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Ano 6 - N° 288 - 25 de Novembro de 2012

MARCOS ROBERTO MARTINEZ 
marcosrmartinez@bol.com.br
Santo André, SP (Brasil)

 
 


Marco Roberto Martinez

Amar a si mesmo - Quem não se ama, não ama seu próximo?

(Parte 2 e final)

 
Como me sacrificar em favor do próximo se estou preocupado em me amar (preservar) primeiro para, depois, amar o meu próximo?

Cap. XXI – Caracteres do verdadeiro profeta – parágrafo 4

Outra consideração: os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos. (Erasto, Paris, 1862.)

Cap. X – O argueiro e a trave no olho 

Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria?

O homem que ama a si mesmo ressalta sua personalidade e suas qualidades, dificultando assim a apreciação das qualidades do seu semelhante. 

Conclusão 

Em resumo, queridos amigos, no meu entender, creio que amar a si próprio pode ser interpretado também como um contrassenso à humildade e, consequentemente, à caridade, uma vez que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. 

Concordo que devemos ter gratidão pela nossa existência, pela nossa personalidade, e inclusive pelo nosso corpo que tanto nos serve, mas, entre ter gratidão e se amar, existe uma grande diferença; a gratidão é um ato de submissão e agradecimento ao Criador, enquanto que o amor a si subentende-se um ato de gratidão a si próprio, distanciando o sentimento do foco principal que é Deus. 

Gostaria de finalizar essa singela redação propondo uma reflexão aos queridos leitores. 

Em que momento da trajetória do nosso Divino Mestre Amado, o Cristo – nosso maior modelo e guia segundo o Espírito de Verdade –, a quem devemos sempre tentar seguir os exemplos, por plena confiança em seus ensinamentos de superioridade e amor, foi flagrado em alguma inclinação para se amar, ou pensando primeiro em si próprio?  

O que entendemos é justamente o contrário, pois, na maior expressão de exemplo dentro da sua magnânima missão, que foi do calvário à crucificação, vemos o Grande Mestre abrindo mão de todo amor a si, para sofrer e ser humilhado pelas criaturas mais perversas e inferiores da nossa esfera, que o ridicularizaram, pessoas que ele poderia exterminar com um simples olhar... Mas não o fez, contrariando a todos, para coroar sua vinda à Terra com a maior exemplificação que um pai poderia deixar aos filhos amados para encaminhá-los à evolução espiritual, à total abnegação a si próprio em prol dos seus tutelados queridos.  

Sim, passou todas as tribulações e humilhações daquele momento totalmente incompreendido, simplesmente por nós, pois não tinha nada, absolutamente nada a expiar, apenas nos deixou o exemplo vivo que nunca sairá da memória de quem estuda os seus ensinamentos; deu sua vida em sacrifício por nós! 

Lembremos quando ele disse, nas últimas instruções aos discípulos, em “João, 13. 34”: 

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós; que também vós uns aos outros vos ameis”.  

 E em “João, 15. 12-14”: 

“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”. 

Por que haveria o Mestre de dar esse novo mandamento, se já havia dito para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos? Provavelmente porque sacrificar-se pelo seu semelhante esteja acima do amar o próximo como a nós mesmos, por querer dizer: amar o próximo mais do que a nós mesmos, pois esse amor de que ele fala exige total abnegação e renúncia de si mesmo. Então, disse que o maior amor era dar a vida pelos seus amigos, assim como ele fez. 

Não quero dizer com isso que estejamos capacitados para executar tal proeza praticando o amor na sua mais sublime expressão, mas, sim, que temos condições de compreender essa verdade, para que, com o nosso humilde esforço, possamos almejar um dia caminhar nos exemplos do Mestre, e assim dar um pequeno passo na evolução espiritual.  

Se o Cristo, que nada tinha a resgatar, passou por tudo aquilo que passou, com resignação e coragem, apenas para nos ensinar, por que nós não podemos passar por tribulações tão pequenas que foram geradas por nós mesmos, sem reclamar, sendo que somos devedores? 

