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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 6 - N° 301 - 3 de Março de 2013
MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Brasília, DF (Brasil) 
 

 
Allan Filho: 

“As canções são instrumentos de paz, instrumentos de vida”

Ligado ao movimento espírita de Petrópolis, o conhecido cantor  fala sobre a música e sua presença nas atividades espíritas

Allan Filho (foto), confrade espírita radicado em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, é conhecido pelo trabalho musical que realiza na Seara Espírita, fato que pode ser conferido em http://palcomp3.com/allanfilho/. Na entrevista abaixo, que ele nos concedeu, Allan fala um pouco de sua vivência e sobre a presença  da  música no 

movimento espírita.  

Allan, fale um pouco de sua vivência espírita e do que tem feito no seio do Espiritismo.


Desde 1992 componho canções inspiradas na Doutrina Espírita. A intenção é servir no processo de autoconhecimento e estimular o esforço de cada um na própria reforma íntima. Além disso, participo de palestras e apresentações musicais divulgando esse trabalho de composição. 

Em sua relação com a música, você gosta mais de compor ou de cantar? 

A vantagem de lidar com essas duas tarefas é a possibilidade de integrá-las durante os processos. Componho já pensando na execução e canto direcionando o processo de composição. Contudo, gosto mais de compor. Pesquiso várias passagens evangélicas, estudo livros doutrinários e levo as ideias para discussões com parceiros de composição. Logo, durante este processo, faço inúmeras reflexões e aprendo muito. 

Muito se fala em música espírita. Pode-se dizer que existe uma "música espírita"? 

Não acredito nessa classificação musical. Primeiramente, componho com pessoas de outras religiões. Buscamos ideias comuns e nos integramos no objetivo da unificação de nossos sentimentos religiosos. Logo, essas canções precisariam receber outras classificações adicionais: música espírita-católica-evangélica... Acrescento o fato de que essas classificações soam, muitas vezes, como limitadoras. Não devemos estimular a possível restrição causada por uma classificação desse tipo. Ela é um instrumento de espiritualidade e visa à integração, antes de tudo. Além do mais, quantas músicas divulgadas em outros meios são úteis nas atividades do movimento espírita e nem por isso são chamadas de espíritas! 

Existem ritmos ou estilos preferidos no que tange à música utilizada nas atividades espíritas? 

Cada atividade espírita possui requisitos que precisam ser bem definidos para a sua execução. São detalhes importantes para um efetivo resultado. A música precisa se adequar a esses requisitos. Todos os ritmos, andamentos, instrumentos, estilos... são passíveis de utilização. Contudo, cabe aos organizadores e executores o cuidado necessário para o cumprimento desse resultado. Uma música precisa passar por crivos bem definidos em torno de sua beleza e utilidade. O movimento espírita precisa levar em conta as características culturais do meio onde se encontra. E lembrar que em tudo podemos associar a moralidade e estimular uma transformação democrática, ou seja, sem imposições. 

Qual o papel da música nas atividades espíritas? 

A música acrescenta aos ensinamentos um pouco mais de sensibilidade. Dessa forma potencializa cada conceito. Para fins de exemplo, podemos citar quanto uma canção auxilia na ambientação necessária à execução de uma prece. Quantos conceitos são memorizados com mais eficiência quando cantados. Em reuniões mediúnicas, muitas músicas auxiliam o bom andamento do trabalho. Quantas pessoas se valem de mensagens sonoras em momentos difíceis na intenção de reequilíbrio íntimo! Enfim, ainda temos muito que aprender na utilização desse instrumento sagrado, mas não podemos negar quanto já somos beneficiados por ele. 

Como enfrentar os desafios da evidência e do destaque comuns em relação a cantores, em especial em um contexto religioso? 

Precisamos de cursos e debates rotineiros nos ambientes do movimento espírita. Construir reflexões coerentes quanto ao papel de cada trabalhador. Envolver cada cantor na preparação das atividades para que se mantenha o foco dos objetivos. Não fornecer vantagens a esse tipo de trabalho. Palestrantes e escritores vivem desafios similares. Enfim, não nos escondendo desse desafio. Quando concordamos que o trabalho é necessário, também concordamos na importância do trabalhador. A execução da tarefa ajuda o processo de aprimoramento. 

Música para ouvir ou para cantar junto? Qual o ideal? Show, música para encontro ou para CD? 

Depende do objetivo da atividade. Cantar junto é de extrema utilidade quando se visa a uma integração de sentimentos. Apresentações musicais são ótimas para geração de recursos, assim como a venda de CD. Músicas são ótimas nas atividades dos Encontros Espíritas, pois auxiliam nas dinâmicas deles. Nesses eventos, normalmente, há um planejamento pedagógico em torno de um tema preestabelecido. A música pode compor esses objetivos e intensificar o processo. 

Fale-nos um pouco da experiência de compor músicas cuja temática esteja vinculada a encontros, estudos ou peças de teatro. 

É gratificante, pois é nessas atividades que percebo o resultado dos objetivos estabelecidos durante o processo de composição. Quando uma música é escolhida em casos como esses, me sinto atingindo o objetivo de ir além do entretenimento. As canções são compostas para serem mais do que isso. São instrumentos de paz, de integração, de consolo, de reflexões, de louvor, de gratidão, de amor. São instrumentos de vida. 

Você pode relatar-nos uma ou duas experiências de composição de alguma de suas músicas mais conhecidas? 

A música "Noite e Dia" foi encomendada para utilização em uma peça de teatro. Na véspera da peça ela ainda estava incompleta. Parecia pronta, mas eu sentia falta de algo mais. Não conseguia terminá-la e entreguei assim mesmo. A música inacabada foi utilizada na peça e dias depois, inspirado em uma mensagem mediúnica lida para todos os integrantes de um encontro, percebi o que faltava nela. A mensagem falava do medo de que alguns irmãos desencarnados possuíam diante da expectativa de voltar à carne e repetir hábitos indevidos de outras vidas. Terminei a canção cantando para eles e convidando-os a terem coragem. Até hoje é comum cantar essa canção com essas lembranças e essas intenções. 

Deixe-nos algumas palavras para aquele que se interessa por música e pretende trabalhar nessa área no movimento espírita. 

Há muito trabalho pela frente. Muito aprendizado a ser desenvolvido. Ainda estamos tateando o escuro no entendimento e na execução dessa tarefa de amor. Que nossa dedicação possa ser medida pelo esforço de sermos mais úteis. Que nossa emoção possa integrar corações. Que nossas palavras possam se somar ao verbo de amor. Que nossas canções possam, inicialmente, atingir a nós mesmos. Que possam ser sinceras antes de tudo. Coerentes com aquilo que acreditamos e defendemos. E que nosso trabalho independa de nós mesmos, que possa soar livremente sem necessitar de nós, para que possam ser de todos e de ninguém ao mesmo tempo! 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita