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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 270 - 22 de Julho de 2012

 

O sonho da riqueza

 

Marco era um menino de vida muito pobre e que gostava de ajudar as outras pessoas.

Era humilde, bom e prestativo para com todos. Dentro de suas possibilidades, sempre tinha uma palavra amiga, um conselho ou um sorriso para dar.

Assim, não havia quem não gostasse dele na escola, na vizinhança ou nas ruas por onde ele passasse.

Certo dia, seu pai, operário de uma grande empresa, entrou em casa, cansado, mas satisfeito, e contou para a família:

— Tanto os colegas insistiram que hoje resolvi tentar a sorte participando de uma loteria.

A mãe, prudente, indagou preocupada:

— Mas esse dinheiro não nos fará falta, Eurico?

— Não, Flor. A quantia é pequena e me foi adiantada por um dos colegas da empresa, para devolver-lhe no pagamento.

Marco ficou com os olhos brilhando e perguntou quanto o pai receberia em dinheiro, se ganhasse. Eurico, emocionado, respondeu:

— Muito, meu filho, tanto dinheiro que nem é possível imaginar!...

— Daria para comprarmos roupas novas?

— Claro que sim, Marco.

— Ah!... E aquela bicicleta que eu tanto queria?

— Também. Podemos comprá-la, sim!

E o menino, ao ver que o pai concordava com tudo, continuou perguntando:

— E um computador? Uma casa nova? Um carro?

— Sim, meu filho. Se ganharmos o prêmio da loteria, poderemos comprar tudo isso e muito mais! — respondeu o pai.

O garoto ficava cada vez mais entusiasmado. A vida deles mudaria por completo! Deixariam o barraco na favela e passariam a morar num bairro bom, na cidade.

Marco não conseguia parar de pensar no tal do bilhete de loteria.

Na escola, ele passou a procurar a turma dos garotos mais ricos, falando-lhes da sua riqueza, como se ela já existisse, e de como sua vida ia mudar dali em diante.

Ao ser procurado por um dos colegas mais pobres, que queria brincar com ele, Marco se afastava afirmando ter coisas mais urgentes a fazer.

Se um vizinho procurava-o pedindo ajuda para a mãe que estava doente, Marco respondia:

— Nada tenho para dar. Além disso, agora estou muito ocupado.

Em poucos dias, todos se afastaram dele. Os amigos pobres, porque ele não mais lhes dava atenção, sequer para brincar. Os amigos ricos, porque não aguentavam a conversa de Marco, sempre falando do que iria ter ou de tudo que iria comprar.

Essa situação, porém, não durou muito.

Certa tarde, Eurico retornou para casa de cabeça baixa. A esposa perguntou o que tinha acontecido e ele respondeu:

— O resultado da loteria saiu hoje. Perdemos!

— Como assim, pai? — retrucou o menino, incapaz de acreditar.

Eurico fitou o filho e a mulher, respirou fundo e respondeu emocionado:

— Graças a Deus, não fomos sorteados. Na verdade, eu estava preocupado com as mudanças que iriam acontecer em nossas vidas. Notava como você, Flor, estava mudada, sonhadora. Via a alteração em nosso filho, que de menino bom, amigo e gentil com todos,

tornou-se orgulhoso e insensível. Os vizinhos, colegas e amigos, já me chamavam de Eu Rico!... Por tudo isso, fiquei feliz e aliviado quando não fomos sorteados.

A mãe e o garoto baixaram a cabeça, decepcionados. Todavia, no fundo, sabiam que o pai estava com a razão. Agora, tudo voltaria a ser como sempre fora.

Marco deu um suspiro, depois concordou com o pai:

— Tem razão, pai. No fundo, eu não estava contente. A esperança de mudar de vida e o desejo de ser rico fizeram com que eu mudasse por dentro, afastando meus amigos e colegas. Estou arrependido, mas agora ninguém mais gosta de mim!

— Filho, seja humilde e vá procurá-los. Se eles forem realmente seus amigos o perdoarão.

Armando-se de coragem, Marco saiu de casa e sentou-se sobre uma pedra. De repente, surgiu um amigo e, vendo-o triste, se aproximou.

— O que aconteceu, Marco? — perguntou, sentando-se ao seu lado.

— Aconteceu, Zezinho, que não valorizei a amizade de vocês, e agora estou arrependido.

— Ora, você afastou-se de nós, mas continuamos a ser seus amigos. Venha comigo! Minha mãe sente falta das conversas que tinha com você.

Marco sorriu e levantou-se animado, dando um abraço no amigo.
 

— Obrigado, Zezinho.

Depois, acompanhou Zezinho, o amigo generoso que o perdoara, agradecendo a Jesus pela nova oportunidade que lhe estava sendo dada.  


                                                        MEIMEI         


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 2/7/2012.)   

    

 

 


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