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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 6 - N° 300 - 24 de Fevereiro de 2013
ANTONIO AUGUSTO NASCIMENTO
acnascimento@terra.com.br
Santo Ângelo, RS (Brasil)
 

 
Humberto Bohrer Garay:

“Só a proposta de Jesus nos garante a felicidade possível
neste mundo”

Presidente da Sociedade Espírita de Auxílio Fraternidade, de Ijuí-RS, Humberto Garay (foto), administrador de empresa da área de informática, expõe alguns de seus pensamentos sobre a Doutrina Espírita e o nosso compromisso com a sua vivência. 
 

Relate-nos seus primeiros contatos com a Doutrina Espírita. 

A família da minha avó materna era espírita. Ela falava sobre Espiritismo com seus filhos, mas não o seguia, pois meu avô tinha outro entendimento. De ouvir minha mãe falar sobre isto, e de ir com o pai aos “caboclos”, era, no meu entendimento, o que tinha mais lógica, mas não dava muita importância para isto, nem para minha religião de batismo, metodista. Quando alguns acontecimentos me fizeram pensar que era hora de colocar Deus na minha vida, busquei o que me parecia mais certo. Mas não tinha noção da diferença entre Centro Espírita e “centro espírita”. Fui ao que conhecia, vencendo um grande medo que adquiri, nem sei o porquê, dos Espíritos. A entidade que se manifestava por intermédio da pessoa que procurei, recomendou-me procurar uma Casa Espírita, dizendo-me: “tu precisa entender o sentido da palavra Espiritismo. Tem que estudar. Procure uma casa Espírita, mas tem que ser Kardec”. Esta a instrução que recebi, e de uma pessoa analfabeta das nossas letras terrenas. Minha mulher, Beatriz, já frequentava a Sociedade Espírita Fraternidade, convidada por minha mãe, meus filhos já se interessavam e liam alguns livros. Já, conduzidos por dona Beatriz, fazíamos o Evangelho no Lar. Foi assim que procurei a Sociedade Espírita de Auxílio Fraternidade, onde estou até hoje. Feliz.


O que o Espiritismo significou em sua vida? 

Um Sol para os dias, a Lua para as noites, um horizonte para tudo. Antes era viver para o mundo. Hoje é viver no mundo, esforçando-me para não ser do mundo. O Espiritismo é caminho libertador. Esta afirmativa de André Luiz é, quem sabe, a melhor forma de definir o que significa para mim o depois. Tenho a convicção que para todos poderá ser assim. 

Você é convidado como expositor e tem visitado outras cidades. Como sente a repercussão dessas atividades? 

Sim, tenho visitado algumas cidades da região. É reconfortante, sinto-me valorizado e com responsabilidade crescente. Fazer esse trabalho da melhor forma possível, levar uma mensagem que auxilie nas reflexões, minhas e das outras pessoas também, é a melhor forma de agradecer tudo o que a Doutrina fez, faz e ainda vai fazer por mim. 

Como avalia a evangelização das crianças e dos jovens?  

Quisera eu ter ouvido os conselhos de minha mãe e meu pai para frequentar a Igreja, teria ajudado muito, pois lamento ter começado a minha busca por Deus já adulto. Uma pessoa sem noção de Deus está sempre pronta a cometer erros nas suas decisões. Pois o mundo que vivemos é cheio de desafios, que nos fazem crescer ou nos comprometer ainda mais. A compreensão das leis divinas, da moral que o Cristo pregou e exemplificou, dá-nos o rumo certo, se realmente queremos progredir, como Espíritos imortais. A evangelização é a “salvação”, não somente das crianças e dos jovens, bem como das famílias, o que, por via de consequência, vai criar o mundo melhor a que todos aspiramos. Nossas casas devem se dedicar, e muito, para uma evangelização de qualidade, que vai criar o terreno fértil para a floração das leis de Deus, que estão gravadas na consciência, e dos bons sentimentos, em gérmen nos corações. 

Como se desenvolvem as ações de solidariedade na Sociedade Espírita de Auxílio Fraternidade? 

Os departamentos responsáveis por ações que envolvem o atendimento às pessoas têm, em seus coordenadores, irmãos com conhecimento doutrinário e disposição para fazer tudo o que está ao alcance deles e da Casa, visando atender da melhor maneira as pessoas assistidas. Destacam-se nessas ações a entrega da sopa em alguns bairros, três dias por semana e os encontros semanais com mães, para o Evangelho e as oficinas. Recebem estas mães um “rancho” mensal, dentro das possibilidades da Casa, atividade que é custeada pelas doações recebidas, principalmente dos frequentadores de grupos de estudos. Considero como solidariedade os atendimentos fraternos, sempre crescentes, e o DIJ. As ações envolvendo as crianças e as famílias são, certamente, o que de melhor podemos fazer. Temos pessoas preparadas para visitação aos lares, auxiliando na implantação do Evangelho no Lar, o Círculo da Gestante e, em projeto, o Círculo do Idoso. São estes últimos programas incipientes, que deverão dar maiores resultados com o passar do tempo. 

Qual sua análise sobre o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) nos Centros Espíritas?   

Creio que temos dificuldades em manter as pessoas motivadas para o estudo e aprofundamento dos conhecimentos. Na medida em que o tempo passa, vai se transformando em rotina. Percebe-se que muitos não estudariam se não fosse quesito básico para trabalhar nas atividades das casas. Este é um desafio que deve ser enfrentado, para que o Estudo Sistematizado aprimore sua tarefa de seguir libertando consciências. 

Como analisa as ações de divulgação do Espiritismo? O que tem procurado fazer?  

Vejo com muito otimismo a forma como a Doutrina tem sido divulgada, na maioria dos casos. As Federações têm trabalhado muito, com seriedade, para que boas informações cheguem a todas as pessoas. Vemos muitos jornais, páginas na internet, de casas sérias, cumprindo com seu papel de divulgação. Temos alguns filmes de muito sucesso. Nosso Lar é um grande exemplo. Mesmo as novelas, muito em voga, têm sido semeadoras. Da minha parte tenho apoiado a divulgação que fazemos pelo nosso Jornal Verdade e Luz, que vai para várias casas da Região e para assinantes de vários Estados do Brasil. Temos a página na internet com uma média de 6.500 acessos por mês, também temos o Facebook. Na questão pessoal, volto a citar André Luiz, quando diz que a melhor propaganda é a própria transformação. Com isto busco ocupar-me. 

Em tempos de transição planetária, o que ainda falta a muitos? 

Eu penso que esta transição, no seu conteúdo verdadeiro, é vista quase que exclusivamente por nós, espíritas, pelas informações que nos são trazidas pelos benfeitores espirituais. Para descrentes e aqueles ligados às religiões tradicionais, tem muito mais do fantástico, do formidável, da crença no fim do mundo, produzida com destruição e mortes violentas. Assim, quando percebemos a ética sendo esquecida por nós, espíritas, ainda permitindo que o orgulho e seu filho dileto, o egoísmo, norteiem nossos comportamentos, além de preocupante é lamentável. Abrimos mão de mais uma oportunidade concedida pelo Pai. Parece que o conhecimento de que Ele jamais retira estas oportunidades, nos faz ir adiando a decisão firme de seguir para frente e para cima, sem olhar para trás. Quanto aos que creem em céu ou inferno, é impressionante ver como, pelos comportamentos escolhidos, conduzem-se, voluntariamente, ao inferno. A crença no arrependimento da última hora e no culto exterior, para mim, não explica esses comportamentos, mas, somente, a informação gravada nos recônditos da alma: reencarnação. Por isto, também, vão adiando a verdadeira reforma. Cabe a nós, espíritas, além dos esforços pela nossa transformação definitiva, também levar a mensagem libertadora a todos que, de alguma forma, podemos alcançar e influenciar. Por isto a divulgação séria, sem proselitismo de ocasião, em muito auxilia, pelas reflexões que propõe. Contrariamente ao ditado popular que diz – de boas intenções o inferno está cheio –, são as boas intenções que nos manterão no planeta renovado, de regeneração. Embora, ainda vacilantes, grande parte da população da Terra tem boas intenções. Em um ambiente “saudável”, o progresso se fará sem retrocessos ocasionais. 

Suas palavras finais. 

Todos aspiramos à felicidade, à paz interior, mas poucos fazemos investimento no que dizemos querer. Se fosse a nossa prioridade maior, de muitas coisas abriríamos mão, a muitos acontecimentos que nos perturbam não daríamos tanta importância, pois atendem ao orgulho e ao egoísmo. Se fizermos uma reflexão sobre o que nos é proposto pela vida, perceberemos que só a proposta de Jesus nos garante a felicidade possível neste mundo. Essa proposta é simples: perdoar e amar, incondicionalmente.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita