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Ano 6 - N° 267 - 1º de Julho de 2012

JOÃO FERNANDES DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@hotmail.com
Biguaçu, S
C (Brasil)

 


João Fernandes da Silva Junior

Espaço, Tempo e Espírito

(Parte 2 e final)


 
Dentro de nossa acanhada visão de habitante do planeta Terra, a principal razão de todos os planetas possuírem atmosfera (3) não seria para que os seres biológicos que vivem em cada mundo possam respirar? Obviamente que, por ser diversificada ao infinito, a vida que existe em cada mundo está plenamente adaptada ao meio ambiente no qual ela manifestou-se, e também, a vida evolui conjuntamente com as transformações ambientais que acontecem em cada globo com o correr dos milênios. 

André Luiz (4) explicou que cerca de 70% de nossa alimentação é processada pelas vias nasais, portanto, alimentamo-nos com os elementos químicos presentes na atmosfera terrestre. Não é preciso ser um erudito ou um PhD em nenhuma área do saber humano para perceber que sem a presença de vida orgânica e espiritual os orbes não passariam de globos inúteis flutuando no espaço cósmico. 

Atualmente nós estamos vivendo em uma época de acelerado progresso em todas as áreas do conhecimento humano, e a Psicologia está aproximando-se cada vez mais do conceito que originalmente havia sido proposto pelo grande sábio grego Aristóteles (384-322 a.C.), de que ela é a Ciência da Alma. 

O psiquismo humano não pode ser considerado como sendo resultante da atividade de um conjunto de alguns bilhões de neurônios, porque as pesquisas que foram realizadas por Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936), por Carl Gustav Jung (1875-1961), por Sigmund Freud (1856-1939) e outros mais já haviam detectado que existe um "componente" de natureza extrafísica atuando no cérebro dos seres humanos, e que aquele tal "componente" é algo que não possui base orgânica. 

O que define um ser humano em sua essência não é propriamente a presença de cabeça, de tronco e de membros compondo um organismo, visto que existem inumeráveis anomalias as quais podem fazer com que os bebês nasçam sem os braços, sem as pernas, com duas cabeças etc.  E compreendendo assim a questão, o que na verdade define o que é um ser humano é a presença, no organismo biológico, de uma essência consciente, inteligente e individual, a qual é denominada comumente de Espírito, e é o Espírito o agente extrafísico portador de carga emocional, de capacidades diversas, de raciocínio etc. Portanto, tomando como base esta informação, não é nem um pouco coerente que alguém possa acreditar que toda a riqueza de aquisições intelecto-morais de cada ser humano seja completamente perdida depois da morte do corpo biológico. 

A mediunidade esteve sempre presente entre os povos 

Tendo como uma excelente fonte de consulta o volumoso registro histórico-religioso que foi deixado pelos povos do pretérito distante, nós encontramos por repetidas vezes a informação de que os componentes – principalmente os mais esclarecidos – das civilizações egípcia, assíria, grega, israelita, celta, romana, japonesa etc. já acreditavam em fatos como a imortalidade da alma e também na comunicação entre os homens e os "mortos"; e em decorrência disso, em Mêmphis, os padres possuíam – entre outras atividades – a função de evocar os "deuses" para que eles receitassem medicamentos e tratamentos com a finalidade de curar os doentes; em Tebas, havia uma grande quantidade de sacerdotes iniciados nas verdades do espírito imortal; na Babilônia, os magos eram sempre consultados para que orientassem as pessoas na resolução de problemas diversos; em Delphos, o oráculo havia-se tornado tão popular que até mesmo pessoas de países distantes iam com ele consultar-se; em Jerusalém, os profetas alertaram durante séculos a população sobre o futuro nascimento de um Messias que iria libertá-los; em Nínive, os adivinhos e os astrólogos eram considerados como sendo os intermediários entre os "deuses" e os homens; no Japão e na China, os "mortos" são até hoje reverenciados e considerados como protetores dos homens. Por causa de todos esses fatos que nós comentamos, não é difícil perceber a evidente presença de algo que não pode ser posto de lado por aqueles que buscam ampliar o seu conhecimento na área da Metafísica. A mediunidade esteve sempre presente entre todos os povos, conforme registra a História desde os tempos mais longínquos. 

É de conhecimento geral que, embora em seu estágio inicial, ela estivesse profundamente associada à religião dominante (5). A Ciência ocidental moderna deu os seus primeiros e cambaleantes passos durante o período de declínio da Idade Média. Entretanto, também sabemos que os principais expoentes daquele novo setor do conhecimento humano não eram propriamente o que poderíamos definir como cientistas, e, sim, religiosos e pensadores ligados à Igreja Católica, e, justamente em razão da ocorrência desse fato, o predomínio dos dogmas, das crendices, das superstições etc. era absoluto sobre a pesquisa científica iniciante e que ainda carecia de uma metodologia adequada de ação, porque entre muitos outros motivos óbvios, a visão que predominava naqueles tempos de extrema dificuldade era a de que a Ciência tinha como papel fundamental a função de comprovar as passagens bíblicas. E o resultado disso era o de que todos os pesquisadores e pensadores que não objetivassem seguir por esse (tortuoso) caminho sofriam as fatais imposições inquisitoriais. (6) 

