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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 6 - N° 296 - 27 de Janeiro de 2013

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Evangelho segundo o Espiritismo

Allan Kardec

(Parte 2)
 

Damos prosseguimento ao estudo metódico de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, terceira das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em abril de 1864. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate 

A. Como devemos nos posicionar ante as instruções dos Espíritos sobre pontos da Doutrina ainda não elucidados?

B. Qual é a única garantia segura do ensino dos Espíritos?

C. O que é que faz a força do Espiritismo?

D. Quem eram os Escribas e os Fariseus?

E. Por que os judeus e os Samaritanos eram inimigos?

Texto para leitura 

16. Prova a experiência que, quando um princípio novo tem de ser enunciado, isso se dá espontaneamente em diversos pontos ao mesmo tempo e de modo idêntico, senão quanto à forma, quanto ao fundo. (Introdução, item II)

17. Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espíritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos em condições de observar sobre que princípio se estabe­lece a concordância. Essa observação é que nos tem guiado até hoje e é a que nos guiará em novos campos que o Espiritismo terá de explorar. (Introdução, item II)

18. Essa verificação universal constitui uma garantia para a unidade fu­tura do Espiritismo e anulará todas as teorias contraditórias. Aí é que, no porvir, se encontrará o critério da verdade. O que deu lugar ao êxito da doutrina exposta em "O Livro dos Espíritos" e em "O Livro dos Médiuns" foi que em toda parte todos receberam diretamente dos Espíritos a confir­mação do que esses livros contêm. (Introdução, item II)

19. O princípio da concordância é também uma garantia contra as alterações que poderiam sujeitar o Espiritismo às seitas que se propusessem apoderar-se dele em proveito próprio e acomodá-lo à vontade. (Introdução, item II)

20. Decorre de tudo isso que as instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados pela Doutrina não constituirão lei enquanto essas instruções permanecerem insuladas, e que elas não devem, por conse­guinte, ser aceitas senão sob todas as reservas e a título de esclareci­mento. (Introdução, item II)

21. Os Espíritos superiores procedem com extrema sabedoria em suas revelações. Não atacam as grandes questões da doutrina senão gradualmente, à medida que a inteligência se mostra apta a compreender verdades de ordem mais elevada e quando as circunstâncias se revelam propícias à emissão de uma ideia nova. (Introdução, item II)

22. Não será à opinião de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos; não será um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita; tampouco será um Espírito que se venha im­por a quem quer que seja: será a universalidade dos Espíritos que se co­municam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua autoridade. (Introdução, item II)

23. Os essênios ou esseus pertenciam a uma seita judia fundada cerca do ano 150 a.C., ao tempo dos Macabeus, e seus membros, habitando uma espécie de mosteiro, formavam entre si uma como associação moral e religiosa. Com costumes brandos e austeras virtudes, ensinavam o amor a Deus e ao próximo, a imortalidade da alma e a ressurreição. Os essênios viviam em celibato, condenavam a escravidão e a guerra, punham seus bens em comu­nhão e se entregavam à agricultura. (Introdução, item III)

24. Contrários aos saduceus sensuais, que negavam a imortalidade, e aos fariseus, apegados a rígidas práticas exteriores, os essênios, pelo gê­nero de vida que levavam, assemelhavam-se muito aos primeiros cristãos. Dizem que Jesus pertencera a essa comunidade, mas, se é certo que ele há de tê-la conhecido, nada prova que se lhe houvesse filiado. (Introdução, item III)

25. Nazareno era o nome dado, na antiga lei, aos judeus que faziam voto de guardar perfeita pureza. Os nazarenos comprometiam-se a observar a castidade, a abster-se de bebidas alcoólicas e a conservar a cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos. Os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por alusão a Jesus de Nazaré. (Introdução, item III)

26. Portageiros eram arrecadadores de baixa categoria, incumbidos princi­palmente da cobrança dos direitos de entrada nas cidades. Suas funções correspondiam mais ou menos à dos empregados de alfândega. (Introdução, item III)

27. Publicanos eram, na antiga Roma, os cavalheiros arrendatários das taxas públicas, incumbidos da cobrança dos impostos e das rendas de toda espécie, quer em Roma, quer em outras cidades do Império Romano. O nome publicano se estendeu mais tarde a todos os que superintendiam os dinhei­ros públicos e aos agentes subalternos. Os judeus os desprezavam, porque abominavam o pagamento de impostos a Roma. (N.R.: Levi, também conhecido como Mateus, o evangelista, era publicano.) (Introdução, item III)

28. Sinagogas eram edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados para fazer preces públicas, sob a chefia dos anciãos, dos escribas, ou dos doutores da Lei. Nelas se realizavam também leituras dos livros sagrados, seguidas de explicações e comentários, atividades das quais qualquer pes­soa podia participar. Por isso é que Jesus, sem ser sacerdote, ensinava aos sábados nas sinagogas. O único templo que havia na Judeia era o tem­plo de Salomão, erguido em Jerusalém, onde se celebravam as grandes ceri­mônias do culto e as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. (Introdução, item III)

29. Os Terapeutas eram judeus sectários contemporâneos de Jesus, estabe­lecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham relação com os es­sênios, cujos princípios adotavam, aplicando-se como esses últimos à prá­tica de todas as virtudes. Eram de extrema frugalidade na alimentação, celibatários e votados à contemplação e à vida solitária. S. Jerônimo e outros Pais da Igreja pensavam que eles fossem cristãos. Na verdade, os Terapeutas representavam o traço de união entre o Judaísmo e o Cristia­nismo. (Introdução, item III)

Respostas às questões propostas

A. Como devemos nos posicionar ante as instruções dos Espíritos sobre pontos da Doutrina ainda não elucidados?  

As instruções dadas pelos Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados da Doutrina não devem ser aceitas, senão sob todas as reservas e a título de esclarecimento. É preciso ter a maior prudência em dar-lhes publicidade e, caso se julgue conveniente publicá-las, importa não as apresentar senão como opiniões individuais, mais ou menos prováveis, mas que carecem de confirmação. Essa confirmação é que se precisa aguardar, antes de apresentar um princípio como verdade absoluta, a menos que se queira ser acusado de leviandade ou de credulidade irrefletida. (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item II.) 

B. Qual é a única garantia segura do ensino dos Espíritos?  

A garantia séria, no tocante ao ensino dado pelos Espíritos, é a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares. Referimo-nos aqui não às comunicações pertinentes a interesses secundários, mas às que dizem respeito aos princípios da doutrina. Prova a experiência que, quando um princípio novo tem de ser enunciado, isso se dá espontaneamente em diversos pontos, ao mesmo tempo e de modo idêntico, senão quanto à forma, quanto ao fundo. (Obra citada, Introdução, item II.)

C. O que é que faz a força do Espiritismo?  

É a universalidade do ensino dos Espíritos. Aí é que reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua rápida propagação. Enquanto a palavra de um só homem, mesmo com o concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos, milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os recantos do planeta, proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais ignorantes, como aos mais doutos, a fim de que não haja deserdados. (Obra citada, Introdução, item II.) 

D. Quem eram os Escribas e os Fariseus?  

Escribas era o nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os Fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que eles votavam aos inovadores.

Os Fariseus eram os partidários de uma seita influente que teve por chefe Hillel, doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre, onde se ensinava que só se devia depositar fé nas Escrituras. Sua origem remonta a 180 ou 200 anos antes de Jesus. Os fariseus, em diversas épocas, foram perseguidos, especialmente sob Hircano - soberano pontífice e rei dos judeus -, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria. Este último, porém, lhes deferiu honras e restituiu os bens, de sorte que eles readquiriram o antigo poderio e o conservaram até à ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época em que se lhes apagou o nome, em consequência da dispersão dos judeus. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios, mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegar a seus fins do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Acreditavam, ou pelo menos fingiam acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. (Obra citada, Introdução, item III.) 

E. Por que os judeus e os Samaritanos eram inimigos? 

Após o cisma das dez tribos, Samaria se constituiu a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída várias vezes, tomou-se, sob os romanos, a cabeça da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, chamado o Grande, a embelezou de suntuosos monumentos e, para lisonjear Augusto, lhe deu o nome de Augusta, em grego Sebaste.

Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. Os Samaritanos, para tornarem maior a cisão e não terem de ir a Jerusalém pela celebração das festas religiosas, construíram para si um templo particular e adotaram algumas reformas. Somente admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esses foram posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebraicos da mais alta antiguidade. Para os judeus ortodoxos, eles eram heréticos e, portanto, desprezados, anatematizados e perseguidos. O antagonismo das duas nações tinha, pois, por fundamento único a divergência das opiniões religiosas, embora fosse a mesma a origem das crenças de uma e outra. Eram os protestantes daquele tempo. (Obra citada, Introdução, item III.)

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita