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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 308 - 21 de Abril de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 8)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Qual a causa das dificuldades atuais enfrentadas por Maurício?

Essas dificuldades decorriam de atos cometidos no passado. Herdeiro dos hábitos equivocados e ligado emocionalmente a outros cômpares da insânia, o desenvolvimento psíquico de Maurício, pelo impositivo das reencarnações, fazia-se unilateralmente em algumas funções, em razão de o corpo perispiritual, ao modelar as organizações fisiológica e psicológica, plasmar os efeitos dos inditosos procedimentos pretéritos como mecanismo de recuperação espiritual. Naquele momento, revelando insatisfação e desconforto íntimo, com a área da afetividade muito perturbada, Maurício evadira-se do lar, vinculando-se a um grupo de jovens músicos, igualmente sonhadores, experimentando estupefacientes e drogas alucinógenas que lhes desatavam recordações torpes, afligindo-os e perturbando-os ainda mais. (Painéis da Obsessão, cap. 10, pp. 77 a 79.)

B. Por que a recordação de fatos do passado irritou Argos?

Segundo Dr. Arnaldo, as reações de enfado e ressentimento, de amargura e cólera por parte de Argos decorriam do temperamento apaixonado e caprichoso de quem se acostumou à usurpação sem admitir reproche, ao abuso de posição sem dar lugar a advertência, e da arrogância que não permite admoestação. A dor, porém, se encarregaria de lapidar-lhe as arestas e submeter-lhe a cerviz mediante os limites orgânicos e as resistências enfraquecidas, a par dos contínuos conflitos na afetividade e no relacionamento social que ele depararia ao longo da vida. (Obra citada, cap. 10, pp. 79 e 80.)

C. Por que a oração é tão importante no caso de pacientes em estado grave, como Valtércio?

A oração é importante porque faz bem tanto às pessoas saudáveis quanto aos enfermos. No caso em foco, Valtércio foi socorrido com passes magnéticos e prece, e sua reação foi imediata. A transmissão de forças fluídicas e a absorção das energias canalizadas pela prece constituíram-lhe alta carga de recursos terapêuticos a estimularem os campos vitais encarregados de aglutinar e fomentar o surgimento das células para o milagre da saúde. (Obra citada, cap. 11, pp. 81 e 82.)

Texto para leitura

34. A maturidade leva o homem a uma atitude dinâmica – Tais pessoas, prosseguiu o médico, revelam-se inseguras e egocêntricas, possuem frágil estrutura moral e não demonstram senso de equilíbrio, dificilmente assumindo e desincumbindo-se de responsabilidades, apresentando grande instabilidade nas decisões e uma terrível incapacidade de doar sem receber, de auxiliar sem gratificação, estribando seus raciocínios em sonhos vagos, absurdos, que as conduzem a atitudes ilógicas, destituídas de  discernimento crítico. Como  consequência, têm a forma e a força de adultos, exercem funções e desenvolvem programas pertinentes à idade da razão, sem que haja saído da infância. Porque são dicotômicas – uma aparência física adulta e uma psique infantil – tornam-se perigosas, em decorrência de suas reações imprevisíveis diante de ocorrências que as surpreendam ou promovam. Sob o ponto de vista espiritual, são criaturas jovens na responsabilidade, inabituadas aos compromissos superiores, cujas experiências se desenvolveram em campos de superficialidades e interesses pessoais sem maiores aquisições morais. Adicionando-se a essa conduta imatura a interferência psíquica de Espíritos afins, dos adversários da retaguarda que as levam a estado de grave apatia e desinteresse pelos valores nobilitantes, transformam-se em instrumentos de perturbação e delinquência. Aparentemente são simpáticos por conveniência e gentis enquanto seus interesses têm primazia. Para o bem da comunidade e deles próprios, cabe aos adultos fazer uma exame de si mesmos, uma autoanálise de suas atitudes, uma avaliação periódica do comportamento, envidando esforços para educar-se ou reeducar-se no campo emocional ou no setor comportamental, no qual se lhes faça necessário. Mediante a disciplina da vontade, o exercício mental correto em torno das ideias relevantes e dos pensamentos enobrecidos, tornar-se-lhes-ão mais duradouros os impulsos para o equilíbrio que se estruturará ao largo do tempo em atividades salutares, evitando-se prejuízos sociais expressivos, distúrbios psicológicos e de comportamento, e interrompendo-se graves conúbios obsessivos de largo curso. A maturidade psicológica do homem leva-o a uma atitude dinâmica, em que busca desenvolver-se cada vez mais, oferecendo-lhe possibilidades de realizar uma situação harmônica entre eles, a sociedade e o ambiente no qual se encontra colocado. Essa conquista é obtida através das reencarnações, como decorrências das vivências e aprendizagens que despertam no ser a consciência e abre as possibilidades para além do pensamento: a faixa da intuição ( Cap. 10, pp. 76 e 77 .)

35. O caso Maurício – Depois dessa lúcida formulação em torno do amadurecimento da personalidade e da dicotomia mente-corpo, Dr. Arnaldo referiu-se a Maurício: "Herdeiro dos hábitos equivocados e ligado emocionalmente a outros cômpares da insânia, o seu desenvolvimento psíquico, em algumas funções, pelo impositivo das reencarnações, faz-se unilateralmente, em razão de o corpo perispiritual, ao modelar as organizações fisiológica e psicológica, plasmar os efeitos dos inditosos procedimentos pretéritos como mecanismo de recuperação espiritual. No momento, o nosso amigo, revelando insatisfação e desconforto íntimo, com a área da afetividade muito perturbada, evadiu-se do lar, vinculando-se a um grupo de jovens músicos, igualmente sonhadores, experimentando estupefacientes e drogas alucinógenas que lhes desatam recordações torpes, mais os afligindo e perturbando...” A seguir, o médico explicou a reação de Argos ante as evocações trazidas por Irmã Angélica:  "Sabemos que todo fator, oculto ou esquecido, de trauma, enquanto não liberado prossegue como bloqueio, impedindo a renovação do campo em que se instala. A conscientização de qualquer ocorrência é indispensável para uma legítima avaliação de resultados com o competente interesse por aprimorar a realização, quando sadia, ou correção de atos, pela reeducação e novas tentativas de reparação. Além disso, os nossos conceitos em torno da maturação psicológica da personalidade de Maurício são perfeitamente aplicáveis a Argos, que se revela emotivo em excesso, quando se permite a autopiedade, elaborando esquemas de evasão sob alegações em que o utilitarismo prevalece. E porque as pessoas tombadas em erros, quando são flagradas, costumam justificar desconhecimentos dos fatores que as levaram aos enganos, produzindo-se a recordação dos malogros, do nosso lado, e contando-se mesmo com o parcial esquecimento quando de volta ao corpo, sempre ficam reminiscências que afloram, nos momentos próprios, sinais vermelhos na mente como advertências inconscientes ante novas decisões precipitadas que levam ao caos, receios de prejudicar os outros, dando surgimento e responsabilidades e consciência de justiça...” (Cap.10, pp. 77 a 79. )

36. Toda dívida contraída aguarda quitação -  Dr. Arnaldo, prosseguiu na análise da reação de Argos: "As reações de enfado e ressentimento, de amargura e cólera decorrem do temperamento apaixonado e caprichoso de quem se acostumou à usurpação sem admitir reproche, ao abuso de posição sem dar lugar a advertência e da arrogância que não permite admoestação. A dor, porém, se encarregará de lapidar-lhe as arestas e submeter-lhe a cerviz mediante os limites orgânicos e as resistências enfraquecidas, a par dos contínuos conflitos na afetividade e no relacionamento social que buscará como fonte de emulação, ressuscitando as velhas paixões, porém sofrendo rejeição aqui e indiferença acolá, após ser constatada a pouca utilidade que possui no jogo das trocas de valores, num contexto apaixonado e doente como o em que vivem largas faixas da comunidade terrestre, para as quais a amizade, a afeição fazem-se estabelecidas e sustentadas pelos sórdidos implementos das coisas vãs. O nosso Argos tem um largo caminho a percorrer neste quinquênio, no qual a dor e o receio se lhe farão companheiros constantes, trabalhando-lhe o Espírito rebelde e comprometido...” Manoel P. de Miranda indagou, então sobre Áurea, que tivera reação de desagrado em relação ao esposo e de suspeita em referência a Maurício. Não lhe teria sido negativa a evocação dos acontecimentos? “De forma alguma” – respondeu Dr. Arnaldo. “Todos conduzimos, inevitavelmente, as próprias experiências. Ignorá-las não significa tê-las superado. A dívida esquecida, por melhor que seja a intenção do comprometido, permanece aguardando liquidação. As nossas, como os nossos afetos, ressurgem pela estrada com as disposições que lhes estabelecemos ou motivamos. Ninguém caminha desacompanhado de parceiros, amores ou inimigos... Renascimento no corpo é dieta para a evolução com os ingredientes necessários à saúde moral e espiritual de cada qual. Sentindo-se ludibriada pelo esposo que lhe ocultou a enfermidade, Áurea desencadeou outras lembranças que ora irá digerindo mediante o uso do medicamento evangélico de que se servirá, compreendendo que esta oportunidade é de reparação ao invés de constituir-lhe um crédito para as alegrias que, por enquanto, não pode fluir. Recordando-se dos sentimentos dúplices que Maurício lhe inspirava no corpo, entendeu e receou a presença do antigo promotor da sua desdita no matrimônio forçado a que foi levada, após o assassinato daquele a quem, realmente, amava...” (Cap.10, pp.79 e 80.)

37. O valor terapêutico da oração – Um novo paciente, em estado muito grave, dera entrada no Sanatório. Tratava-se de um homem desgastado, vítima da soez doença e de outros fatores sócio-econômicos que contribuíram para o seu mais rápido deperecimento orgânico. Era Valtércio, que deveria estar com cerca de trinta e cinco anos, apesar da aparência envelhecida. Irmã Angélica logo se acercou do enfermo, exclamando: "Graças a Deus! Ainda é possível auxiliar o nosso Valtércio”. Ato contínuo, ela valeu-se da oração silenciosa, enquanto Bernardo o acudiu com passes de dispersão fluídica, a princípio, e logo depois, em movimentos rítmicos, circulares, objetivando a área cardiopulmonar, atendeu-o com energias especiais. A reação do enfermo foi imediata. A transmissão de forças fluídicas e a absorção das energias canalizadas pela prece constituíam-lhe alta carga de recursos terapêuticos a estimularem os campos vitais encarregados de aglutinar e fomentar o surgimento das células para o milagre da saúde. Como Valtércio adormecera, Irmã Angélica se retirou, informando, antes, que o atendimento ao enfermo, com vistas a liberá-lo da conjuntura espiritual negativa que o estiolava, continuaria à noite. A notícia de que Valtércio padecia de perturbação espiritual surpreendeu Philomeno, porque ele não havia percebido qualquer Entidade perniciosa no seu campo de irradiação perispiritual. Dr. Arnaldo, notando-lhe a perplexidade, socorreu-o, então, com as explicações necessárias. ( Cap. 11, pp. 81 e 82. )

38. O caso Valtércio – O enfermo, conforme Dr. Arnaldo explicou, vinha de um processo penoso na área espiritual, que assumia então proporções gigantescas. A doença, que se alojou dois anos antes, alcançava o seu clímax em razão da falta de recursos médicos e alimentares que a pudessem  deter no momento próprio. Com problemas domésticos, Valtércio construiu um quadro de pessimismo mental e, com a desarmonia que se lhe instalou, corrosiva, a desferir vibrações deletérias que completaram o desajuste e a destruição das frágeis reservas físicas, permitiu-se a instalação e virulência devastadora da tuberculose pulmonar. Logicamente, suas aflições atuais decorriam de suas atitudes em outras vidas. Nessa conjuntura, desempenha papel de relevo a presença de ferrenhos adversários desencarnados, entre os quais se destaca um impiedoso cobrador que se imiscuiu na sua vida, terminando por imantar-se a ele e a subjugá-lo em violenta vampirização, de tal modo pertinaz, que se justapôs à massa física, numa quase simbiose  parasitária que o condenava à desencarnação imediata, caso não recebesse competente resistência. O mecanismo dessa parasitose, esclareceu o médico, é semelhante ao que ocorre no reino vegetal, em que o parasita se aloja em qualquer parte do receptáculo que lhe recebe a invasão, começando aí a absorver a seiva que o nutre e desenvolve, propiciando um crescimento que constringe o hospedeiro, com raízes vigorosas, e, no fim, acaba matando-o pela absorção da vitalidade... No homem, inicialmente, o hóspede espiritual, movido pela  morbidez do ódio ou do amor insano, ou por outros sentimentos, envolve a casa mental do futuro parceiro, enviando-lhe mensagens persistentes, em contínuas tentativas telepáticas, até que sejam captadas as primeiras  induções, que abrirão o campo a incursões mais ousadas e vigorosas. A ideia esporádica, mas persistente, vai-se fixando no receptor que, de início, não se dá conta, especialmente se possui predisposição para a morbidez, se é psiquicamente imaturo, se se compraz por cultivar pensamentos pessimistas, derrotistas e viciosos, passando à aceitação e ampliação do pensamento negativo que lhe chega. Nessa fase já está instalado o clima da obsessão que, não encontrando resistência, se expande, porque o invasor vai-se impondo à vítima que o recebe com certa satisfação, convivendo com a onda mental dominadora. Ao largo do tempo, o obsidiado se aliena dos demais objetivos da vida, permanecendo em fixação interior do pensamento que o constringe, cedendo-lhe a área da razão, do discernimento e deixando-se desvitalizar. Quando se infiltram as forças do hóspede na seiva psíquica do anfitrião, o desencarnado cai na armadilha que preparou, porque passa a viver as sensações e as emoções, bem como os conflitos do seu subjugado. Nesse  estágio, raramente fica a ligação apenas no campo psíquico, porque o invasor se assenhoreia das forças físicas do paciente, através do perispírito, humanizando-se outra vez, isto é,  voltando a vivenciar as conjunturas da realidade carnal. O hospedeiro então deperece, enquanto o hóspede se abastece, facultando a instalação de doenças ou a piora delas, caso o indivíduo já se encontre enfermo. (Cap. 11, pp. 83 e 84.) (Continua no próximo número.) 
 

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita