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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 309 - 28 de Abril de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 9)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Por que se instalam os processos obsessivos?  

Asseverou Dr. Arnaldo: "Todo aquele que defrauda a Lei sofre as consequências do ato arbitrário, que, por sua vez, se converte em automático agente punitivo, levando o infrator ao reajuste”. À parte os fatores cármicos preponderantes ou propiciatórios, os processos obsessivos se instalam porque os Espíritos imaturos não se esforçam por adquirir uma capacidade doadora, conforme chama os psicólogos de oblativa, saindo de si para oferecer, para dar-se, gerando relacionamentos efetivos, duradouros, simpáticos, que produzem bônus de valor moral e de paz. (Painéis da Obsessão, cap. 11, pp. 85 e 86.) 

B. Pode-se dizer que amar é uma arte?  

Segundo Manoel Philomeno, sim. "Amar é uma arte que exige maturação e sacrifício, na qual se devem investir os valores dos sentimentos e da inteligência para atingir plenitude.” Esse amor sem algemas fomenta o senso da fraternidade, que produz uma generosa tolerância para com as faltas e limitações alheias e se despe da pequenez possessiva e egoísta, pessoal e emotiva, o que leva a um profundo comportamento altruísta, rico de respeito aos direitos dos outros, com inalterável renúncia pessoal. É por isso que Jesus estabeleceu no amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo a base, a razão e o fim da vida, única forma de crescer-se e alcançar-se a realidade íntima, fazendo a criatura desabrochar em todas as suas potencialidades. (Obra citada, cap. 12, pp. 89 e 90.) 

C. A regressão ao passado foi utilizada para solução do caso Valtércio?  

Sim. Em dado momento, na parte posterior da sala, onde estava Valtércio acompanhado de seu algoz, apareceu uma tela semelhante à dos cinemas da Terra, com uma constituição levemente diferente, porque durante a projeção as imagens podiam ser vistas em terceira dimensão, qual se fora uma janela aberta diante dos observadores. A luz diminuiu de intensidade e nos dois lados do painel postaram-se dois auxiliares espirituais, que exerciam a tarefa de fornecer energia para a condensação dos registros dos acontecimentos passados. Um pequeno aparelho começou então a projetar as cenas. (Obra citada, cap. 12, pp. 93 a 95.)

Texto para leitura 

39. Os riscos da simbiose parasitária – A simbiose transforma-se também numa obsessão física, informou o Dr. Arnaldo, porque o Espírito adere à câmara orgânica, explorando-lhe a vitalidade e acoplando-se aos fulcros perispirituais do encarnado, em doloroso e destruidor conúbio. O afastamento puro e simples do agente obsessivo produz, normalmente, a desencarnação do paciente que lhe sofre a falta e, porque desfalcado de energias mantenedoras da vida fisiológica, rompem-se-lhe os laços que atam o Espírito à matéria, advindo a morte desta. O obsessor, por sua vez, tomba, carregado do tônus vital que foi usurpado, em um processo parecido a nova desencarnação que o bloqueia temporariamente ou o leva a uma hibernação transitória. "Todo aquele que defrauda a Lei –asseverou Dr. Arnaldo – sofre as consequências do ato arbitrário, que, por sua vez, se converte em automático agente punitivo, levando o infrator ao reajuste.” À parte os fatores cármicos preponderantes ou propiciatórios, os processos obsessivos se instalam porque os Espíritos imaturos não se esforçam por adquirir uma capacidade doadora, conforme chama os psicólogos de oblativa, saindo de si para oferecer, para dar-se, gerando relacionamentos efetivos, duradouros, simpáticos, que produzem bônus de valor moral e de paz. O homem nasceu para amar. O Espírito é criado para amar. Nos estágios iniciais, infantis, pelo egocentrismo de que se faz objeto, mesmo quando se dispõe ao amor, quase sempre o avilta com as paixões subalternas. O amor, que jaz inato em todas as criaturas, pode, contudo, ser educado, desenvolvido, ampliando a sua capacidade doadora, a fim de que se possa expressar em toda a pujança e grandeza. Para isso, é imprescindível que o indivíduo se desenvolva em plenitude, não somente através da área do sentimento, mas também da inteligência e da razão, amadurecendo a personalidade. As pessoas tornam-se presas fáceis dos seus antigos comparsas, tombando nos processos variados de alienações obsessivas, porque, além de se descurarem da observância espiritual da existência, mediante atitudes salutares, comportamento equilibrado e vida mental enriquecida pela prece, pela reflexão, não se esforçam por libertar-se dos aborrecimentos e problemas desgastantes, mediante a aplicação de recursos físicos e mentais, por acomodação preguiçosa ou por dependência emotiva, infantil, que sempre transfere responsabilidades para os outros e prazeres para si. Nas pessoas em que o hábito de bem pensar é fugidio ou raro, porque a mente permanece em desconcerto, rica de imagens perturbadoras e recordações de teor prejudicial, mais facilmente os parasitas espirituais encontram campo para se instalar, desenvolvendo suas metas infelizes. A vontade disciplinada e o hábito da concentração superior armam o homem para  enfrentar as mil vicissitudes que afronta na sua escalada evolutiva. Não há milagre! (Cap. 11, pp. 85 e 86.) 

40. Como prevenir as obsessões – A concentração positiva, explicou Dr. Arnaldo, libera a mente dos clichês viciosos, próprios ou recebidos de outras mentes como do meio em que vive, já que todos somos sensíveis ao ambiente no qual nos movimentamos. Por adaptação às ocorrências do dia-a-dia o homem se deixa arrastar pela correnteza dos acontecimentos, sem despertar o pensamento para que o intelecto raciocine com objetividade e discernimento. A preguiça mental é um polo de captação de induções obsessivas pelo princípio da aceitação irracional de tudo quanto o atinge. Cabe ao homem que pensa dar plasticidade ao raciocínio, ampliando o campo das ideias e renovando-as com o aprimoramento da possibilidade de absorver os elementos salutares que o enriquecem de sabedoria e paz íntima. Com o tempo, a capacidade de discernir dota-o com a aptidão da escolha dos valores que o impulsionam para mais altas aspirações, com plena libertação dos vícios de toda natureza, inocente como uma criança, isto é, sem os tormentos da insatisfação e equilibrado nas aspirações, como um sábio que já se resolveu pela conquista, em harmonia, daquilo que lhe é melhor. "Podemos chamar a essa atitude de psicoterapia preventiva ou tratamento para as obsessões”, asseverou Dr. Arnaldo. Concluindo, o médico explicou que nas enfermidades que acometem as criaturas humanas, em razão do passado espiritual delas mesmas e em face da atual situação moral do planeta, normalmente encontramos interferências de Entidades enfermas, perturbadoras e vingativas, sediadas além das fronteiras físicas. Assim, Valtércio, embora tomado pela tuberculose, podia ser definido, tecnicamente, como um obsidiado. (Cap. 11, pp. 87 e 88.)  

41. Amar exige maturação e sacrifício – O amor, segundo entende Manoel P. de Miranda, faz-se mais abrangente em nós à medida que se adquire maturidade, com o que ele se exterioriza, atingindo as demais pessoas, e interfere no meio social, melhorando as condições de vida do lugar onde medra. As desditas morais e as angústias geradoras de sofrimento de variado porte resultam da visão distorcida sobre o amor, que leva o indivíduo às imposições egoístas, que ele disfarça com a aparência do sentimento nobre. É daí que surgem os antagonismos, os  ódios fulminantes, as mágoas de largo curso, os estímulos à vingança, que estiolam as tecelagens sutis da organização espiritual e facultam o desencadear de inúmeras doenças. "Amar – assevera Philomeno – é uma arte que exige maturação e sacrifício, na qual se devem investir os valores dos sentimentos e da inteligência para atingir plenitude.” Esse amor sem algemas fomenta o senso da fraternidade, que produz uma generosa tolerância para com as faltas e limitações alheias. E se despe da pequenez possessiva e egoísta, pessoal e emotiva, o que leva a um profundo comportamento altruísta, rico de respeito aos direitos dos outros, com inalterável renúncia pessoal. É por isso que Jesus estabeleceu no amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo a base, a razão e o fim da vida, única forma de crescer-se e alcançar-se a realidade íntima, fazendo a criatura desabrochar em todas as suas potencialidades. (Minutos antes da hora marcada para o atendimento a Valtércio, Philomeno ali se encontrava, ao lado de Irmã Angélica, do Dr. Arnaldo Lustoza, de Bernardo e outros cooperadores desencarnados.) O enfermo inspirava compaixão. Detendo-se na sua aura com radiações de cores carregadas e irregulares, Philomeno percebeu uma sombra mais densa que o cobria quase por inteiro, fazendo recordar a concha sobre o caramujo com menor volume e maior comprimento. A forma que se lhe justapunha, dominando-lhe a parte posterior do cérebro e alongando-se por toda a coluna vertebral, parecia constituída de ventosas que se lhe fixavam penosamente, absorvendo-lhe as energias e intoxicando a região na qual se firmava. (Cap. 12, pp. 89 e 90.) 

42. Xifopagia espiritual – Philomeno orou por Valtércio e por seu algoz. Irmã Angélica fez o mesmo, e Bernardo aplicou-lhe recursos magnéticos especiais, desenovelando dos fluidos mais densos o Espírito perverso, que não percebeu o que ocorria, embora experimentasse os choques da corrente de energia com que era desligado da situação constritora que impunha a Valtércio. Bernardo, porém, não o liberou totalmente, deixando que permanecesse uma certa imantação perispiritual com o enfermo, que foi semidesligado do corpo físico, conduzindo-se ambos, sob sono profundo, à Colônia dirigida pelo irmão Héber. Minutos depois, todos se encontravam na instituição espiritual, onde Héber os recepcionou, otimista. Acomodados os recém-chegados, formou-se um círculo. A pedido da Benfeitora, Héber invocou a proteção superior em comovida prece. Lentamente a sala foi invadida por uma brisa suave, que bafejou a todos, agradavelmente. Irmã Angélica tocou as têmporas de Valtércio, chamando-o à realidade. Ele se emocionou, acreditando viver um belo sonho. A Benfeitora lhe disse que suas preces tinham sido ouvidas e explicou que ele estava ali entre amigos, que se reuniam para estudar e melhorar o quadro de suas aflições. Nesse ponto, Philomeno notou que o Espírito que se acoplava ao corpo de Valtércio emaranhava os seus fluidos na exteriorização perispiritual do enfermo, como se fora um apêndice desagradável que o corpo espiritual arrastava. De imediato, lembrou-se dos casos de xifopagia, pois se encontrava diante de um fenômeno equivalente no campo espiritual, apesar das características próprias de que se revestia. E deduziu, então, que a reencarnação, em casos desses, se faria através do inevitável acidente genético, que está a desafiar os estudiosos.   (Cap. 12, pp. 91 e 92.) 

43. Causas da obsessão de Valtércio – Bernardo intentava deslindar as fixações do vingador de sobre os centros de força vital do paciente, mas o perturbador, à medida que se deslocava do campo onde se alojava, passou a debater-se e, lúcido, imprecava justiça e prometia vingança. Os fluidos absorvidos deixaram-no com dificuldade de ação, embora a mente fixada nos objetivos infelizes que teimava por declarar: “Vingar-me-ei sem piedade! Hei de debilitar o infeliz, tomando-lhe as energias, até que tombe e, atado a mim, eu prossiga na minha cobrança que espero não tenha fim“. As ameaças se sucederam, mas não foram contestadas. Vendo-se notado por Valtércio, que não pôde ocultar sua surpresa ante o aspecto feroz do adversário, o Espírito assumiu uma atitude agressiva, qual se desejasse estrangular sua vítima. Irmã Angélica, que acompanhava, compreensiva, o desenrolar dos acontecimentos, interveio: “Senta-te e acalma-te!”. Tocado pelo vigor da luminosidade dos seus olhos ou pela vibração que se exteriorizava de sua palavra, o cobrador arriou, literalmente, na cadeira ao lado de Valtércio. Os auxiliares despertaram, em seguida, por indicação da Mentora, uma senhora encarnada que ali fora trazida. O círculo se desfez, então, na parte posterior da sala, onde apareceu uma tela semelhante à dos cinemas da Terra, com uma constituição levemente diferente, porque durante a projeção as imagens podiam ser vistas em terceira dimensão, qual se fora uma janela aberta diante dos observadores. A luz diminuiu de intensidade e nos dois lados do painel postaram-se dois auxiliares espirituais, que exerciam a tarefa de fornecer energia para a condensação dos registros dos acontecimentos passados. Um pequeno aparelho começou a projetar as cenas, vendo-se inicialmente uma luta brutal, em que um cavalheiro cruzado terminava por aprisionar um mouro, a quem excruciava, enquanto o arrastava em vitória pelo acampamento destruído. Via-se-lhe a cruz representativa do ideal alucinado por Pedro, o Eremita, que fomentara as chacina religiosas entre cristãos e muçulmanos. Após espezinhar o vencido, foi este atado a um esteio grosso e ordenado que se lhe atirassem lanças, que não o deveriam matar, levando-o a um estado de insuportável agonia. Por fim, o cruzado cravou-lhe a própria espada, com golpe certeiro, no coração. A seguir, surgiu novo campo de ação, em que um nobre raptou jovem mulher que conduziu ao seu castelo sob os inúteis protestos da vítima. Na sequência, um homem amadurecido, trucidado pelo sofrimento e pelo rancor, ajoelhava-se, numa audiência pública, ante o expropriador da vida de sua filha, suplicando-lhe, por piedade, a devolução da moça. Desatendido em seu pedido e considerado caluniador, foi ele jogado num cárcere imundo, após ser chibateado, onde desencarnou à míngua de qualquer consideração... (Cap. 12, pp. 93 a 95.) (Continua no próximo número.) 
 

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita