WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 292 - 23 de Dezembro de 2012

 
 


Espírito natalino

 

Estavam no mês de dezembro. Os últimos dias de aula traziam alegria aos alunos porque representavam a chegada das férias, as festas do final de ano, viagens e divertimentos. Todavia, também certa tristeza, pois a convivência diária com os colegas, a que estavam acostumados e que lhes dava tanto prazer, deixaria de existir.

No encerramento do ano letivo, ao se despedir de seus alunos, a professora falou sobre o Natal, explicando a importância da vinda de Jesus ao mundo, e concluiu dizendo:

— Nunca se esqueçam de que o espírito natalino representa, sobretudo, repartir o que temos com o próximo, mesmo que

seja pouco. Isso é o que o Mestre espera de nós: que possamos agir como verdadeiros irmãos.

Nico ficou com aquelas palavras na cabeça.

O que teria ele para repartir com alguém? Não era rico. Ao contrário, era de família bem pobre. As roupas e calçados que usava lhe eram necessários. Brinquedos, ele não tinha. Lembrou-se dos livros escolares que já não lhe serviriam mais. Sim, poderia doá-los a alguma criança pobre!

Sorriu a essa ideia. Encontrara algo para repartir.

Intimamente, porém, não se sentia satisfeito. Dando os livros escolares a alguém, não estaria repartindo nada, apenas abriria mão de algo que não lhe faria falta! Naquele seu gesto estava faltando alguma coisa...

Alguns dias depois, já bem próximo do Natal, foi visitar seu avô e ganhou uma moeda. Uma linda moeda!

— O que farei com ela? Já sei! Vou comprar aquele cachorro-quente que sempre sonhei comer e que nunca pude.

Nico saiu correndo rumo àquela barraquinha de cachorro-quente que ele tão bem conhecia de tanto ouvir as pessoas elogiarem.

Pediu o sanduíche e, cheio de ansiedade, já com água na boca, mal podia esperar que ficasse pronto. Acrescentou os molhos e tudo o mais que tinha direito, e acomodou-se na sarjeta para apreciá-lo devidamente.

Satisfeito, respirou fundo e abriu bem a boca

para dar o primeiro bocado. Nesse instante, viu a seu lado, também sentado no meio-fio, um moleque sujo e esfarrapado, cujos olhos famintos não se despregavam do seu sanduíche.

Nico, a princípio, tentou não dar atenção ao menino. Mas aqueles olhos de pedinte o incomodavam.

Naquele momento, lembrou-se das palavras da professora, no último dia de aula, e entendeu finalmente o que ela queria dizer.

Levantou-se, e, pouco depois voltou, com o cachorro-quente dividido ao meio. Entregou uma parte para o garoto, que lhe agradeceu com um enorme sorriso, e ficou com a outra. 

E juntos saborearam o delicioso sanduíche.

Jamais Nico tinha experimentado tal sensação de bem-estar e de felicidade. A gratidão do menino de rua tinha para ele um sentido todo especial.

Finalmente entendera o que era o espírito natalino. Ele conseguira renunciar, dividindo algo que muito desejava. Repartira o pão com alguém ainda mais necessitado do que ele, e tinha certeza de que Jesus aprovava seu gesto. Nem sabia o nome do moleque! Mas que importância tinha isso?

Virou-se para o garoto, que o fitava com olhos brilhantes e cheios de alegria. Sorriram. Tinha ganhado um amigo.

— Feliz Natal! — exclamou satisfeito.

— Feliz Natal! — repetiu o menino.

E se abraçaram contentes. 
 

                                                                   TIA CÉLIA   


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita