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Joias da poesia contemporânea
Ano 7 - N° 308 - 21 de Abril de 2013

 
 
 

Anseio de amor 

Maria Dolores

 

Quando me vi, depois da morte,

Em sublime transporte,

E reclamei contra a fogueira

Que me havia calcinado a vida inteira

Pela sede de amor ...

Quando aleguei que fora, em toda estrada,

Folha ao vento,

Andorinha esmagada

Sob o trator do sofrimento...

Quando exaltei a minha dor,

Mágoa de quem amara sempre em vão,

Farta de incompreensão...

Alguém chegou junto de mim,

E disse assim:

— Maria Dolores,

Você que vem do mundo

E se diz

Tão cansada e infeliz,

Que notícias me dá do vale fundo

De provação,

Onde a criatura de tanto padecer

Não consegue saber

Se sofre ou não?

Você que diz trazer o seio morto,

Que me pode falar

Dos meninos sem pão e sem conforto,

Das mulheres sem lar,

Dos enfermos sozinhos,

Que a febre e a fome esmagam nos caminhos,

Sem sequer um lençol ou a bênção de uma prece,

Dando graças a Deus, quando a morte aparece?!

Você, Maria Dolores,

Que afirma haver amado tanto

E que deve ter visto

O sacrifício e o pranto

De quem clama por Cristo,

Suplicando o carinho que não tem,

Que me pode contar daquelas outras dores,

Daquelas outras aflições

Dos que choram trancados em manicômios e prisões,

Buscando amor, pedindo amor,

Exaustos de tristeza e de amargura,

Como feras na grade,

Morrendo de secura,

De solidão, de angústia e de saudade?!

Bem-querer!... Bem-querer!...

Ai de mim, que nada pude responder!

Que tortura, meu Deus, a verdade, no Além!...

Calei-me, envergonhada...

Eu apenas quisera ser amada,

Não amara a ninguém...

 

Do livro Antologia da Espiritualidade, de Maria Dolores, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita