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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 6 - N° 272 - 5 de Agosto de 2012

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

(Parte 22)
 

Damos continuidade ao estudo metódico de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco Kardequiano, cuja primeira edição foi publicada em 1861. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões para debate 

A. Qual é o verdadeiro ponto de partida para o entendimento do Espiritismo?

B. Que dizer dos que atribuem ao diabo as manifestações espíritas?

C. Quais são as diversas modalidades de médiuns psicógrafos?

D. Quais são os Espíritos que produzem os fenômenos de efeitos físicos? 

Texto para leitura 

205. A mudança da caligrafia que se vê muitas vezes nas mensagens psico­grafadas só se dá com os médiuns mecânicos e semimecânicos, porque neles é involuntário o movimento da mão, que é dirigida unicamente pelo Espírito. A variação na forma da escrita deriva de uma aptidão especial de que nem todos os médiuns são dotados. Aos que a possuem denominamos médiuns polí­grafos. (Item 219)

206. A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões temporárias. Quando um médium é abandonado pelos Espíritos, a causa mais comum é o uso que ele faz da sua faculdade. Se o médium se serve da me­diunidade para coisas frívolas, ou já não corresponde às expectativas dos Espíritos, estes se afastam, em busca de um protegido mais digno, porque a faculdade mediúnica não é concedida ao médium para seu deleite e, menos ainda, para satisfação de suas ambições, mas para a sua melhora espiri­tual e para dar aos homens o conhecimento da verdade. (Item 220, pergunta 3)

207. A interrupção da faculdade nem sempre é uma punição; às vezes, de­monstra a solicitude do Espírito para com o médium a quem consagra afei­ção, tendo por objetivo proporcionar-lhe um repouso material de que o julgou necessitado, caso em que não permite que outros Espíritos o subs­tituam. (Item 220, pergunta 4)

208. A suspensão da faculdade mediúnica pode ser motivada por censura ou por benevolência. Como saber sua causa? Interrogue o médium sua cons­ciência e inquira de si mesmo qual o uso que tem feito de sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que proveito há tirado dos conselhos que se lhe têm dado e terá a resposta. (Item 220, perguntas 8 a 10)

209. Não há qualquer relação entre faculdade mediúnica e estado patoló­gico. Há médiuns de saúde robusta; os doentes o são por outras causas. (Item 221, pergunta 1)

210. A mediunidade – sobretudo a de efeitos físicos – ocasiona um dis­pêndio de fluido, que traz a fadiga, reparável pelo repouso. (Item 221, pergunta 2)

211. Há casos em que é prudente, e mesmo necessária, a abstenção do exer­cício da mediunidade, tudo dependendo do estado físico e moral do médium. Há pessoas relativamente às quais se devem evitar todas as causas de so­bre-excitação, e o exercício da mediunidade é uma delas. (Item 221, per­gunta 4)

212. A mediunidade não produz a loucura, quando esta já não exista em gér­men; existindo este, o bom senso recomenda que se deve usar de cautelas, sob todos os pontos de vista, porquanto qualquer abalo pode ser prejudi­cial. (Item 221, pergunta 5)

213. A prática do Espiritismo demanda muito tato, para a inutilização das tramas dos Espíritos enganadores. Se estes iludem a homens feitos, claro é que a infância e a juventude mais expostas se acham a ser vítimas de­les. (Item 222) 

Respostas às questões propostas 

A. Qual é o verdadeiro ponto de partida para o entendimento do Espiritismo? 

Crê-se geralmente que para convencer alguém é bastante mostrar fatos; contudo a experiência demonstra que isto nem sempre é o melhor método, porque se veem frequentemente pessoas a quem os fatos mais patentes não convencem de modo algum. Ora, no Espiritismo a questão do Espírito é secundária e consecutiva; este não é o ponto de partida e precisamente aí está o erro no qual se cai muitas vezes diante de certas pessoas. Não sendo os Espíritos outra coisa senão as almas dos homens, o verdadeiro ponto de partida é, assim, a existência da alma. De fato, como pode o materialista admitir que existam seres fora do mundo material, quando crê que ele mesmo não é mais que matéria? Como poderá crer em Espíritos fora dele, se não acreditar ter um em si? Em vão acumular-se-ão provas diante de seus olhos: ele contestará todas, porque não admite o princípio. Todo ensino metódico deve partir do conhecido para o desconhecido. Para o materialista o conhecido é a matéria; parti, pois, da matéria e esforçai-vos antes de tudo, fazendo-o observar, em convencê-lo de que nele há alguma coisa que escapa às leis da matéria. Em uma palavra, antes de torná-lo espírita, tratai de torná-lo espiritualista. Antes, pois, de empreender convencer um incrédulo, mesmo pelos fatos, convém assegurar-se de sua opinião com relação à alma, isto é, se crê em sua existência, em sua sobrevivência ao corpo, em sua individualidade depois da morte. Se sua resposta for negativa, será trabalho perdido falar-lhe de Espíritos. (O Livro dos Médiuns, itens 18 e 19.) 

B. Que dizer dos que atribuem ao diabo as manifestações espíritas? 

Ao tempo de Jesus o clero também dizia que as curas e os chamados milagres produzidos pelo Mestre eram "coisa" do demônio. Aqueles que espalham tais ideias não sabem a responsabilidade que assumem: elas podem matar! Com efeito, o perigo não é só para a pessoa, mas também para aqueles que a cercam e que podem ser aterrorizados pelo pensamento de que sua casa é um abrigo de demônios. Foi esta crença que causou tantos atos de atrocidades nos tempos da ignorância. Conhecemos os acidentes que o medo pode causar e seríamos, certamente, menos imprudentes se conhecêssemos todos os casos de loucura e de epilepsia que têm sua origem nos contos de lobisomem e bichos-papões. A Doutrina Espírita, esclarecendo-nos sobre a verdadeira causa de todos estes fenômenos, desfere a essa teoria o golpe de misericórdia. Não existem demônios: longe, pois, de cultivar tal pensamento sombrio, devemos, e é este um dever de moralidade e de humanidade, combatê-lo onde ele existir. (Obra citada, item 162.)

C. Quais são as diversas modalidades de médiuns psicógrafos? 

Sem considerar aqui a categoria dos médiuns inspirados, que é uma variedade da mediunidade intuitiva, os médiuns psicógrafos podem ser mecânicos, intuitivos ou semimecânicos.

O que caracteriza o médium mecânico é o fato de o Espírito agir diretamente sobre sua mão, completamente independente da vontade do médium. A mão escreve sem interrupção e só para quando o Espírito termina a comunicação. O médium mecânico não tem a menor consciência do que escreve: é isso que deu origem ao nome da faculdade – mediunidade mecânica ou passiva. Esta modalidade é preciosa, visto que não deixa dúvidas sobre a independência do pensamento de quem escreve.

O médium intuitivo recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transmite pela escrita. Nesta situação, o médium tem consciência do que escreve, conquanto não seja o seu próprio pensamento. O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o intuitivo, todavia, age como o faria um intermediário ou intérprete e sabe que as ideias não são preconcebidas e surgem à medida que são registradas no papel. Frequentemente o pensamento formulado é contrário ao seu e pode estar fora dos seus conhecimentos e capacidade.

O médium semimecânico sente o impulso dado à sua mão sem que o queira, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. Participa, assim, um pouco das duas modalidades examinadas. Os médiuns semimecânicos formam o maior número da categoria dos psicógrafos. (Obra citada, itens 179 a 181.)

D. Quais são os Espíritos que produzem os fenômenos de efeitos físicos? 

Os Espíritos que produzem estas espécies de manifestações são sempre Espíritos inferiores que não estão ainda inteiramente libertos da influência material. Contudo, tais fenômenos, embora executados por entidades inferiores, são frequentemente provocados por Espíritos de uma ordem mais elevada, com o fito de convencer os homens da existência de seres incorpóreos e de uma potência superior a eles. (Obra citada, itens 74 e 91.)
 

 


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