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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 306 - 7 de Abril de 2013

 
 



Jogador de sucesso

 

Bentinho gostava muito de futebol e desejava se tornar um jogador de sucesso como aqueles que ele via pela televisão.

Aos sábados, ele vestia o uniforme, colocava as meias, as chuteiras e ia para o campinho, onde seus amigos treinavam.

De tanto Bentinho insistir, acabavam por colocá-lo no jogo, porém em posição nenhuma dava certo. Até que, para não atrapalhar mais o grupo, os amigos o tiravam do jogo. O capitão do time lhe disse um dia:
 

— Bentinho, você precisa aprender as regras do futebol e treinar mais! 
   

Nesse dia, particularmente, ele ficou muito triste. Desejava jogar, mas os amigos não deixavam! Bentinho voltou desanimado para casa. Como chegaria a ser um jogador de sucesso se não o deixavam participar do jogo?
 

Com os olhos úmidos, contou à mãe o que tinha acontecido, depois completou:

— Quero ser como o Mateus, que joga muito bem; em todos os jogos ele marca um gol. Algum dia serei como ele, mamãe!

Mateus, um rapazinho da oitava série e que jogava no time dos mais velhos, era o ídolo da garotada.   

A mãe, compreensiva e amorosa, aconchegou Bentinho ao peito, passando a mão pelos seus cabelos. Deixou que o filho colocasse para fora o que tinha dentro de si, depois ponderou:

— Meu filho, entendo sua tristeza. No entanto, Bentinho, para conquistar algo que queremos, é preciso que não nos esqueçamos do esforço próprio. Toda vitória é resultado de muito trabalho e dedicação. Vou lhe dar uma sugestão: converse com esse Mateus que você admira. Procure saber como ele chegou a ser o jogador que é hoje.

Os olhos do menino brilharam:

— Boa ideia, mamãe! Vou tentar falar com ele na segunda-feira.

E, assim, mais animado, Bentinho passou o final de semana.

Na segunda-feira logo cedo, dirigiu-se ao colégio. No recreio, esperou um momento em que Mateus estivesse sozinho para falar com ele. Mas qual! Ele era o ídolo da escola e estava sempre cercado de amigos.

Quando acabou a aula, Bentinho estava um pouco decepcionado, mas ainda com esperança de falar com Mateus antes que ele fosse embora. Assim, ficou esperando, fora do portão, enquanto os alunos saíam em alvoroço.

De repente, o portão foi fechado, sinal de que todos já tinham saído. De cabeça baixa, ele tomou o rumo de sua casa.

Ao passar perto do ponto de ônibus, viu o garoto sentado no banco, lendo um livro. Aproximou-se, mais animado, e falou-lhe:

— Olá, Mateus! Você não me conhece, mas eu o admiro muito. Caramba! Você joga muito bem!

O rapazinho ergueu os olhos e sorriu:

— Conheço você do colégio. Não está na terceira série?

— Isso mesmo. Meu nome é Bentinho. Gostaria de jogar assim como você, Mateus. Há quanto tempo você joga? 

O rapazinho fechou o livro e passou a dar atenção ao menino:

— Há muitos anos, Bentinho. Quando comecei, era mais novo que você e treinava quase todos os dias. Sempre me dediquei muito ao futebol, mas sem esquecer as outras coisas: a escola, a leitura, os estudos, o relacionamento com os outros. Além disso, ainda colaboro com um grupinho do bairro onde moro. São garotos pequenos, muito pobres e, nas manhãs de domingo, treino futebol com eles. Afinal, temos que nos ajudar uns aos outros, não é? Tudo é importante.

Vendo Mateus falar, Bentinho ficou pensativo. Como ele permanecesse calado, Mateus perguntou:

— E você, Bentinho, treina quantas vezes por semana?

— Só no sábado, quando deixam — respondeu, constrangido.

— Então, quem sabe você precisa treinar mais para aprender mais? E, o que é importante, saber se você realmente tem talento para o futebol. Porque às vezes não temos jeito para uma coisa e somos muito bons em outra coisa. Entendeu?  

— Entendi, Mateus. Obrigado. Gostaria de participar desse time que você ajuda no domingo.  

— Seria ótimo. Vá nos visitar! Verá que os garotos ficarão contentes em ver que mais alguém se interessa por eles.

Mateus explicou para Bentinho a localização do bairro e da pracinha onde se reuniam. Depois, concluiu:

— Se precisar de mim, estou à sua disposição, Bentinho. Conte comigo. Bem, agora devo ir. Meu ônibus está chegando. Boa sorte!

Bentinho ainda acenou para Mateus, e continuou seu trajeto com novas ideias na cabeça.

Chegando a casa, contou para sua mãe que tinha conversado com seu ídolo e relatou o que o novo amigo lhe dissera.

— Mamãe, ele é um cara bom. Pensei que fosse me esnobar, mas ao contrário. Tratou-me muito bem. Cheguei à conclusão de que eu, na verdade, queria ser um bom jogador de futebol por um passe de mágica. Não me esforcei o suficiente. Além disso, não sei se desejo treinar futebol todos os dias!

— Você é bom em tênis de mesa, em ciclismo, em xadrez...

— É verdade, mamãe. Mas ele fez-me entender que não é só isso. Tenho que valorizar a escola, os estudos, as leituras, para aprender cada vez mais. Sou bom em matemática, por exemplo, e posso ajudar outras crianças com dificuldades!

— Isso mesmo, meu filho! Sabe por quê? A gente faz com amor aquilo de que verdadeiramente gosta. Pense bem!

— Vou pensar. Mas uma coisa eu tenho certeza: quero ser um cara legal como o Mateus, seja como jogador de futebol ou não. Percebi que ele é bom, porque não pensa só em si mesmo.

Entusiasmado, Bentinho agora era outro menino. Entendera que, se ele estudasse e aprendesse bem alguma coisa, poderia ser o melhor naquela área.

Naquele dia, pediu à sua mãe:

— Mamãe, preciso acordar bem cedo no domingo. Vou me encontrar com Mateus na periferia.        

                                                                TIA CÉLIA



 


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