Mostrou-nos com isso que estamos aqui para resgatar nossos débitos passados e/ou evoluir pelas lutas e tribulações da vida corporal, e, assim, que a vida aqui na Terra é de provas e expiações. 

Por isso não devemos temer nada que possa nos humilhar, rebaixar ou denegrir nossa personalidade; isso faz parte da nossa expiação e evolução, no estágio passageiro em que nos encontramos, pois a verdadeira vida é a futura. 

Então, peguemos a nossa Cruz e sigamos o nosso Mestre, a quem, sim, devemos amar incondicionalmente, na expressão de todas as criaturas mais fracas e necessitadas, porque, como foi dito por ele mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim”.  (João: 14.6.)  

Alguns pensamentos - Outros autores 

Qual é o meio mais eficaz de se combater a predominância da natureza corporal?

R: Praticar a abnegação de si mesmo. (O Livro dos Espíritos – Questão 912.) 

“Estime as pessoas como são, sem exigir que elas se façam a seu modo. Em qualquer tempo, conserve a certeza de que o bem aos outros, conforme as leis de Deus, será sempre o melhor que você fará em auxílio a você mesmo.” André Luiz. 

“Lembra-te mais de ti mesmo, corrigindo teus maus hábitos, eliminando teus vícios, cortando as más conversações e dando rumo certo aos teus sentimentos. Lembra-te de ti mesmo, com mais ênfase, ajudando aos que te procuram.” Lancellin (Cirurgia Moral.) 

“Um dos primeiros entraves a serem removidos é a ausência ou a dormência da autocrítica. As pessoas, de um modo geral, julgam-se isentas de avaliações ou se concedem o benefício da dúvida, o que dificulta ou impede o reconhecimento dos seus erros e dos desvios de toda ordem. Não que todos os seres humanos considerem-se perfeitos. Expressam aos outros que não o são, por certo, intimamente, porém, acham que são menos errados que seu vizinho, portanto, mais perfeitos que o próximo. Aí está a chave inicial do insucesso na reforma íntima.” Cairbar Schutel (Fundamentos da Reforma Íntima.) 

“Nós, que somos fortes na fé, devemos ajudar os fracos a carregar suas cargas e não devemos agradar a nós mesmos. Ao contrário, cada um de nós deve agradar seu irmão, para o próprio bem dele a fim de que ele possa crescer na fé. Porque nem Cristo agradou a si mesmo, mas como está escrito: ‘As ofensas daqueles que te insultaram caíram sobre mim’.”  (Paulo de Tarso, Epístola aos Romanos 15:1-3.) 

“... O egoísmo se funda sobre a importância da personalidade; ora, o Espiritismo bem compreendido, eu repito, faz ver as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de alguma forma, diante da imensidade. Destruindo essa importância, ou, pelo menos, reduzindo-a às suas legítimas proporções, ele necessariamente combate o egoísmo. O choque que o homem experimenta, do egoísmo dos outros, é o que muitas vezes o faz egoísta, porque sente a necessidade de se colocar na defensiva. Vendo que os outros pensam em si mesmos e não nele, é conduzido a se ocupar de si mais do que dos outros. Sirva de base às instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem o princípio da caridade e da fraternidade e cada um pensará menos na sua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. Todos experimentarão a influência moralizadora do exemplo e do contato. Em presença desse transbordamento do egoísmo, é preciso uma verdadeira virtude para que alguém renuncie à sua personalidade em proveito dos outros. Principalmente para os que possuem essa virtude, é que o reino dos céus se acha aberto. A esses, sobretudo, é que está reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade vos digo que, no dia da justiça, será posto de lado e sofrerá pelo abandono, em que se há de ver, todo aquele que em si somente houver pensado.” (Fénelon, O Livro dos Espíritos - Questão 917.) 
 

                                     


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