o metabolismo geral, fomentando o nascimento de células sadias, que ora lhe restauram a organização fisiológica." Dr. Arnaldo informou ainda que fora dispensada a Argos uma vitalização especial no corpo pe­rispirítico e na  área psíquica, com que ficou o rapaz imune, temporaria­mente, à agressão dos comparsas interessados na extinção de sua vida fí­sica. "Esse envolvimento vibratório que os passes do Irmão Bernardo vita­lizam e sustentam – acentuou o médico – é uma camada protetora, difi­cilmente vencida pela pertinência dos inimigos vigilantes e rebeldes." Evidentemente, os antigos verdugos da paz e do equilíbrio de Argos, co­nhecendo a interferência superior que se fazia a favor do enfermo, aguar­davam o momento próprio para voltarem à carga. É que, à medida que o tono vital se refazia no organismo, as defesas vibratórias também dimi­nuíam, evidenciando que Argos não usufruiria de regime especial ou de ex­ceção. Assim, dependeria dele somente, doravante, sintonizar com as esfe­ras de paz ou recuar aos núcleos de tormento. "O homem se torna o que acalenta no sentimento, como decorrência do que constrói na mente", con­cluiu Dr. Arnaldo. (Cap. 14, pp. 111 e 112)

53. A antiga vítima de Argos ali estava - Philomeno percebeu que a bioluminescência que se exteriorizava da aura de Argos estava, no mo­mento, sob a vigilância do verdugo que se fazia acompanhado de outros Es­píritos de horrível carantonha. Estava ali o antigo praguense que tivera a vida roubada pelo hábil florete do apaixonado conquistador de sua amada. A expressão de sua face denotava desprezo e petulância, o olhar parecia incendiado pela paixão da vingança, e algumas deformidades lhe resultavam das aflições e desventuras sustentadas por decênios a fio. Philomeno e o médico não podiam ser vistos pelas entidades ali presentes em razão de transitarem em faixa vibratória de teor diferente daquela em que eles se compraziam. Apurando a audição, Philomeno pôde ouvir a con­versa dos inimigos de Argos, que efetivamente sabiam que o socorro espi­ritual prestado ao enfermo não seria permanente e diziam aguardar o mo­mento propício para prosseguirem em seus propósitos de justiça. O verdugo disse aos comparsas que havia encontrado também a traidora que o esque­cera, e evocou os fatos que provocaram a sua desdita ao tempo do rei Si­gismundo. O algoz de Argos referiu-se depois à sua passagem pela França, quando se aliara à Reforma e foi novamente trucidado por seu adversário. "Desde então – informou o infeliz cobrador –, abandonei a esperança re­ligiosa e desliguei-me de qualquer sentimento evangélico, por constatar que o nosso deus agora chama-se força e seu filho é o poder. O vencedor é aquele que usufrui as glórias e não os que caem sob as tenazes dos arbi­trários dominadores. Por estas razões, não regatearei esforços em me sub­meter a quaisquer exigências dos meus amigos e orientadores para conse­guir os resultados que almejo." E concluiu, dirigindo-se a Argos: "Pagar-me- às, bandido!" Ato contínuo, o grupo saiu em turbulência, misturando-se à população ociosa que por ali se movimentava. O trânsito de Benfeitores não era menor. Como, porém, cada criatura respira o clima mental que gera, muitos dos pacientes e funcionários arrastavam os seus associados psíquicos e emocionais, no parasitismo em que permaneciam. Dr. Arnaldo, que vira o que ocorreu, prestou de imediato seu concurso fluídico a Ar­gos, que tinha sido atingido pelos petardos mentais disparados pelo al­goz. Em seguida, ele e Philomeno saíram ao jardim e procuraram, no bosque próximo, o acolhimento da Natureza, ante os primeiros raios de luz ouro-violeta que anunciavam um novo amanhecer. (Cap. 14, pp. 112 a 115) (Continua no próximo número.) 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita