WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória
Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 6 - N° 303 - 17 de Março de 2013

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 


O Evangelho segundo o Espiritismo

Allan Kardec

(Parte 9)
 

Damos prosseguimento ao estudo metódico de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril de 1864. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate 


A. Qual é o objetivo das provas?

B. Que resultados decorrem da maneira de se ver a vida do ponto de vista espírita?

C. Segundo o Espiritismo, em que consiste a verdadeira infelicidade?

D. Devemos abrandar a expiação de nossos irmãos em sofrimento?

Texto para leitura

93. Frequentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as pessoas a quem odiara, talvez o ódio se lhe despertasse outra vez no íntimo. De todo modo, se sentiria humilhado em presença das criaturas a quem houvesse ofendido. (Cap. V, item 11)

94. Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu; pouco lhe importa sa­ber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar toda a sua atenção. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações. (Cap. V, item 11)

95. Se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos fará perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. É por isso que teremos de recomeçar, como se, a um credor que nos atormentasse, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por emprés­timo. (Cap. V, item 12)

96. A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao indivíduo uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. (Cap. V, item 14)

97. A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio, pois ocasionam a covardia moral. (Cap. V, item 16)

98. Com o Espiritismo, não havendo mais a dúvida, muda o aspecto da vida. O crente sabe que a existência se prolonga indefinidamente para lá do tú­mulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam naturalmente de pensar no suicídio: eis aí a coragem moral. (Cap. V, item 16)

99. O Espiritismo apresenta-nos os próprios suicidas a informar-nos sobre a situação desgraçada em que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem encurtar a sua vida. O espírita tem, assim, vários motivos a contrapor à ideia do suicídio: a certeza de uma vida futura, em que será tanto mais ditoso quanto mais inditoso e resignado haja sido na Terra; a certeza de que, abreviando seus dias, chega precisamente a resultado oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e mais terrível; que o suicídio é um obstáculo a que, no outro mundo, se reúna aos que foram objeto de suas afeições; donde a consequência de que o suicídio é contrário aos seus próprios interesses. (Cap. V, item 17)

100. Poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem su­portadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta e Deus nos recusa consolações, desde que nos falte coragem. A prece é um apoio para a alma, mas não basta: é preciso que tenha por base uma fé viva na bondade de Deus, que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à co­ragem. Mais opulenta será a recompensa do que penosa a aflição. É preciso, contudo, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações. (Cap. V, item 18, Lacordaire)

101. "Bem-aventurados os aflitos" pode traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. (Cap. V, item 18, Lacordaire)

102. Houvéssemos de chorar e sofrer a vida inteira, que seria isso, comparado à eterna glória reservada ao que tenha sofrido a prova com fé, amor e resignação? Busquemos consolações para os nossos males no porvir que Deus nos prepara e procuremos-lhes a causa no passado. Os que mais sofrem devem considerar-se os afortunados da Terra. (Cap. V, item 19, Santo Agostinho)  

Respostas às questões propostas

A. Qual é o objetivo das provas?

Nem todo sofrimento suportado neste mundo denota a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações são, todavia, sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta. Eis aí o objetivo das provas. (O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo V, itens 8, 9, 19 e 26.) 

B. Que resultados decorrem da maneira de se ver a vida do ponto de vista espírita?  

O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá rapidamente passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Dessa maneira de considerar a vida resulta diminuída a importância das coisas deste mundo e o homem sente-se compelido a moderar seus desejos, a contentar-se com sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Daí tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência. (Obra citada, capítulo V, itens 13 e 22.)

C. Segundo o Espiritismo, em que consiste a verdadeira infelicidade?  

Para julgarmos qualquer coisa, precisamos ver-lhe as consequências. Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as consequências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra sua compensação na vida futura.

A infelicidade verdadeira é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que os homens ardentemente procuram. A esse respeito, disse-nos um amigo espiritual: “Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo. Que, pois, o Espiritismo vos esclareça e recoloque, para vós, sob verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão singularmente deformados pela vossa cegueira! Agireis então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as lutas dos combates arriscados à paz”. (Obra citada, capítulo V, item 24.)

D. Devemos abrandar a expiação de nossos irmãos em sofrimento?

Sim. Ajudar-nos mutuamente nas nossas respectivas provações, esse é o nosso dever. Todos nós, sem exceção, devemos esforçar-nos por abrandar a expiação dos nossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade. (Obra citada, capítulo V, item 27.)

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita