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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 296 - 27 de Janeiro de 2013

 
 


O vendedor de doces

 

Paulinho, menino de dez anos, tinha família amorosa, casa boa, brinquedos e tudo o que queria. Na escola fazia amigos com facilidade. Só uma coisa desgostava as pessoas: ele reclamava de tudo.

Certa ocasião, Paulinho foi brincar no quintal de Mário, seu vizinho, e resolveram colher mangas. As frutas estavam tão amarelinhas que dava até água na boca.

Subiram no pé de manga e começaram a colher as frutas. Haviam colhido bastante, mas Paulinho resolveu apanhar uma última, que estava na ponta de um galho. Mário alertou o amigo:

— Paulinho, não faça isso! É perigoso! O galho pode quebrar!...

Ainda não acabara de falar, quando Paulinho despencou lá de cima com um grito:

— Acudam! Socorro!... — gritou Paulinho, porém era tarde: Estava no chão.

A mãe de Mário, ao ouvir o barulho, correu para acudir o menino que chorava no solo. Logo percebeu, pela posição, que ele havia quebrado a perna. Como a mãe de Paulinho tinha saído, pegou-o no colo e levou-o ao hospital mais próximo. O médico, após examiná-lo cuidadosamente, engessou a perna quebrada.

Paulinho retornou para casa chorando muito e se lastimando da sorte. Desse dia em diante, ele só fazia reclamar do tombo que levara e da perna engessada, que o incomodava bastante.
 

Certo dia, ele saíra para dar uma volta e, numa rua, viu um rapazinho sentado numa cadeira, muito alegre a vender doces que estavam num tabuleiro.

— Quem quer comprar cocadas? Elas são uma delícia! Provem!...

Ao passar pela pequena banca, Paulinho parou interessado. O vendedor, ao ver o menino, ofereceu:

— Quer experimentar um pedaço? Prove! Veja que delícia! — e levantou um prato com pedaços de cocada

para Paulinho se servir.

O menino pegou um pedacinho, levou à boca e ficou encantado.

— Tem razão! É uma delícia mesmo! E de várias cores!...

— Sim! Tem a cocada branca, tradicional. Mas tenho também de coco queimado, com maracujá e com morango. 

Eles começaram a conversar, se apresentaram, e o vendedor de cocadas, ao notar que ele estava engessado, perguntou o que tinha acontecido. Era o que faltava! Paulinho pôs-se a se lastimar da sorte, contando como caíra do pé de manga.

O rapazinho, cujo nome era Bernardo, de 14 anos, sorriu e considerou:

— Isso não foi nada, Paulinho. Logo você ficará bom de novo.

O garoto, que se considerava a pessoa mais infeliz do mundo, retrucou:

— Você diz isso, Bernardo, porque não foi com você! Vou ficar dois meses carregando o peso do gesso e com essas muletas. Sabe lá o que é não poder andar direito?
 

— Não. Não sei, por que nunca pude andar — respondeu Bernardo, sorrindo.

Paulinho, estranhando as palavras do rapaz, indagou:

— Como assim? Você não anda?!...

Bernardo respirou fundo e explicou:

— Não. Não sei o que é andar. Quando ainda era bebê   tive   uma   doença   que  me  deixou  sem

movimento nas pernas. Por isso vivo sempre nesta cadeira de rodas.

Surpreso, Paulinho percebeu que, pensando nele mesmo, nem notara que o rapaz estava numa cadeira de rodas. Envergonhado, pediu desculpas a Bernardo, que deu uma risada:

— Não se preocupe! Vivo muito bem assim! Tenho uma vida normal, estudo, e ainda, nas horas vagas, ajudo minha mãe vendendo os doces que ela faz. Somos pobres e é deles que vem o nosso sustento. Trabalhar me faz muito bem; sinto-me útil. Além disso, gosto de conversar com as pessoas. Tenho muitos amigos!... 

Vendo que Paulinho estava com os olhos úmidos, consolou-o:

— Quanto ao seu problema, não se preocupe. O tempo passa rápido e logo estará bom para fazer tudo o que fazia antes.

O menino balançou a cabeça, concordando. Deu a volta na banca e disse:

— Meu problema não existe mais, Bernardo. Você me deu uma grande lição hoje. Quero que sejamos amigos. Posso dar-lhe um abraço?

Abrindo os braços, o rapaz aconchegou o menino ao peito, emocionado:

— Paulinho, eu terei muita satisfação de tê-lo entre os meus amigos.

Despediram-se e o garoto retornou para casa. A mãe notou que ele estava diferente, sem reclamar de nada, e perguntou:

— Você está cansado, com certeza. O que aconteceu, meu filho?

— Não, mamãe. Nunca estive tão bem. Aconteceu que hoje eu encontrei a pessoa mais extraordinária que já conheci. A senhora vai gostar dele. Depois de Jesus, ele é meu melhor amigo!

                                                                  MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, aos 7/01/2013.)

 


 


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