Uma gigantesca revolução científica ocorre no momento 

Depois de muitos séculos de opressão religiosa e de extremo sofrimento, aconteceram muitas mudanças graças ao gradual processo de evolução do pensamento humano, em razão dos esforços de um número muito extenso de mártires. Os cientistas e os livre-pensadores conseguiram obter a tão sonhada liberdade de pensamento e de expressão, e, então, eles adotaram a posição de questionar a "Bíblia", já que aqueles textos, considerados como sendo sagrados, não eram capazes de suportar o exame crítico da razão, originando assim um gradual processo de separação entre a Ciência e a Religião (no caso, o Catolicismo). Em pouco tempo – visando apartar-se de maneira definitiva dos dogmas e de tudo aquilo que não era possível de ser registrado por meio dos sentidos físicos –, os cientistas passaram a adotar uma visão essencialmente materialista, chegando até mesmo ao ponto de negar peremptoriamente a existência de Deus, dos Espíritos e dos chamados fenômenos sobrenaturais, paranormais (tidos como eventos de origem demoníaca). 

Atualmente um novo aspecto tem-se apresentado para os pesquisadores do mundo inteiro: o entendimento de que algumas filosofias religiosas - entre elas, o budismo, o hinduísmo e o taoísmo – já abordavam assuntos que são essencialmente científicos, embora de maneira velada, expressando uma série de conceitos relacionados às descobertas atuais na área da Física Quântica, da Medicina Psicossomática, da Terapia da Vida Passada etc. 

A Lei da Reversibilidade entre a Matéria e a Energia (7) – apresentada pelo físico alemão Dr. Albert Einstein (1879-1955) – é considerada como sendo uma ampliação da Lei de Lavoisier (1743-1794), a qual, por sua vez, é tida como uma reinterpretação do antigo conceito alquímico que enunciava uma ideia profundamente esotérica de que "tudo está em tudo". (8) 

A gigantesca revolução científica que nós estamos vivendo presentemente está gerando uma visão cada vez menos materialista sobre as pessoas e os fatos. Novos conceitos mais amplos estão surgindo, elucidando um número muito grande de antigas dúvidas, e apontando para horizontes anteriormente nem imaginados. 

No futuro, uma ponte religará a Ciência e as religiões 

Observamos que é algo muito comum entre as pessoas comentarem que a fé e a lógica são duas coisas que não se misturam, e concordamos com esse ponto de vista, mas, antes que os nossos leitores julguem erroneamente o que estamos comentando aqui, nós dizemos que existe a fé comum e a fé espírita (ou fé raciocinada), esta segunda é baseada na razão, e como uma consequência natural disso, a fé espírita e a certeza são sinônimos. A fé comum e a lógica são incompatíveis, enquanto que a fé raciocinada e a lógica são dois elementos que formam um todo harmonioso. 

Muitas religiões apregoam que somente participando delas o ser humano encontrará a sua salvação, todavia, é bem óbvio que, para alguém ser salvo, ele tem de primeiramente estar condenado a alguma coisa, e aqui entra em cena a lenda sobre o pecado original cometido por Adão e Eva, e como consequência direta desse pecado, todos os seres humanos nasceram com esse estigma marcado na alma. Analisemos essa questão de forma bem objetiva: a justiça humana, que ainda é tão falha, não condena os pais, os avós e demais familiares só porque naquela família nasceu alguém que entrou para o mundo do crime. Ora, se a justiça humana não condena uma família inteira só porque nela há um integrante que comete assaltos ou usa tóxicos, como a Justiça Divina, que é perfeita, condenaria todos os integrantes da Humanidade por causa de algo que hipoteticamente fora cometido há 6.000 anos? 

É lógico que o meio social no qual vivemos exerce influência sobre nós, mas é justamente para que possamos superar as dificuldades que nós nascemos em um determinado meio social, e nós, espíritas, sabemos que para a aquisição de entendimento sobre esse fato temos de conhecer o mecanismo reencarnatório. 

Particularmente, nós acreditamos que quando uma religião impõe-se aos seus seguidores, ameaçando-os com o conceito do inferno, de purgatório etc., ela perde completamente a sua principal função, que é pacificar o coração humano por meio de ensinamentos morais; e, justamente por causa de muitas religiões estarem baseadas em dogmas incoerentes, foi estabelecido um abismo entre a Ciência e as religiões. No futuro, uma ponte religará a Ciência e as religiões. 


Referências

(1) O Livro dos Espíritos (questão de número 112); de Allan Kardec.

(2) A Gênese (Capítulo VI, Astronomia Geral); de Allan Kardec

(3) Embora varie ao infinito a composição química de cada uma delas.

(4) Evolução em dois Mundos (Segunda Parte, Alimentação dos Espíritos).

(5) O Catolicismo.

(6) Como foi o caso de Jan Hussinet (1369-1415), do frade dominicano Giordano Bruno (1548-1600), que foram queimados vivos por discordarem dos dogmas católicos; de Galileu Galilei (1564-1642), que teve de retratar-se publicamente para não ser condenado a morrer na fogueira, e de outros mais.

(7) E=m.c² (E = energia, m = massa, e, c = velocidade da luz ao quadrado).

(8) O Livro dos Espíritos (questão de número 33). 



                                                


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