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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 257 - 22 de Abril de 2012

 


O valor do exemplo

 

De todas as garotas da escola, Carla era a mais chata. Implicava com todo mundo e gostava de criar problemas com seus colegas de classe só pela satisfação de vê-los reagir.

No entanto, Carla ficava furiosa porque havia alguém que ela não conseguia ver reagir. Era o Joaquim, que todos chamavam de Quinzinho. Garoto sempre sorridente, tranquilo e amigo de todos. Não havia ninguém que não gostasse dele. Isso deixava Carla muito, muito irritada.

Certo dia, ela chegou perto de Quinzinho e, olhando-o da cabeça aos pés com desprezo, comentou:

— Que roupa horrível, Quinzinho! Seu uniforme está todo desbotado e tem até um rasgo. Não tem outro para vestir?

O garoto, humilde, parecendo não se incomodar com as palavras da colega, sorriu e respondeu:

— Você tem razão, Carla. Porém, não tenho outro

uniforme. Para que eu o vista todo dia, assim que chego a casa, minha mãe o lava e põe para secar. No outro dia, ela se levanta mais cedo e passa o uniforme, que já está seco.

Ao ver que não conseguira fazê-lo reagir, Carla deu-lhe as costas e saiu de nariz empinado. Sentia-se tão irritada que decidiu: Vou fazê-lo perder a calma! Ele vai ver!

No dia seguinte, durante a aula, Carla teve a oportunidade que esperava. A professora pediu aos alunos para fazerem uma redação; depois, alguém seria escolhido para ler o que escrevera. Quando terminaram, ela passou os olhos pela sala e chamou Quinzinho.

Contente, ele saiu do seu lugar e foi até a frente. Com a folha na mão, ele ia ler, quando Carla teve uma crise de riso, e ela ria tão alto que a professora estranhou:

— O que aconteceu, Carla? O que viu de tão engraçado para rir desse jeito?!...

A aluna, fingindo estar tentando se controlar, respondeu:

— Ah, professora! São os sapatos do Quinzinho! Olhe! São tão grandes nos pés dele que o fazem parecer um palhaço! Quá quá quá...

A professora repreendeu Carla por humilhar o colega. Mas Quinzinho, com um sorriso constrangido, explicou:

— Não tem importância, professora. Eu sei que meus sapatos são engraçados. É que somos muito pobres e minha mãe não pode comprar um par de calçados para mim. Então, para não vir descalço, uso os do meu irmão mais velho que ficam grandes em meus pés.

Depois dessa explicação que comoveu todos na sala, Quinzinho, com a mesma serenidade, leu a redação que havia escrito. Os colegas gostaram muito e aplaudiram, deixando Carla com raiva pelo sucesso dele.

E, assim, por diversas vezes, a menina fez de tudo para diminuir Quinzinho perante os colegas, sem resultado, porque os demais continuavam gostando dele.

Certo dia havia chovido, e Quinzinho chegou molhado à escola. Carla desceu do carrão do pai, de capa e sombrinha. Vendo-o, começou a rir da situação dele, sem notar onde estava pisando. De repente, ela escorregou e caiu no meio de uma poça de lama. Aproveitando a situação, os demais alunos da escola começaram a rir dela, vendo-a estatelada no chão.

Quinzinho, porém, aproximou-se da menina e ajudou-a a levantar-se, indagando com gentileza:

— Você está machucada, Carla?

A menina ergueu-se, envergonhada:

— Não. Estou bem.

— Ah! Fiquei preocupado achando que poderia ter-se machucado! — exclamou ele.

A campainha soou e eles foram para a sala. No término das aulas, Quinzinho estava saindo, quando Carla se aproximou dele, curiosa:

— Quinzinho, por que você me ajudou hoje?

— Porque gosto de você, Carla.

— De mim?!... Mas sempre o tratei com desprezo e até o humilhei perante os colegas!

— Não, Carla! Nunca me senti humilhado por você! —respondeu ele com um sorriso.

— Não entendo! Tentei de todas as maneiras fazê-lo reagir e não consegui! O que faz com que você mantenha essa tranquilidade?

O menino pensou um pouco e respondeu:

— Aprendi com meus pais a orar todos os dias. E na prece que Jesus nos ensinou, o “Pai Nosso”, tem uma frase que diz: Perdoa, Senhor, as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores.

Quinzinho parou de falar, olhou para a menina e completou:

— Então, como sei que faço coisas erradas, e preciso do perdão de Deus, procuro sempre perdoar aqueles que também erram contra mim. Entendeu?

Carla estava emocionada com a grandeza de alma daquele garoto que ela sempre tentara atingir com seus comentários maldosos.

Com os olhos úmidos, ela aproximou-se mais dele e disse:

— Quinzinho, hoje você me deu uma grande lição. Obrigada. Sempre fui uma menina fútil, interessada só em coisas que o dinheiro pode comprar. Agora vejo que existem coisas muito mais importantes. Como a amizade, por exemplo. Quero que sejamos amigos. Aceita?

— Claro! Fico muito feliz em ser seu amigo!

— Quinzinho, eu posso lhe dar um abraço?

O menino abriu os braços, também emocionado, e eles trocaram um grande e carinhoso abraço, selando a bela amizade que nascia entre os dois.


                                                                  MEIMEI
 

(Recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia-PR, em 2/4/2012.) 

 


 


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