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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 284 - 28 de Outubro de 2012

 
 


O valor do pequeno passo

 

Carlos, menino de oito anos, estava muito desanimado. Entrando na sala, a professora notou que ele não estava bem e perguntou:
 

— Carlinhos, você já terminou de fazer sua tarefa?

— Não, professora. Mas todo dia é igual! Estou cansado de ter que fazer as mesmas coisas! Escovar os dentes, tomar banho, fazer tarefa! Ufa! Eu não aguento mais! — respondeu o garoto, mal-humorado.
 

Cheia de paciência, a professora deu um leve sorriso:

— Carlinhos, você ainda está aqui porque não fez seu dever de casa. Seus colegas já foram embora. Se você tivesse feito, não precisaria ficar após as aulas.

— Eu sei, professora, mas é que estou cansado! Para que estudar tanto?...

Vendo o desânimo do aluno, a professora resolveu agir de outra maneira.

— Tudo bem, Carlinhos. Feche o livro e vamos passear um pouco.

Os olhos do garoto brilharam. Animado, ele obedeceu, acompanhando a professora, que o levou ao jardim. Satisfeito, ele sentiu o aroma das plantas:

— Que boa ideia, professora! Gosto muito de árvores, especialmente desta, que tem um tronco enorme! Como será que ela conseguiu crescer tanto?
 

— Só o tempo faz isso. Esta árvore começou de pequena semente que germinou e foi crescendo pouco a pouco, levando muito tempo para ser como é agora — explicou a professora.

Depois, ela olhou para outro lado e perguntou:

 — E o prédio da nossa escola, como você acha que ele foi construído?

— Ah! Pelo engenheiro, pelos pedreiros...

— Certo, Carlinhos. Todavia, para que os pedreiros construíssem este prédio, foi preciso grande quantidade de tijolos para fazer as paredes que foram subindo pouco a pouco.

O garoto ficou pensativo, calado. A mestra aproveitou e prosseguiu:

— E a sua roupa, como foi feita?

— Fácil! Mamãe comprou numa loja! — respondeu o menino.

— Certo. No entanto, Carlinhos, antes de estar na loja pronta para vender, para confeccionar sua roupa foram precisos metros de tecido, que por sua vez é composto por uma infinidade de fios.

Nesse momento, em um banco, eles viram um livro, provavelmente esquecido por algum aluno. Carlinhos pegou o livro nas mãos, curioso, e a professora aproveitou para indagar:

— E este livro, de que é feito?

O menino pensou um pouco e respondeu:

— Já sei! De páginas, que são compostas por letras, que formam os textos!

— Muito bem, Carlinhos! Isso mesmo. Cada letra vai formar sílabas, palavras, frases, que constituirão um texto. Não é interessante?

O menino estava surpreso e ao mesmo tempo, maravilhado:

— Professora, todas as coisas são feitas devagar e de pedacinho em pedacinho!

— Isso mesmo, Carlinhos. Só não podemos desistir. Agora, vamos entrar e continuar a tarefa?

O garoto entrou na sala, abriu seu livro e percebeu que, se ele realmente quisesse aprender, teria que começar a estudar devagar, mas com firmeza, sem preguiça. Só assim conseguiria vencer.
 

Então, o menino pegou o caderno e viu a lição ainda por fazer. Pôs-se a trabalhar com determinação e, em pouco tempo, havia terminado. Entregou à professora, que elogiou seu esforço, deixando-o satisfeito.

De volta para casa, agora ele andava pelas ruas olhando tudo com outros olhos. Cada quarteirão havia sido asfaltado metro a metro; cada prédio levantado, tijolo a tijolo. Carlinhos agora sentia uma compreensão diferente, valorizando o esforço de cada pessoa.

Chegando a sua casa, arrumou a cama, guardou as roupas e dependurou a mochila atrás da porta. Tudo o que a mãe o ensinara a fazer e de que ele reclamava todos os dias.

Estranhando, a mãe indagou curiosa:

— O que aconteceu hoje, Carlinhos?

— Eu aprendi, mamãe, que se desejo ser alguém na vida, preciso seguir em frente e realizar minhas tarefas, sem desanimar.

De repente, ele olhou para o relógio de parede e disse:

 — Como um relógio, por exemplo!

Carlinhos viu que a mãe olhava-o de boca aberta, sem entender.

— É isso mesmo! Mamãe, você já notou que o relógio trabalha devagar, de segundo a segundo, de minuto a minuto e de hora em hora, sem nunca se deter? Como Jesus!

— É?!...

— Sim! Acabei de me lembrar. Outro dia li numa revista que Jesus disse “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.[i]

                                              

MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 10/9/2012.)
          


 

[i] Evangelho de São João, capítulo 5, versículo 17.          

     

 

 


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