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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 265 - 17 de Junho de 2012

 

Brigas nunca mais

 

Hélio e Alan, colegas de classe, estavam tendo muitos problemas na escola. Não se entendiam e viviam sempre discutindo. Acabavam brigando e ficando sem conversar por muitos dias. Depois, o mal-estar passava e eles faziam as pazes. Logo, porém, se desentendiam de novo e o problema continuava.
 

Um dia, a discussão foi tão feia, que Alan perdeu o controle, ficou muito bravo e, como estivesse com um estilingue, ameaçou:

— Hélio me paga! Ele vai ver só!

E, pegando uma pedrinha no chão, arremessou-a sobre o colega.

Hélio sentiu um golpe na cabeça e, imediatamente, levou a mão à testa, atingida pela pedra, soltou um grito de dor e pôs-se a chorar:

— Ai! Minha testa!...

Ao ver o amigo com a testa ensanguentada, Alan se arrependeu. Na verdade, ele não tinha pensado que poderia machucar o amigo. Ao sentir-se ferido, Hélio ficou com raiva e foi atrás dele, dando-lhe um empurrão.
 

Alan caiu de mau jeito e não conseguiu se levantar, também gritando de dor:

— Ai! Minha perna!...

Era hora do recreio e a atendente, ao ver a briga, foi logo chamar a professora, que perguntou ao Alan o que tinha acontecido.

— O Hélio me empurrou, professora! — o menino respondeu chorando.
 

— E onde está o Hélio?  

— Ele foi embora, professora, mas está com a testa ferida – informou uma das alunas, contando o que tinha acontecido. 

A professora, muito contrariada pelo comportamento dos dois alunos, decidiu:

— Depois vou ter uma conversa com eles. Agora, é preciso atender Alan.

Ela abaixou-se e examinou a perna de Alan, que continuava no chão, sem conseguir se levantar. Decidiu levá-lo ao hospital mais próximo para que fosse examinado por um médico. 
 

Examinando o garoto, o médico constatou que a perna sofrera uma fratura e teria que ser engessada. Assim, após as providências necessárias, Alan foi levado para sua casa, onde a mãe, ao vê-lo engessado, ficou muito aflita.

A professora esclareceu à mãe dizendo que tinha sido um desentendimento entre colegas, mas que ela ia tomar providências. Deixando o aluno em casa, a professora foi embora, após entregar a receita e transmitir as recomendações do médico.
 

Como Alan estivesse com dor, foi levado para o quarto. Ali, deitado em sua cama, Alan permaneceu pensativo.

Carinhosa, a mãe trouxe-lhe um lanche de que ele gostava muito, porém o menino não quis comer. No dia seguinte, ele continuava do mesmo jeito. Ao vê-lo tão calado e tristonho, a mãe perguntou:

— Por que está assim, meu filho? Isso não foi nada, logo sua perna vai ficar boa de novo!

Com lágrimas nos olhos, Alan disse:

— Mamãe, não estou conseguindo fazer prece.

A mãe chegou perto dele e abraçou-o:

— Quer me dizer o que está acontecendo?

E o garoto, em lágrimas, confessou:

— Mamãe, eu não consigo me perdoar. Fui eu que comecei a briga e, estava com tanta raiva do Hélio, que peguei meu estilingue e atirei uma pedra nele. Ao vê-lo com a testa ferida, escorrendo sangue, me arrependi do que tinha feito, mas não tinha mais como consertar!

— E foi aí que ele empurrou você, que caiu e quebrou a perna.

— Isso mesmo.    

A mãe ficou pensativa por alguns segundos, depois considerou:

— Sabe, meu filho, você não consegue fazer prece porque não se perdoa pelo que fez ao seu colega. Jesus ensina que, antes de orar, é preciso fazer as pazes com aquele irmão que tem algo contra nós. Porque só assim nossa consciência ficará em paz e conseguiremos fazer uma oração verdadeira.

Alan balançou a cabeça, concordando.

No dia seguinte, Alan quis ir à escola e a mãe o levou. Entrando na sala, os colegas e a professora ficaram admirados por vê-lo ali, de muletas. Muito sério, Alan disse:

— Professora, posso dizer algumas palavras?

— Claro, Alan.

Ele pareceu pensar um pouco, enquanto passava os olhos pela turma toda, depois começou:

— Quero pedir perdão ao Hélio por ter atirado uma pedra nele e machucado sua testa. Entendo que a reação dele foi uma resposta à minha atitude. Hélio, ambos poderíamos ter nos causado muito mal, por isso peço-lhe perdão pela minha atitude. Quero que sejamos amigos. Nada justifica ficarmos brigando por coisas pequenas, quando podemos conversar e nos entender, pois uma agressão gera outra, outra e mais outra, e não terá fim, a não ser que coloquemos ponto final nas brigas, passando a sermos amigos de verdade.  

Hélio, que ouvia emocionado as palavras de Alan, levantou-se e disse:

— Também tenho que lhe pedir perdão, Alan. Afinal, você está de muletas por minha causa! Mas eu sempre lhe quis bem, apesar das nossas desavenças. Que tudo isso fique no passado. 

Ambos trocaram um abraço selando a amizade que prometia ser forte e duradoura, iniciando uma nova fase de paz e entendimento.

A classe inteira comemorou, aliviada, batendo palmas de alegria.

 

                                                                 MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 16/4/2012.)

 

 


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