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Ano 6 - N° 286 - 11 de Novembro de 2012

 
 

 

A natureza, além de indomável,
é imprevisível


Na semana passada todos vimos pela TV a devastação causada pelo furacão Sandy em uma extensa região situada na costa leste americana. Antes de chegar ao solo americano, o ciclone já havia afetado Cuba, Jamaica, Bahamas, Haiti e República Dominicana.

Na noite de 29 de outubro, o furacão tocou o solo no sul de Nova Jersey e seus efeitos passaram a ser sentidos também em toda a costa nordeste. Em Nova Iorque houve alagamentos, incêndios, cortes de energia para 650 mil pessoas e ventos de até 180 km/h. Além disso, a umidade trazida pela tempestade e o ar frio causaram nevascas em Virgínia Ocidental, Carolina do Norte e Tennessee. Passada a tormenta, o furacão deixou como saldo um número elevado de mortes, destruição de variada espécie e prejuízos incalculáveis.

Falando sobre o furacão Sandy, vários especialistas brasileiros e americanos acentuaram algo que o senso comum sempre imaginou e os cientistas agora não têm dúvida em admitir: a natureza é realmente imprevisível e indomável.

Curiosamente, dias atrás, um tribunal italiano condenou sete especialistas – quatro cientistas, dois engenheiros e um funcionário público – a seis anos de prisão por homicídio culposo, pelo fato de não haverem previsto o terremoto que destruiu L’Aquila, a pequena comuna italiana situada na região dos Abruzos, na província de Áquila, Itália.

Obviamente, como era de esperar, a condenação gerou protestos no mundo inteiro. Uma carta de apoio aos réus, assinada por 5 mil cientistas, foi entregue a Giorgio Napolitano, presidente da Itália. Nas manifestações, o ponto central da crítica feita à decisão da Justiça é este: “A Ciência, hoje, não tem meios para prever um terremoto. Logo, os cientistas não podem ser responsabilizados por algo que está além da sua capacidade”. 

Em carta dirigida ao presidente italiano, Alan Leshner, da American Association for the Advancement of Science (Associação Americana para o Avanço da Ciência), enumerou os principais argumentos contra a criminalização dos cientistas: 1) As acusações são injustas e ingênuas, na medida em que não há método científico capaz de prever terremotos com precisão; 2) Não é razoável esperar mais do que os cientistas podem fazer com o conhecimento atualmente disponível; 3) Condenar cientistas por supostamente falharem em previsões hoje impossíveis terá efeitos perigosos para o conjunto da Ciência, na medida em que inibirá a livre troca de ideias e a circulação de conhecimento, fundamentais para o avanço de pesquisas científicas de grande interesse público.

Estão cobertos de razão todos os que protestaram contra a decisão do tribunal, porque, como se reconheceu no episódio causado pelo furacão Sandy, a natureza é imprevisível e realmente indomável. Não havendo conhecimento científico suficiente para prever terremotos e os chamados flagelos naturais, não é justo responsabilizar cientistas por não preverem o que não pode ser previsto.

Na principal obra espírita – O Livro dos Espíritos, publicado há 155 anos – o tema foi objeto de um longo diálogo ente Kardec e os imortais, do qual transcrevemos três questões que hoje, tanto tempo depois, permanecem atuais e merecem, por isso, toda a nossa atenção e apreço:

739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?

“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?

“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?

“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita